O Brasil ocupa a 63ª posição em um ranking mundial de conectividade à
internet do qual fazem parte 158 países, segundo estudo divulgado nesta
quarta-feira (16) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.
De acordo com o Mapa da Inclusão Digital, 33% dos domicílios no Brasil
têm acesso à rede.
Com essa porcentagem, o país fica dentro da média mundial de
conectividade, que é de 33,49%. "O Brasil é a fotografia da exclusão e
inclusão do mundo", analisa o economista Marcelo Neri, coordenador do
estudo do Centro de Políticas Sociais da FGV.
A Suécia aparece em primeiro lugar, com 97% dos lares conectados,
seguida pela Islândia (94%), Dinamarca (92%), Holanda (91%) e Singapura
89%. Os EUA ficam na 17ª posição, com 85%. No fim da lista aparecem
Miamar, Madagascar, Guiné, República Centro Africana e Burkina Faso, com
conectividade nula. Na faixa de 1% estão Maláui e República Democrática
do Congo. Já Cuba aparece na 131ª posição, com conectividade 2%.
Retrato brasileiro
Comparando ao bloco dos emergentes, os Brics, o Brasil supera a África
do Sul, que está no 108º lugar, e Índia, na 128ª posição. Contudo, o
Brasil fica atrás da Rússia, na 46ª posição. Não há informações sobre a
China.
O município de São Caetano, em São Paulo, apresenta o maior índice do
país de acesso à internet em casa, com 69% de conectividade, similar aos
padrões de países como Tchecoslováquia. O município de Aroeiras, no
Piauí, vai na contramão: o acesso de domicílios à rede é zero, comparado
à realidade de países como Burkina Faso e Miamar, que são os últimos
países no ranking.
O Rio de Janeiro concentra uma desigualdade que reflete o padrão
brasileiro de acesso à internet. Na Barra da Tijuca, na zona oeste da
cidade, 94% dos domicílios estão conectados à rede. Esse índice equivale
à realidade de países como a Islândia. Já a favela Rio das Pedras,
comunidade vizinha à Barra da Tijuca, possui o menor percentual da
cidade do Rio: 21%. Com esse índice, fica no mesmo patamar de
conectividade do Panamá.
O objetivo do Mapa da Inclusão Digital, realizado em parceria da FGV
com a Fundação Telefônica, é mapear as diversas formas de acesso à
tecnologia digital e subsidiar as metas de conectividade da ONU. O ano
de 2015 é o prazo fixado pelas Nações Unidas para as metas do milênio. O
estudo reúne dados do último censo demográfico do IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Instituto Gallup World Poll.
http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2012/05/16/brasil-ocupa-63-lugar-em-ranking-de-conexao-33-das-casas-tem-acesso-a-internet.htm
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