sábado, 27 de junho de 2009

Iraque reforça segurança antes de retirada americana

As autoridades do Iraque estão reforçando a segurança no país em preparação para o fim do prazo para a retirada das tropas americanas das cidades iraquianas, na próxima terça-feira.

As forças americanas já deixaram muitas bases em cidades como Bagdá, mas manterão posições em localidades rurais não muito afastadas das cidades, permitindo um deslocamento rápido se houver um chamado por parte das forças iraquianas.

O governo iraquiano cancelou todas as férias de policiais e convocou novos contingentes militares, em meio a uma onda de ataques a bomba nesta semana que deixaram ao menos 250 pessoas mortas.

O primeiro-ministro Nouri Maliki disse que os ataques tinham como objetivo elevar as tensões sectárias no país.

Mas ele se disse confiante de que seu governo poderá garantir a segurança nas cidades do país após a retirada americana.

“(Os responsáveis pelos ataques) querem varrer a alegria dos corações do povo iraquiano. Eles revelaram suas verdadeiras intenções”, afirmou Maliki.

“Mas isso não vai dobrar nossa determinação e vontade para o que acertamos – ou seja, para o retorno das responsabilidades de segurança para nossas forças militares e policiais”, disse.

Acordo

Um acordo entre os Estados Unidos e o governo iraquiano prevê que a maioria dos 133 mil militares americanos no Iraque deixem as ruas das cidades e se mantenham concentrados em suas bases a partir do dia 30 de junho.

O plano dos Estados Unidos prevê o fim das operações de combate no Iraque até setembro de 2010 e a retirada de todas as tropas americanas no país até o fim de 2011.

Em preparação para a retirada americana desta terça-feira, as autoridades iraquianas estão dando uma atenção particular ao controle dos acessos a mercados.

Esses locais têm sido alvos preferenciais de ataques a bomba que têm como objetivo deixar o maior número possível de vítimas.

A maioria dos ataques têm sido promovidos contra bairros e locais sagrados da maioria xiita.

O premiê iraquiano, que é xiita, acusa militantes extremistas sunitas ligados à rede Al Qaeda pelos ataques recentes.

Ele pediu que a população se junte em uma demonstração de unidade nacional contra as provocações.

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