segunda-feira, 31 de março de 2014

A maconha pode salvar o nosso mundo

A maconha é a única planta que pode salvar o planeta. Não é questão de fazer os mesmos produtos que outras matérias primas. Ela faz produtos de melhor qualidade e mais ecológicos.
Atualmente é proibido cultivar cânhamo no Brasil, o que é um grande prejuízo. O nosso Nordeste tem condições perfeitas para essa prática, com seu clima seco e sol abundante. Desmatamento de florestas, queima de combustíveis fósseis, pulverização de grandes quantidades de pesticidas, entre outros malefícios ao meio ambiente poderiam ser evitados a partir da produção de maconha para uso industrial.
Só para esclarecer, o produto é o cânhamo (hemp) e não a maconha de consumo recreativo ou medicinal de efeito psicoativo. O hemp não da brisa, pois não tem quantidades suficientes de THC para isso. Se você o fumar provavelmente só acabará com dor de cabeça e muita tosse.
Por conta de sua aparência semelhante à maconha tradicional, preconceito, proibição e muita ignorância, o cânhamo continua proibido no Brasil. Mas a informação ainda não está proibida, apesar de tentarem. Então aqui vão algumas maneiras de como o cânhamo pode nos ajudar.
Papel
O hemp se regenera em questão de meses e cresce muito rápido, o que é um ótima solução para a fabricação de papel. Ao contrário do eucalipto (árvore que pode levar mais de 30 anos para estar pronta para colheita), o cânhamo está pronto para ser usado em cerca de 4 meses. Um campo de cânhamo fornece a mesma quantidade de polpa que quatro campos de árvores.
Então porquê ainda continuamos a desmatar as florestas? Não há dúvidas de que o cânhamo é a melhor alternativa.
O trabalho realizado com Cânhamo não amarela nem se torna frágil, pois ele já é naturalmente livre de ácidos. O cânhamo pode ser reciclado até 7 vezes, enquanto o papel de polpa de madeira só pode ser reciclado 4 vezes no máximo. Sem mencionar que milhões toneladas de poluição tóxica são jogadas no ar e água todos os anos durante a produção de papel de madeira e celulose. O papel de cânhamo não precisa ser clareado com cloro, pode ser usado peróxido de hidrogênio para esse processo, o qual é muito mais seguro para a água e solo da terra.
Roupas e Tecidos
As primeiras calças jeans azul da Levis, foram trabalhadas em lona de vela de barco, 100% feita de cânhamo. A lona foi importada de Nim-França e assim surgiu o “de Nim” ou “denim”.
Para a fabricação de tecido, o cânhamo é uma ótima escolha, pois não se desgasta e torna-se mais suave a cada lavagem. A plantação requer um baixo nível de pesticidas e herbicidas, o que não só é ótimo para o meio ambiente, mas também para o uso do produto final (uma vez que não será prejudicial para a pele). Um hectare de cânhamo vai produzir tanto material quanto três hectares de algodão.
Ele é mesmo incrível! O tecido produzido a partir de sua fibra é capaz de manter você fresco no calor e quente no inverno, sendo conhecido por ser até 4 vezes mais quente que o material de algodão. E como se já não existissem fatos surpreendentes suficientes, ele ainda retarda o fogo. Dessa forma o cânhamo se diferencia da maioria dos outros tecidos, vestuários, roupas de cama, que necessitam ter adicionados produtos químicos repelentes de fogo – o que é um grande bônus.
Plástico e materiais de construção
Você sabia que Henry Ford fez um carro com material mais leve que aço capaz de suportar 10 vezes mais o impacto sem amassar? Pois é, foi feito de Cânhamo.
O Hemp pode ser utilizado em vários tipos de materiais de construção, como hempcrete, fiberboard, carpetes, conexões, isolamento, e plástico por exemplo. Não é apenas o meio ambiente que se beneficia com as construções de cânhamo, mas também o ser humano. As paredes feitas de cânhamo são resistentes a fogo e também a ácaros, pragas e mofo. Além disso, as construções feitas de cânhamo retiram CO2 do ar e endurecem conforme passa o tempo.
Paredes feitas de cânhamo podem durar até 500 anos! Uma grande contribuição para a sustentabilidade. Plásticos feitos de Hemp podem substituir totalmente os plásticos feitos de petróleo usados hoje em dia, que contém um alto nível de componentes químicos, como por exemplo o bisfenol.
Agora veja essa: se todos os nossos plásticos fossem feitos à partir do cânhamo, e você comprasse algo que veio com embalagem feita desse plástico, você poderia jogá-la na terra como composto, pois plásticos de cânhamo são completamente biodegradáveis.
Surge então a pergunta, por quê a indústria opta por utilizar materiais muito mais nocivos na produção de plástico?
Combustível
O Cânhamo pode ser utilizado para fazer combustível de duas formas: o óleo de sementes do cânhamo processada, podendo assim ser transformado em biodiesel ou o caule fermentado que pode ser transformado em etanol e metanol.
O biodiesel é totalmente biodegradável e um combustível muito mais limpo para o ar. Mesmo o escape produzidos pela queima do biodiesel de cânhamo tem um cheiro agradável. Embora o Cânhamo não seja a melhor alternativa ao combustível que se encontra disponível, ele pode ser usado temporariamente, pois pode ser utilizado em todos os veículos existentes hoje, sem fazer quaisquer alterações. Ambas as formas de combustível de Cânhamo não são tóxicas e são totalmente biodegradáveis.
Nutrição
Podemos afirmar com segurança que o cânhamo não só é bom para o meio ambiente, mas também para seu corpo. As sementes de Cânhamo são conhecidas por serem as mais nutritivas do planeta – Buda comeu apenas uma semente de cânhamo por dia, durante os seus 6 anos de jejum, para se disciplinar antes de alcançar a iluminação.
Junto com magnésio, potássio, fibras e quase todas as vitaminas que o corpo precisa, as sementes de cânhamo contém grandes quantidades de ômega 3 e 6, ácidos graxos essenciais – são as únicas a conter sozinha os dois juntos.
As sementes de cânhamo são muito ricas em proteínas (cerca de 25% ). Essas sementes possuem um sabor semelhante à noz, podendo ser usada em diversas receitas à seu gosto.
Produtos de limpeza e tintas
Quando limpamos as nossas casas com produtos convencionais, estamos a remover sujidade orgânica, poeira e óleos com químicos não biodegradáveis – químicos esses que nós inalamos antes de serem enviados pelos esgotos até aos Oceanos! O que há de limpo nisto?
Porque é que usamos produtos de limpeza baseados em petróleo? Serão eles melhores do que os produtos naturais? São mais baratos? Na maioria dos casos a resposta é não. Todos os produtos de limpeza contêm agentes que atuam em superfícies. Muitos destes agentes sintéticos, provêm do petróleo e outros químicos. Os agentes naturais provenientes dos óleos vegetais conseguem fazer o trabalho tão bem ou melhor do que os agentes baseados em químicos. Algumas companhias que usam os agentes químicos têm que pagar para tratar os resíduos tóxicos que poluem as águas, pois faz parte das Leis Ambientais.
Porque não usar apenas produtos naturais e biodegradáveis? Testes Europeus, indicam que os produtos de limpeza com agentes naturais baseados no óleo da semente de cânhamo trabalham de modo igual ou melhor do que outros baseados em óleos como: coco, soja e canola. Os produtos baseados em cânhamo podem limpar tudo desde janelas e mobílias, a motores de aviões a jacto. O óleo de cânhamo é um candidato para várias aplicações industriais onde é usado o óleo de linhaça.
O óleo de cânhamo contém agentes de secagem naturais usados nas tintas, nos vernizes e isolantes, que tornam a madeira altamente resistente á água. De facto, a partir de 1937, todas as pinturas de qualidade foram feitas com uma base de óleo de cânhamo.
Cosméticos
Os óleos originais usados em cosméticos como: cremes para bebes, cremes para a cara, creme de barbear, loções corporais são feitos a base de óleos minerais que – adivinhem – são um derivado do petróleo!
Muitas pessoas não fazem ideia que os produtos de maquilagem e cuidados pessoais que aplicam na cara e no corpo são baseados em petróleo. Para perceber porque é que os óleos minerais estão longe de ser uma contribuição para a saúde e beleza, primeiro temos que perceber que toda a vida na terra é baseada, essencialmente em carbono, oxigeno e hidrogênio. Plantas vivas e outros organismos são baseados em carbono vivo. A vida existente há milhões de anos ou está fossilizada ou tornou-se carbono “morto”. Quando usamos cosméticos que contêm óleos minerais estamos basicamente a tentar revitalizar os nossos corpos com materiais mortos. Isto não faz sentido. Apenas os óleos de plantas vivas –fontes de carbono vivo- contêm propriedades regenerativas. Então porque é que o óleo mineral existe em tantos produtos? Numa só palavra: Preço! À parte de ser um óleo incolor e inodoro, a sua principal vantagem é que poucos óleos vegetais conseguem competir economicamente com eles. No fim, a nós como consumidores é-nos oferecido uma notável linha de cosméticos que beneficia a nossa saúde tanto como uma caixa de Twinkees ou Maltesers.
Por outro lado, descobriu-se que o óleo de cânhamo, é altamente nutritivo, essencial para o cabelo e pele, promove o crescimento e retarda o envelhecimento. O cânhamo tem excelentes propriedades regenerativas e hidratantes para a recuperação de doenças de pele e é particularmente usado por pessoas que sofrem de eczema e psoríase.
No reino das plantas, o cânhamo contém a mais elevada quantidade de ácidos gordos essenciais para a saúde do nosso corpo e foi provado cientificamente, ter efeitos bioquímicos e terapêuticos quando aplicados. O óleo de cânhamo pode ser encontrado em shampoos, sabonetes, condicionadores, gel de banho, creme hidratante, batom e outras preparações de cosméticos.
Conheça alguns fatos sobre o cânhamo:
  • Até meados de 1880, mais de três quartos de todo o papel no mundo era feito de cânhamo.
  • Uma colheita de cânhamo produz 4 vezes mais fibra crua do que uma plantação de árvores de tamanho equivalente.
  • As árvores demoram 20 anos até serem adultas, o cânhamo demora 4 meses.
  • O cânhamo não precisa de pesticidas porque é intragável para os insetos.
  • O cânhamo não precisa de herbicidas porque cresce depressa demais para as ervas daninhas.
  • O cânhamo repele até 95% dos raios ultravioleta quando tecido numa malha apertada.
  • O cânhamo absorve mais água do que o algodão e tem uma força de tensão 3 vezes superior.
  • A produção de papel de cânhamo não usa tóxicos que podem poluir os rios próximos da fábrica.
  • O papel de cânhamo amigo do ambiente é mais forte e mais duradouro do que o papel feito da madeira.
  • O papel de cânhamo ainda é usado para fazer notas e arquivos.
  • Desde mais de mil anos antes de Cristo e até cerca de 1880 DC, o cânhamo foi o maior cultivo agrícola e indústria do planeta, produzindo a esmagadora maioria das fibras, tecidos, óleos, papel, incensos e produtos medicinais do planeta, assim como sendo a principal fonte de alimento para humanos e animais.
  • A guerra de 1812 entre a América e a Inglaterra foi sobretudo sobre o acesso ao cânhamo da Rússia.
  • Uma das razões principais para a invasão da Rússia por Napoleão em 1812 foi também as provisões de cânhamo Russas.
  • O cânhamo usa a luz do sol com mais eficácia do que qualquer outra planta no planeta.
  • O cânhamo cresce praticamente em qualquer tipo de solo e clima e é uma excelente razão para usar terrenos que de outra maneira estariam abandonados.
  • Até princípios de 1800 a palavra “linhos” referia-se a tecidos grosseiros feitos do cânhamo ou linho.
  • O óleo de cânhamo era referido na Bíblia pelo nome. Aparentemente, etimologistas na Universidade Hebraica em Jerusalém, confirmaram que a palavra “kineboisin” ( também escrita “kannabosm”) referia-se ao cânhamo usado numa pomada sagrada. Ver Exodus 30:23 onde a palavra foi mal traduzida para “cálamo”.
  • O óleo da semente de cânhamo dá a chama mais brilhante nas lamparinas a óleo e é usado desde Abraão. os Citas costumavam urificar-se com óleo de cânhamo que deixava as suas peles “brilhantes e limpas”.
  • Até 1850 muito do papel era feito de cânhamo. Desde 1900, a maioria dos jornais, livros e revistas passou a ser feito de papel de polpa da madeira. Papel barato e dispensável, conveniente de uma sociedade consumista.
  • As nossas florestas, ou o que sobra delas, estão a ser cortadas 3 vezes mais depressa do que elas conseguem crescer.
  • O cânhamo oferece uma fonte de combustível valiosa e sustentável para o futuro. O cânhamo rende cerca de 1000 galões de metanol (3785 litros) por acre ano (10 toneladas de biomassa/acre, cada um dando 100 galões de metanol/tonelada). O metanol usado hoje em dia é principalmente retirado do gás natural que é um combustível fóssil. O metanol está atualmente a ser considerado como o combustível principal para os automóveis, esperando assim reduzir os níveis de CO2.
  • Henry Ford sonhou um dia que os carros nascessem do solo. A companhia Ford, depois de anos de investigação, produziu um carro cuja carroceria era feita de plástico. Essa carroceria rija era feita em 70% de fibra celulose de cânhamo. Este plástico resistia a pancadas 10 vezes mais do que o aço sem ficar com marcas! O seu peso também era 2/3 do peso de um carro normal, sendo assim mais econômico. Henry Ford foi então obrigado a usar o petróleo devido à proibição do cânhamo.
  • Canapa em Italiano, Hanf em Alemão, Canamo em Espanhol, Chanvre em Francês, Kanoplya em Russo, Kender em Hungaro, Tal Ma em Chinês, o cânhamo é sem duvida internacional.
Como você pôde ver, o Cânhamo é uma excelente opção industrial por diversas razões. Quase tudo criado a partir do cânhamo é biodegradável , por isso, não só produtos de cânhamo parecem durar muito mais tempo , mas também quando é hora de substituí-los , eles podem retornar à Terra de maneira muito mais ecológica.
Quem projetou a maconha criou uma planta realmente perfeita. Já passou da hora de implementar esses novos recursos em nossas vidas. Nós temos a informação e temos a tecnologia, então o que nos impede?
Henry Ford gostava de dizer “Para quê usar as florestas que demoram séculos a serem criadas, e as minas que requerem épocas para se estabelecerem, se nós podemos ter produtos florestais e mineras equivalentes ao crescimento anual dos campos?”
George Washington Cover tinha uma resposta: “Eu acredito que o Grande Criador colocou minérios e óleos na terra para nos dar um “pequeno descanso”. Como nós os esgotamos devemos estar preparados para voltar às nossas quintas, que são o verdadeiro armazém de Deus, e que nunca se esgotará! Nós podemos aprender a sintetizar o material para cada necessidade humana a partir das coisas que crescem!”
Legalizar a maconha é respeitar a natureza, a vida e o planeta. O uso industrial do cânhamo é a melhor alternativa para termos um equilíbrio ambiental adequado, com uma fonte de matéria prima capaz de produzir combustível, papel, tecidos, casas, plástico, cosméticos… tudo da mais alta qualidade, muitas vezes superior aos produtos feitos com matéria prima convencional no mercado.
A maconha é a única planta que pode salvar o planeta. Se tudo correr como deve, o cânhamo servirá como pilar central de uma nova era de sustentabilidade e consciência ambiental.
http://projetocharas.com/a-maconha-industrial-pode-mudar-o-nosso-mundo/

Impacto do aquecimento global será 'grave e irreversível', diz ONU

O impacto do aquecimento global será "grave, abrangente e irreversível", segundo um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira.
Autoridades e cientistas reunidos no Japão afirmam que o documento é a avaliação mais completa já feita sobre o impacto das mudanças climáticas no planeta.
Integrantes do IPCC dizem que até agora os efeitos do aquecimento são sentidos de forma mais acentuada pela natureza, mas que haverá um impacto cada vez maior sobre a humanidade.
Mudanças climáticas vão afetar a saúde, a habitação, a alimentação e a segurança da população no planeta, segundo o relatório.
O teor do documento foi alvo de intensas negociações em reuniões realizadas em Yokohama. Este é o segundo de uma série de relatórios do IPCC previstos para este ano.
O texto afirma que a quantidade de provas científicas do impacto do aquecimento global dobrou desde o último relatório, lançado em 2007.
"Ninguém neste planeta ficará imune aos impactos das mudanças climáticas", disse o diretor do IPCC, Rajendra Pachauri, a jornalistas nesta segunda-feira.
O secretário-geral da Associação Mundial de Meteorologia, Michel Jarraud, disse que se no passado as pessoas estavam destruindo o planeta por ignorância, agora já não existe mais esta "desculpa".

Enchentes e calor

O relatório foi baseado em mais de 12 mil estudos publicados em revistas científicas. Jarraud disse que o texto é "a mais sólida evidência que se pode ter em qualquer disciplina científica".


Nos próximos 20 a 30 anos, sistemas como o mar do Ártico estão ameaçados pelo aumento da temperatura em 2 graus Celsius. O ecossistema dos corais também pode ser prejudicado pela acidificação dos oceanos.
Na terra, animais, plantas e outras espécies vão começar a "se deslocar" para pontos mais altos, ou em direção aos polos.
Um ponto específico levantado pelo relatório é a insegurança alimentar. Algumas previsões indicam perdas de mais de 25% nas colheitas de milho, arroz e trigo até 2050.
Enquanto isso, a demanda por alimentos vai continuar aumentando com o crescimento da população, que pode atingir nove bilhões de pessoas até 2050.
"Na medida em que avançamos [as previsões] no futuro, os riscos só aumentam, e isso acontecerá com as pessoas, com as colheitas e com a disponibilidade de água", disse Neil Adger, da universidade britânica de Exeter – outro cientista que assina o relatório.
Enchentes e ondas de calor estarão entre os principais fatores causadores de mortes de pessoas. Trabalhadores que atuam ao ar livre – como operários da construção civil e fazendeiros – estarão entre os que mais sofrerão. Há também riscos de grandes movimentos migratórios relacionados ao clima, além de conflitos armados.

Quem paga?

Em lugares como a África, as pessoas estarão particularmente vulneráveis. Muitos que deixaram a pobreza nos últimos anos podem voltar a ter condições de vida miseráveis.


Mas o professor Saleemul Huq, outro coautor do relatório, disse que os países ricos não estarão imunes.
"Os ricos terão que se preparar para as mudanças climáticas. Estamos vendo isso agora na Grã-Bretanha, com as enchentes de poucos meses atrás, as tempestades nos Estados Unidos e a seca no Estado da Califórnia", disse Huq.
"Estes eventos são multibilionários, que precisam ser pagos pelos ricos, e existe um limite no que eles podem pagar."
Outro coautor, Chris Field, apontou que existem alguns lados positivos do relatório. Segundo ele, o mundo tem condições de administrar os riscos previstos no documento.
"Aquecimento global é algo muito importante, mas nós temos muitas ferramentas para lidar de forma eficiente com isso. Só é preciso lidar de forma inteligente com isso", diz Field.
Mas um dos problemas que ainda não tem resposta é: quem pagará a conta?
"Não cabe ao IPCC definir isso", disse José Marengo, cientista brasileiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que participou das negociações em Yokohama.
"O relatório fornece a base científica para dizer que aqui está a conta, alguém precisa pagar, e com essas bases científicas é relativamente mais fácil ir às negociações da UNFCCC [Convenção Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas] e começar a costurar acordos sobre quem pagará pela adaptação [do planeta]."

O que é o IPCC?

A função do Painel Intergovernamental da ONU para Mudanças Climáticas (IPCC), nas suas palavras é "suprir o mundo com visões científicas claras sobre o estado atual do conhecimento em mudanças climáticas e seus potenciais impactos ambientais e socioeconômicos".
Com o aval da ONU, a entidade já produziu quatro grandes relatórios até hoje.
O IPCC é uma organização pequena, sediada em Genebra e com uma equipe de 12 funcionários que trabalham em turno integral. Todos os cientistas que colaboram com o painel o fazem de forma voluntária.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140331_ipcc_relatorio_dg.shtml

quarta-feira, 19 de março de 2014

Crise na Crimeia pode reacender conflitos adormecidos na Europa

A situação atual na Crimeia não apenas evidencia o que muitos veem como renovadas ambições expansionistas da Rússia de Vladimir Putin. Também desperta preocupação entre os vizinhos de Moscou no Leste Europeu e traz à tona conflitos "congelados" no tempo e originados após o desmantelamento da União Soviética, em 1991.
O avanço rumo à anexação da região autônoma ucraniana da Crimeia acontece apenas um mês após a destituição do presidente ucraniano Viktor Yanukovych - aliado de Moscou -, após violentos protestos contra ele.
O motivo por trás dos protestos foi a recusa de Yanukovych em assinar um tratado de aproximação com a União Europeia (UE), preferindo manter a relação próxima com a Rússia.
Muitos dizem que Putin quer conter a influência dos Estados Unidos e da UE com uma espécie de União da Eurásia.
Desde que ele chegou ao poder, em 2000, sua meta é voltar a fazer de Moscou uma grande potência global.
"A ideia não é recriar a União Soviética, mas sim rodear a Rússia com uma série de (países) satélites submissos - e não há maior prêmio nessa busca do que Ucrânia", disse Eugen Rumer, ex-oficial de inteligência dos Estados Unidos na Eurásia e hoje do Fundo Carnegie para a Paz Internacional.
Para o professor de direito internacional da Universidade de Cambridge Marc Weller, a Crimeia faz parte da "lista de conflitos congelados no Leste Europeu".
E a instabilidade já vista em conflitos nos territórios da Ossétia do Sul e Abkházia tornam mais urgente a necessidade de uma solução definitiva para a Crimeia, afirma Weller.

Cáucaso

A Ossétia do Sul e a Abkházia, cuja independência é apoiada pela Rússia, são territórios reivindicados pela Geórgia.
Em 2008, Moscou usou a maioria russa na Ossétia como justificativa para atacar as tropas da Geórgia, que tentavam recuperar o controle da região separatista.
O Exército russo também forçou a saída das tropas georgianas da Abkházia.

Agora, com argumento similar, a Rússia interveio na Crimeia. E, assim como no caso da Geórgia, Moscou ressente o interesse da União Europeia na Ucrânia.
Seis anos após o conflito com a Geórgia, a situação na região segue instável.
O plano de paz patrocinado pela UE para os dois territórios, negociado pelo ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, em 2008, foi o equivalente a pouco mais que a ratificação dos resultados da invasão russa, opina Weller.
Dois anos antes, a Ossétia do Sul havia realizado um referendo que alguns comparam ao da Crimeia. O resultado foi um amplo apoio à criação de um Estado independente. No entanto, apenas Rússia, Venezuela, Nicarágua, Nauru e Tuvalu reconheceram o resultado.

Transnístria

Outro caso que pode ter paralelos com a atual crise da Crimeia é o do enclave chamado Transnístria, território separatista entre a Moldávia e a Ucrânia.
Na prática, a Transnístria se separou da Moldávia e a maioria de sua população fala russo. Há relatos de que as autoridades locais pediram ao Parlamento russo por uma anexação, e um referendo em 2006 respaldou a intenção de pertencer à Rússia.
A comunidade internacional não reconhece sua independência, e o território, que mantém um tenso enfrentamento com a Moldávia, é tido como uma região dominada pelo crime organizado e pelo contrabando.

A Transnístria tem moeda, Constituição, hino, bandeira e Parlamento próprios. E, assim como na Crimeia, a Rússia tem milhares de soldados ali.
A relação de Moscou com a Moldávia é marcada pelo ponto fraco do pequeno país, a economia (semelhante à relação entre Moscou e Ucrânia).
A Moldávia é o país mais pobre da Europa, e sua economia depende em grande parte da exportação de vinho. A UE quer integrá-lo à Associação Oriental, programa do bloco de aproximação com ex-repúblicas soviéticas ao leste, como Belarus, Azerbaijão, Armênia, Geórgia e Ucrânia.
Mas, quando o país começou a se aproximar do Ocidente, a Rússia - seu principal mercado - vetou a importação do vinho moldávio.
Foi esse mesmo tipo de aproximação com a UE que foi rejeitada por Yanukovych na Ucrânia, desencadeando protestos da parte da população que é pró-Ocidente.

Presença russa no Báltico

Estônia, Letônia e Lituânia, as três repúblicas bálticas que pertenceram à União Soviética durante 51 anos, também acompanham de perto os desdobramentos na Crimeia.
Em 2004, os três se uniram à UE e à Otan (aliança militar ocidental), uma afronta a Putin.
A presença de uma significativa minoria étnica russa é um tema delicado nos países bálticos, que em grande medida dependem do gás russo.
Na Estônia, os russos representam até um terço da população, e muitos se queixam de preconceito. Na Letônia, 25% do povo fala russo, e seus direitos são um tema espinhoso no país.
A presidente lituana, Dalia Grybauskaite, disse recentemente que "graças a Deus (o país) tem mais de dez anos na Otan".
"A Rússia está tentando reestabelecer as fronteiras que tínhamos depois da Segunda Guerra Mundial", queixou-se a presente - alegando que, após a Ucrânia, Moscou se moveria em direção aos países Bálticos e à Polônia.
Os Estados Unidos mandaram reforços militares à região, e o vice-presidente Joe Biden visita Lituânia e Polônia nesta semana para discutir a crise ucraniana.

Temor polonês

Também na Polônia existe uma sensação generalizada de insegurança. Em pesquisa recente, 59% dos entrevistados opinaram que a política externa russa ameaça a segurança do país.
"Me sinto ameaçado pela Rússia porque estamos do lado", disse à BBC o polonês Michal, de 30 anos. "A Ucrânia foi a primeira, os países bálticos virão a seguir e logo Putin fará algo ruim aqui."
"Acho que há uma sensação de que certos limites foram ultrapassados, que precedentes foram abertos e que graças a isso não se sabe onde Putin vai parar", disse à BBC Marcin Zaborowski, diretor do Instituto Polonês de Assuntos Internacionais.

Avanço na Ucrânia?

Fora a Crimeia - região transferida por Moscou à Ucrânia em 1954, quando esta era parte da União Soviética -, nas cidades ucranianas de Donestk e Kharkiv, onde também há uma grande população de etnia russa, há debates sobre referendos semelhantes para se unir à Rússia.
"Se houver mais referendos relâmpagos, será que serão enviados para lá soldados russos - que agora estão nas fronteiras da Ucrânia em nome da proteção dos russos étnicos frente aos 'provocadores' de Kiev -, como aconteceu na Crimeia?", questiona na revista New Yorker o jornalista Jon Lee Anderson.
Alguns meios de comunicação russos começam a se referir a uma ampla zona do sul da Ucrânia como "Novorossiva", ou "Nova Rússia". Anos atrás, em 2008, Putin dissera a líderes da Otan que ali havia "apenas russos".
A consultoria política Eurasia Group calcula em 40% a probabilidade de que a Rússia invada o leste ucraniano.
Nesta terça, Putin declarou que essa não é sua intenção: "A Rússia não quer dividir a Ucrânia. Não precisamos disso".
No entanto, qualquer novo avanço russo certamente aumentará as tensões e e temores sobre o ressurgimento de um novo tipo de Guerra Fria - além de deixar o Ocidente em uma encruzilhada sobre como responder à situação.

Grupo de militares ucranianos resiste a invasão russa de base na Crimeia

Forças subordinadas à Rússia invadiram uma base naval ucraniana em Sevastopol. Autoridades da Ucrânia afirmaram nesta querta-feira que o comandante da instalação foi levado pelos invasores.
Segundo testemunhas, colunas de militares ucranianos foram vistos saindo da unidade militar levando seus pertences.
Contudo, uma fonte que está dentro da base disse à BBC pode telefone que cerca de 100 militares ucranianos fizeram barricadas com móveis e tentam resistir à invasão.
Até o início da tarde desta quarta-feira não havia registro de mortos ou feridos na ação.
Outra base naval ucraniana no oeste da península da Crimeia, Novoozerne, também foi atacada por forças ligadas à Rússia.
O governo de Kiev diz que dois de seus ministros foram impedidos de entrar na Crimeia para negociar.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140318_crimeia_efeito_domino_pai.shtml

sexta-feira, 14 de março de 2014

A história por trás da proibição da maconha

A maconha surgiu na Ásia e se espalhou pelo mundo inteiro. Evidências de cannabis são encontradas desde o terceiro milênio A.C. Atualmente há discussões sobre a liberação ou não de seu uso em diversos países. Durante milhares de anos seu uso foi liberado e em muitos casos, recomendado. Mas com o passar do tempo muitos viram na maconha uma série de fatores negativos e decidiram criminalizá-la.
Foi Napoleão Bonaparte quem criou a primeira lei proibindo a cannabis, nome científico da planta. Isso aconteceu quando o general francês conquistou o Egito em 1798. Napoleão alegava que, ao consumir o produto, os egípcios ficavam mais violentos. Três décadas depois, em 1830, o Brasil também se tornaria pioneiro no assunto, quando a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, por meio do Código de Posturas Municipais, criou restrições ao comércio e ao consumo do “pito do pango”, expressão usada para definir a cannabis à época, relata Rowan Robinson no “O Grande Livro da Cannabis”.
No início do século 20, vários países criaram leis proibindo o consumo e o comércio da cannabis, entre eles: África do Sul, Jamaica (na época colônia inglesa), Reino Unido, Nova Zelândia, Brasil e principalmente, os Estudos Unidos.
De acordo com o documentário “Grass: A Verdadeira História da Marijuana”, de Ron Mann, um dos principais motivos que fez com que os Estados Unidos criassem suas primeiras proibições ao uso da planta foi a relação que ela mantinha com os imigrantes mexicanos que não eram bem-vistos pelos americanos. Surgiram boatos de que a erva os transformava em assassinos e, logo em 1914, o município americano de El Paso criou uma lei proibindo a posse de maconha.
Segundo o documentário, a lei foi criada para controlar a maconha mas, no fundo, servia para controlar os imigrantes mexicanos. Porém, essa não foi a primeira lei americana a tratar sobre o assunto, “O Grande Livro da Cannabis” afirma que antes disso, em 1906, a Lei sobre as Drogas e a Alimentação tornou-se a primeira lei federal a tratar diretamente da cannabis, mas se limitava a exigir que qualquer quantidade da substância que fosse utilizada em alimentos e remédios deveria ser claramente declarada no rótulo dos produtos.
Para entender a origem da criminalização da cannabis nos EUA é preciso diferenciar a maconha do cânhamo. Embora as duas plantas sejam classificadas como cannabis, a maconha possui alta concentração de THC, a substância psicoativa. Já o cânhamo possui baixo teor de THC e é de grande utilidade para a indústria na fabricação de roupas, cordas, papéis, tintas, temperos, xampus e cremes.
O cânhamo foi utilizado inclusive na fabricação das caravelas de Pedro Álvares Cabral. Diferenciar a cannabis é importante porque o cânhamo era amplamente usado pela indústria americana, principalmente na fabricação de papel, o que teria feito com que empresários que poderiam ser prejudicados pelo cânhamo tentassem criar uma imagem negativa da maconha para que pudessem inibir também a produção do cânhamo.
Essa é a versão que o ativista e escritor Jack Herer defende em seu livro “O Rei Vai Nu” e aponta o empresário e magnata da mídia Randolph Hearst (que supostamente inspirou o filme Cidadão Kane de Orson Welles) e a família Du Pont, como os principais responsáveis por criarem uma imagem negativa da cannabis. Entender os motivos que levaram os EUA a proibir a maconha é importante porque a decisão americana influenciaria outros países a tomarem a mesma decisão.
A maconha passou a ser criminalizada nos EUA, até para fins medicinais como era bastante utilizada, e países do mundo inteiro seguiram seu exemplo. No Brasil, o uso da maconha era praticado principalmente pelos negros, o que teria sido o fator primordial para a proibição da erva, como forma de criminalizar a raça negra que acabava de sair da condição de escravos, mas não da condição de discriminados. Algo semelhante, envolvendo os negros, também teria acontecido nos EUA, defende Rowan Robinson.
Por anos a maconha permaneceu criminalizada, até que em 1996 o estado da Califórnia, nos EUA, legalizou seu uso para fins medicinais. Logo depois outros 18 estados americanos também tomariam a mesma decisão. Em 2003, o Canadá se tornou o primeiro país do mundo a legalizar a utilização da cannabis para fins medicinais. Antes dele, a Holanda já havia liberado em 1976, o uso para fins recreativos.
Atualmente algumas nações vêm flexibilizando as leis que tratam do uso da maconha. Nesses países o usuário está passando a ser visto como assunto de saúde pública. Entretanto em outros países, principalmente os asiáticos, as leis são mais severas dependendo da situação e quem for pego com maconha pode ser até condenado à morte.
No final de 2012, dois estados americanos, Washington e Colorado, decidiram legalizar o uso da droga para fins recreativos. Recentemente foi a vez do Uruguai votar sobre a legalização da cannabis. No Brasil, a cada dia vem crescendo o movimento das marchas da Maconha, que visam descriminalizar a planta.
Esse movimento chegou a envolver o STF, que foi questionado sobre a legalidade das marchas. O Supremo decidiu que o ato de realizar as marchas da Maconha está em conformidade com a lei, mas a liberação do uso da erva depende de uma nova legislação e enquanto o Congresso Brasileiro discute o tema, o comércio da cannabis no Brasil, de acordo com Lei 11.343/2006, permanece proibido.
http://projetocharas.com/a-historia-por-tras-da-proibicao-da-maconha/

quarta-feira, 12 de março de 2014

QUESTÕES - Urbanização no Brasil

01. (FUVEST) 



A recente urbanização brasileira tem características parcialmente representadas nas situações I e II dos esquemas acima. Considerando essas situações, é correto afirmar que, entre outros processos,
a) I representa a involução urbana de uma metrópole regional.
b) I representa a perda demográfica relativa da cidade central de uma Região Metropolitana.
c) II representa o desmembramento territorial e criação de novos municípios.
d) II representa a formação de uma região metropolitana, a partir do fenômeno da conurbação.
e) II representa a fusão político-administrativa de municípios vizinhos.

Letra D

02. (UFAL) Sobre o tema Urbanização, analise as afirmações a seguir.

1) Os fatores que funcionam como atrativos da urbanização, nos países subdesenvolvidos, estão ligados basicamente ao processo de industrialização.
2) A forte urbanização nos países subdesenvolvidos só ocorreu em face do processo de globalização verificado após o fim da URSS, quando houve um aumento de exportações dos produtos primários.
3) As cidades, nos países desenvolvidos, foram se estruturando para absorver os migrantes, havendo, então, melhorias na infra-estrutura urbana e um aumento da geração de empregos.
4) Nas áreas metropolitanas de países subdesenvolvidos, muitos desempregados, para garantir a sobrevivência, refugiam-se no subemprego da economia informal.

Estão corretas apenas:
a) 1 e 2
b) 2 e 4
c) 1 e 4
d) 2 e 3
e) 1, 3 e 4

Letra E

03. (UFAC) A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos,
entre os quais podemos destacar:
a) Falta de infra-estrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos.
b) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infra-estrutura e todas as formas de violência.
c) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural.
d) Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas e cortiços.
e) Luta pela posse da terra, falta de infra-estrutura e altas condições de vida nos centros urbanos.

Letra B

04. (UEPB)

Saudosa maloca
Se o senhor não tá lembrado, dá licença de contar
Ali onde agora está este adifício arto
Era uma casa véia, um palacete assobradado
Foi aqui seu moço que eu, Mato Grosso e o Joca
Construimo nossa maloca
Mais um dia, nóis nem pode se alembrá
Veio os home com as ferramenta e o dono mandô derrubá
Peguemos todas nossas coisas e fumos pro meio da rua
Apreciá a demolição
Que tristeza que nóis sentia, cada tábua que caía
Doía no coração
Matogrosso quis gritar, mas por cima eu falei
Os home ta co’a razão, nóis arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou
Deus dá o frio conforme o cobertor
E hojé nóis pega as paia nas grama do jardim
E pra esquecer nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde nóis passemo dias feliz da nossa vida.

Fonte: CD Reviver Adoniran Barbosa. Som Livre, 2002.

A letra da música de Adoniran Barbosa nos faz refletir, corretamente, que:
I - A segregação residencial no espaço urbano, é conseqüência de um espaço/mercadoria cujos valores de uso e de troca definem as formas de apropriação e de luta pelo direito de morar na cidade.
II - Terras vazias à espera de valorização pela especulação imobiliária são uma das causas de a população de baixa renda não ter acesso à moradia digna.
III - Os favelados resistem a quaisquer tentativas de melhoria habitacional e impedem a implantação de equipamentos urbanos adequados e eficazes que melhorem sua qualidade de vida.
IV - A reforma urbana é um bem necessário, já que poucos têm acesso à infra-estrutura e aos serviços públicos urbanos.

Estão corretas:

a) Apenas as proposições I e II
b) Apenas as proposições I, II e IV
c) Apenas as proposições I e III
d) Apenas as proposições II e III
e) Todas as proposições

Letra B

05. (FURG) Nas grandes cidades brasileiras, a falta de moradia e o aumento do desemprego estão
diretamente relacionados à existência de que tipos de habitação?

a) Favelas e condomínios.
b) Favelas e cortiços.
c) Mansões e vilas.
d) Vilas e bairros.
e) Lugarejos e condomínios.

Letra B

06. (CEFET) O processo de expansão da mancha urbana, cuja característica singular é a formação de subúrbios separados da mancha urbana contínua, denomina-se

a) aglomeração.
b) conurbação.
c) metrópole nacional.
d) periurbanização.

Letra D

07. (Ufscar) Analise a tabela e as afirmativas que a seguem.



I. Observa-se em todos os períodos um crescimento contínuo das grandes cidades, em detrimento das pequenas e médias.
II. As cidades médias – aquelas com populações entre 100 e 500 mil habitantes – vêm conhecendo um crescimento superior às demais.
III. As cidades que menos crescem são as menores, as localidades com até 20 mil habitantes.
IV. As cidades que mais crescem são as maiores, as metrópoles com mais de 500 mil habitantes.
São corretas as afirmativas:

a) I e II.
b) II e III.
c) I e IV.
d) I e III.
e) II e IV.

Letra B

08. (Fuvest)



A charge acima, satirizando uma situação problemática, comum às grandes cidades, sugere a
I. importância da circulação para a dinâmica das atividades urbanas, exigindo da municipalidade a produção de soluções.
II. hegemonia do automóvel particular frente ao transporte público coletivo, resultando em entraves à fluidez do tráfego viário.
III. ausência de instrumentos legais de planejamento urbano, impedindo o processo de metropolização.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

Letra B

09. (Fatec) Considere as afirmações sobre a urbanização brasileira.

I. Embora os números referentes ao processo de urbanização possam conter algumas distorções,
resultantes das metodologias utilizadas, é inegável l que entre as décadas de 1950 até 1980 o Brasil
passou de forma intensa por esse processo.
II. No início da ocupação do território brasileiro, houve grande concentração de cidades na região
Sudeste. Esse fenômeno está associado ao processo industrial, que teve seu maior desenvolvimento
nessa região.
III. Num mundo cada vez mais globalizado, há um reforço do papel de comando de algumas cidades
globais na rede urbana mundial, como é o caso de São Paulo, importante centro de serviços
especializados.

Está correto o que se afirma em:

a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) II, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

Letra D

10. (Puc-mg) Observe atentamente o gráfico e, a seguir, assinale a afirmativa INCORRETA.



a) O maior equilíbrio entre população rural e urbana verificou-se no final dos anos 60.
b) O declínio da população rural acentuou-se significativamente a partir de meados dos anos 70.
c) O ritmo de crescimento da população rural e urbana promoveu um desequilíbrio cada vez mais
acentuado entre elas, a partir da década de 70.
d) O ritmo de crescimento da população total tornou-se superior ao da população urbana a partir de
meados da década de 90.

Letra D

11. (Uft) Dentre vários aspectos, pode-se dizer que a urbanização brasileira ocorreu em níveis de intensidade e rapidez significativos, que se diferenciam regionalmente.

Quanto ao processo de urbanização no Brasil é CORRETO afirmar que:

a) No Nordeste a rede urbana apresenta maior densidade na zona litorânea.
b) A cidade de São Paulo sempre comandou a rede urbana brasileira.
c) A megalópole brasileira é constituída por São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
d) A porção centro-ocidental do país iniciou os primeiros passos de uma acelerada urbanização, inclusive com grande densidade demográfica.

Letra A

12. (Unifal) Leia as afirmativas a seguir.

I - O êxodo rural é uma das causas da urbanização acelerada que acarreta, entre outros problemas, o aumento do desemprego e crescimento do setor informal das cidades nos países de industrialização tardia.
II - O crescimento da taxa de urbanização implica uma acentuada melhoria nas condições de vida da população dos países subdesenvolvidos.
III - O aumento das favelas, dos loteamentos clandestinos e da população sem-teto pode ser apontado como conseqüência do êxodo rural e da crescente urbanização.

Com base nessas afirmativas sobre urbanização, marque a alternativa correta.

a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas I e III estão corretas.
c) Todas as alternativas estão corretas.
d) Apenas III está correta.

Letra B

13. (Facig) Sobre a urbanização brasileira, é incorreto afirmar.

a) O processo de urbanização brasileira apoiou-se essencialmente, no êxodo rural, ou seja, na
transferência de populações do meio rural para as cidades.
b) A violência urbana nas metrópoles brasileiras está relacionada a uma série de fatores sociais e
econômicos, como: o subemprego, o crescimento de favelas.
c) O processo de urbanização da população brasileira é uniforme. Os estados do país apresentam uma
urbanização de pouco contraste na distribuição da população rural e urbana.
d) A recente transformação do Brasil em sociedade urbana deixa para trás as estruturas econômicas e
os comportamentos reprodutivos típicos do meio rural.
e) A hierarquização do espaço brasileiro do ponto de vista urbano, apresenta grande concentração de
indústria e serviços na metrópole nacional, representada por São Paulo.

Letra C

14. (Ufla) Analise a letra da música abaixo.

Minha Alma (A paz que eu não quero)

A minha alma está armada
e apontada para a cara
do sossego
pois paz sem voz
não é paz é medo [...]
As grades do condomínio
são para trazer proteção
mas também trazem a dúvida
se não é você que está nessa prisão
me abrace e me dê um beijo
faça um filho comigo
mas não me deixe sentar
na poltrona no dia de domingo
procurando novas drogas
de aluguel nesse vídeo
coagido pela paz
que eu não quero
seguir admitindo

http://o-rappa.musicas.mus.br/letras/28945

Assinale a alternativa que indica o problema central destacado na letra da música.

a) A formação da chamada cidade informal das regiões metropolitanas.
b) A falta de infra-estrutura básica nos subúrbios das metrópoles.
c) O aprofundamento da pobreza nas grandes cidades brasileiras.
d) A violência criminal que atormenta os moradores dos grandes centros urbanos.

Letra D
15. (Umtm) Considere as afirmações a seguir sobre a rede urbana brasileira.

I. O processo de urbanização, acelerado na década de 1990, produziu uma nova categoria de cidades, as cidades globais, cuja concentração maior está na região Sudeste, pois é a região mais integrada ao mercado mundial.
II. A região Norte ainda não apresenta cidades com características de metrópoles regionais. A grande dimensão territorial e a fraca integração econômica fazem com que as cidades da região tenham mais relações com as metrópoles regionais do Nordeste e Centro-Oeste.
III. Cada vez mais, São Paulo centraliza as funções de metrópole nacional e global, pois é o “nó” de vários fluxos que integram a economia nacional à global: capitais, mercadorias, informações etc.
IV. Na atualidade, a idéia de uma rede urbana hierárquica está ultrapassada, pois cada centro urbano, independente de seu tamanho populacional consegue manter relações econômicas, políticas e sociais com outros centros.

Está correto somente o que se afirma em

a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

Letra E

16. (Unisc) Em Geografia, as metrópoles são definidas por uma série de características. Com base nessas características, poucas das cidades brasileiras são consideradas metrópoles. Considerando as metrópoles brasileiras, é incorreto afirmar que elas

a) exercem influência sobre vasta área geográfica, quase sempre mais ampla que o território dos seus
Estados.
b) têm equipamentos urbanos numerosos e variados, capazes de suprir a quase totalidade das necessidades da sua população.
c) apresentam uma área central, cujo fluxo de veículos, em geral intenso, varia consideravelmente ao longo do dia.
d) formam uma mancha urbana de densidade demográfica homogênea, que se estende, de forma
contínua, pelos municípios da região metropolitana.
e) nenhuma das alternativas anteriores. 

Letra D

17. (Ufrn) A transferência da capital do Brasil da região Sudeste para a região Centro-Oeste é vista como uma das maiores realizações de Juscelino Kubitschek. Explique a importância dessa transferência para o crescimento econômico da região Centro-Oeste.

Resposta:

Do ponto de vista econômico, a transferência da capital do Brasil do Rio de Janeiro para a região Centro-Oeste, com a construção de Brasília, promoveu uma maior integração do território nacional. Daí ocorreu uma dinamização das atividades econômicas no âmbito da construção civil, gerando inúmeros empregos para as populações, em especial os migrantes nordestinos. Além disso, a transferência da capital para a porção central do Brasil promoveu o crescimento de cidades no entorno de Brasília e de outras cidades já existentes, dinamizando os setores da economia urbana (comércio e serviços). Na
agricultura, verificou-se a expansão da fronteira agrícola, transformando a região do cerrado em importante área produtiva da economia nacional, em virtude da emergência de atividades agropecuárias modernas, que estavam articuladas à expansão do capital. 

18. (Ufv) Leia o texto abaixo, extraído do romance O cortiço, que revela um grave e histórico problema habitacional dos centros urbanos brasileiros.

Um cortiço! Exclamava ele, possesso. Um cortiço! Maldito seja aquele vendeiro de todos os diabos! Fazer-me um cortiço debaixo das janelas!... Estragou-me a casa, o malvado!
[...] Noventa e cinco casinhas comportou a imensa estalagem. [...]
[...] E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva, uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco. Durante dois anos o cortiço prosperou de dia para dia, ganhando forças, socando-se de gente.

(AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 3. ed. São Paulo: Ática, 1975. p. 20-21.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a realidade urbana brasileira, assinale a afirmativa
CORRETA:

a) Devido ao pouco investimento em políticas habitacionais para as classes mais pobres, as moradias
inadequadas são problemas que persistem no Brasil há mais de um século.
b) O problema relatado no texto é característico apenas em pequenos centros urbanos, uma vez que o
governo federal aplica parcos recursos para construção de moradias.
c) O texto revela uma opção de grande parte da população brasileira, que por motivos culturais prefere viver nos cortiços.
d) Os cortiços não apresentam riscos à saúde nem à vida dos moradores, pois são construídos com padrões técnicos e arquitetônicos adequados.
e) As formas de habitação relatadas no texto se mantiveram ao longo do tempo, mesmo havendo uma
elevação significativa da renda recebida pela população mais pobre.

Letra A

19. (Ufrj) A rede urbana constitui um conjunto de cidades articuladas entre si que formam uma hierarquia de graus de comandos estabelecida pelo tamanho e pela oferta de bens e serviços de cada cidade.
Apresente três fatores que estão alterando a hierarquia da rede urbana brasileira.

Resposta:

Entre os fatores que estão alterando a hierarquia da rede urbana no Brasil estão: as mudanças na infra-estrutura de transporte e telecomunicação; a mudança na distribuição geográfica dos investimentos; o surgimento de novos setores produtivos; a logística empresarial; o processo de desmetropolização e o crescimento das cidades de porte médio, as mudanças nos hábitos de vida; mudança nos fluxos migratórios e a redistribuição da população. 

20. (Ufmg) Analise este trecho de música, em que se retratam condições socioambientais das grandes cidades brasileiras:

A Cidade

A cidade se apresenta centro das ambições
Para mendigos ou ricos e outras armações
Coletivos, automóveis, motos e metrôs
Trabalhadores, patrões, policiais e camelôs
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o de baixo desce
Chico Science, “A Cidade”.

A partir dessa análise, é INCORRETO afirmar que, nesse trecho de música, o autor

a) considera a exclusão social como uma característica marcante das sociedades urbanas, que tem aumentado à medida que se intensifica a concentração de renda.
b) denuncia a pequena mobilidade econômica das classes sociais, decorrente da intensificação da divisão do trabalho que acompanha o processo de urbanização.
c) exalta o modo de vida urbano ao alegar que, nas cidades, a posse de bens duráveis – como automóveis e motocicletas – é traço característico de seus habitantes.
d) inclui o contingente populacional urbano inserido no mercado de trabalho informal, comumente ligado à expansão do subemprego e do desemprego estrutural.

Letra C

21. (Ufg) A polarização que os centros urbanos exercem uns sobre os outros determina a hierarquia urbana, em escala nacional. Nessa perspectiva, a concepção de metrópole regional abrange
a) extensas regiões, com influências que ultrapassam o limite estadual.
b) cidades menores e vilas dentro de um limite determinado pelo centro regional.
c) distritos, povoados, comunidades rurais e áreas vizinhas, no limite municipal.
d) todo o território nacional, direcionando a vida econômica e social.
e) centros regionais menores, com raio de ação inferior à esfera estadual.

Letra A

22. (Pucpr) Há poucos anos, foi estabelecida uma série de novas regiões metropolitanas no território brasileiro, estendendo para mais de 20 a sua quantidade. No Paraná, a novidade fica por conta das duas regiões metropolitanas do interior do estado, Londrina e Maringá, pois até então a única região metropolitana paranaense era a de Curitiba. Londrina e Maringá são atualmente as sedes de
regiões metropolitanas em virtude de:

a) Representarem pólos regionais de referência no norte do Estado, sendo que já se constata o
fenômeno da conurbação tanto na região de Londrina, como também em torno de Maringá.
b) Ambas são atualmente “cidades milionárias”, ou seja, as populações dos municípios de Londrina
e de Maringá já ultrapassaram a quantia de um milhão de habitantes.
c) Essas cidades desbancaram Curitiba em importância demográfica, industrial e de diversidades de serviços.
d) Ambas terem largado totalmente sua economia de origem agrícola, recebendo recursos
exclusivamente dos setores industriais e do comércio e serviços.
e) Representarem o principal eixo industrial do Estado e concentrarem as maiores populações do Estado em torno de seus municípios.

Letra A

23. (Unesp) Uma parcela da população que trabalha na metrópole de São Paulo tem preferido, nos últimos anos, morar em cidades próximas à região metropolitana, ou mesmo no meio rural, geralmente em condomínios fechados de alto padrão. Com base nessa tendência, analise as afirmações e aponte qual alternativa reúne as dinâmicas sócio-espaciais que se alteram.

I. Aumenta o fluxo de pessoas e veículos diariamente no sentido interior-metrópole-interior.
II. Novos espaços de lazer e consumo são criados nas cidades e regiões que recebem estes novos moradores.
III. Diminui a migração pendular.
IV. Essa opção de onde morar expande-se para toda população, independente da classe social.
V. A paisagem do campo é alterada pela presença dos condomínios.
VI. O local de residência não altera a qualidade de vida.
VII. Diminui significativamente a poluição na metrópole.

a) I, II e V.
b) I, III e V.
c) II, III e IV.
d) II, IV e VI.
e) III, IV e VII. 

24. (Unesp) A reestruturação produtiva no Brasil, e mais especificamente no estado de São Paulo, ocorre juntamente com uma nova lógica de localização industrial. Analise as afirmações seguintes.

I. Nessa dinâmica ocorre a extensão da região industrial de São Paulo para um raio aproximado de 150 quilômetros e, com essa ampliação da área metropolitana, São Paulo passa a ser designada de cidade-região.
II. Com a forte migração da indústria para o interior paulista, ocorre a desindustrialização da cidade de São Paulo.
III. Aumenta ainda mais o status da metrópole de São Paulo, pois esta passa a comandar os fluxos materiais e imateriais por intermédio de redes informacionais.
IV. Com a migração da indústria, a metrópole de São Paulo passa a concorrer com as novas regiões paulistas mais dinâmicas e perde, conseqüentemente, seu status.
V. Juntamente com a indústria, migra, também, a gerência das grandes empresas, seguindo o mesmo fluxo da nova dinâmica locacional.

Estão corretas as afirmações

a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e V.
e) IV e V. 

Letra B

25. (Ufrrj) Sobre as atuais tendências do processo de urbanização brasileira, analise as afirmativas a seguir.

I - A periferia das áreas metropolitanas tem sofrido um processo de esvaziamento devido ao desemprego e às dificuldades de expansão dos espaços construídos.
II – O crescimento das médias cidades é explicado pela reorganização de diversos setores da economia que fogem das desvantagens da aglomeração das áreas metropolitanas.
III - A oferta de isenções fiscais tem estimulado o crescimento de cidades médias, como Juazeiro do
Norte e Sobral, no Ceará, para onde se deslocaram indústrias têxteis e de calçados do sul do país.
IV - As metrópoles brasileiras continuam apresentando um acelerado crescimento demográfico devido aos fluxos migratórios campo-cidade e ao elevado crescimento vegetativo.

Assinale:

a) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas I e IV estiverem corretas.

Letra D

26. (Pucamp) Considere o texto abaixo.

Quando alguém compra uma casa, está comprando também as oportunidades de acesso aos serviços coletivos, equipamentos e infraestrutura.Está comprando a localização da moradia, além do imóvel propriamente dito.
(Ermínia Maricato)

De acordo com o texto, a idéia de localização na cidade

a) não tem grande importância, já que os meios de circulação modernos e a rede de telecomunicações tornam o espaço urbano homogêneo.
b) depende do tamanho da cidade, pois isto é o que vai definir a disponibilidade de infra-estrutura e serviços urbanos para os seus habitantes.
c) está vinculada à aquisição de um imóvel, pois só dessa forma o cidadão passa a ter acesso aos serviços urbanos como escolas e hospitais públicos.
d) é uma das formas do exercício da cidadania, já que os cidadãos mais conscientes buscam imóveis com acesso aos serviços urbanos básicos.
e) é relativa, posto que é condicionada ao acesso à infra-estrutura e serviços urbanos, como o transporte coletivo e coleta de lixo.

Letra E

27. (Puccamp)
Condições de moradia do operário industrial
À medida que as novas cidades industriais envelheciam, multiplicavam-se os problemas de abastecimento de água, saneamento, superpopulação, além dos gerados pelo uso de casas para serviços industriais, culminando com as estarrecedoras condições reveladas pelas investigações sobre moradia e condições sanitárias, na década de 1840. Essas condições, nas vilas rurais ou nas aldeias têxteis, eram, muito precárias, mas a dimensão do problema era certamente maior nas grandes cidades, pela facilidade de proliferação de epidemias.
(...) Os habitantes das cidades industriais tinham freqüentemente de suportar o mau cheiro do lixo industrial e dos esgotos a céu aberto, enquanto seus filhos brincavam entre detritos e montes de esterco. Na verdade, alguns desses fatos persistem ainda hoje (década de
1960), no panorama industrial do norte e da região central da Inglaterra. (...)
(Adaptado de: E. P. Thompson. A formação da classe operária inglesa. In: Alceu Pazzinato e Maria Helena Senise. História moderna e contemporânea. São Paulo: Ática, 2003. p. 102)

Em São Paulo, um grande surto de desenvolvimento econômico, que levou à formação de parques industriais e ao aumento da população nordestina, vivendo em condições não muito diferentes das descritas no texto, ocorreu nos anos

a) 20, com acúmulo de capital decorrente da produção cafeeira.
b) 30, com o incentivo às indústrias de bens de consumo promovido pelo Estado Novo.
c) 50, com a execução do Plano de Metas e da política desenvolvimentista.
d) 60, com a implementação das Reformas de Base por João Goulart.
e) 80, com a aplicação de planos econômicos pelo governo Sarney.

Letra C

28. (Ufpr) Na Geografia, o termo “polarizar” significa atrair, influenciar, fazer convergir para si. Assim, para que uma determinada área possa exercer as funções de pólo, precisará concentrar um número considerável de atividades e recursos capazes de influenciar processos que ocorrem em outras áreas. Com base no texto acima e nos conhecimentos de Geografia, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A polarização faz com que a população de alta renda empregada na indústria e nos serviços resida nas metrópoles, enquanto que a pobreza se localize nas pequenas e médias cidades não metropolitanas.
b) O poder de polarização de uma cidade está associado ao tamanho de sua população.
c) A implantação de indústrias numa cidade pode ampliar o poder polarizador dela ao atrair novos investimentos industriais e criar encadeamentos produtivos com indústrias de outras cidades.
d) No contexto da globalização, o poder polarizador das grandes metrópoles faz com que elas assumam a função de elos privilegiados entre as economias nacionais e o exterior.
e) A presença de cidades com forte capacidade de polarização é essencial para a articulação da rede urbana, motivo pelo qual essa rede é menos estruturada nas regiões pouco desenvolvidas.

Letra A

29. (Ufg) A urbanização dos países subdesenvolvidos constitui um fenômeno marcante da segunda metade do século XX. As características desse fenômeno, na América Latina, expressas na paisagem urbana das metrópoles, são decorrentes da

a) instalação de indústrias de bens de produção nos arredores das pequenas cidades e próximas às fontes de matéria-prima.
b) industrialização tardia e da modernização das atividades agrícolas, conjugadas à concentração de pessoas nas grandes cidades.
c) aglomeração humana e do aumento do poder aquisitivo da população, favorecidos pela expansão do capital financeiro na economia.
d) inovação tecnológica e do aumento da produtividade das indústrias de bens de consumo, para suprirem as necessidades da vida urbana.
e) implementação de parque industrial e da regulação, por meio do planejamento governamental, de deslocamentos populacionais para as cidades.

Letra B

30. (Uec) Em muitos países da periferia capitalista, como o Brasil, a urbanização e a industrialização não reduziram o problema da pobreza urbana nas grandes metrópoles. Nestes casos, as causas da pobreza urbana estão associadas a:

a) Industrialização realizada na fase monopolista do capital, incorporação de tecnologias poupadoras de mão-de-obra no setor moderno da economia, reduzido tamanho do mercado de trabalho formal e expansão do mercado informal urbano;
b) Industrialização realizada na fase concorrencial do capital, incorporação de tecnologias poupadoras de mão-de-obra no setor moderno da economia, reduzido mercado informal de trabalho e expansão do mercado formal urbano;
c) Industrialização realizada na fase monopolista do capital, incorporação de políticas do Estado do Bem-Estar Social e expansão do mercado formal urbano;
d) Industrialização realizada na fase concorrencial do capital, incorporação de tecnologias intensivas em mão-de-obra no setor moderno da economia, reduzido mercado informal de trabalho e expansão do mercado formal urbano;

Letra A