sábado, 7 de abril de 2012

PARADIGMAS TECNOLÓGICOS

PARADIGMAS TECNOLÓGICOS

Por advento da segunda revolução industrial dois aspectos ou processos se destacam ambos típicos do século XX; o taylorismo e o Fordismo.

Ø  TAYLORISMO:

É a organização do trabalho a partir da sua sistematização, desenvolvida pelo engenheiro norte-americano frederich W. Taylor (Por volta de 1900), e corresponde à rígida separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos (executivos e operários).
Segundo, Taylor, deveria existir um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização, para que a tarefa seja executada num tempo mínimo. O tempo de cada trabalhador passa a ser vigiado e cronometrado, e aqueles que produzem mais em menos tempo recebem prêmios como incentivo. Com o tempo, todos os trabalhadores serão obrigados a produzir em um tempo mínimo, certas quantidades de peças ou produtos.

O taylorismo aumenta a produtividade da fábrica, mas também a exploração do trabalhador, que passa a produzir mais em menos tempo.  

Ø  FORDISMO:
Termo que engendrado do nome do industrial norte-americano Henry Ford, um pioneiro da indústria automobilística no inicio do século XX. Ford absolver algumas técnicas do taylorismo como a disciplina na produção ou racionalização, otimização da produção com a redução do tempo de produção, porém ele vai além, pois acrescenta como fator fundamental de diferenciação do taylorismo o aumento do consumo, coisa que Taylor não teorizou.
 
Ao absolver algumas técnicas do taylorismo Ford transpassa-a, pois organiza a linha de montagem de cada fábrica para produzir mais, controlando melhor as fontes de matérias-primas e de energia, a formação de mão-de-obra e transportes, o aperfeiçoamento das máquinas para ampliar a produção e o consumo. 
 
O grande lema do fordismo era produção em massa e consumo em massa. A lógica do fordismo consiste na seguinte idéia: para se produzir em massa é necessário que exista consumidores para comprar toda essa produção, ora para isso torna-se necessário formar um imenso mercado consumidor, e a maioria da população de qualquer país tem que ser composta por trabalhadores ativos, por isso é necessário pagar bem aos trabalhadores, para que eles possam exercer o seu papel de consumidores. O que aumenta a produção e os lucros dos grandes industriais.

Obs: A generalização do fordismo foi um dos fatores que ajudaram na melhoria dos padrões de vida dos países desenvolvidos no século XX

Ø  Característica do fordismo:
·          Produção em massa de um mesmo produto. Para Henry Ford (fundador da indústria automobilística), criador do fordismo, era preciso que as empresas concentrassem esforços na produção de um só produto,
·          Divisão do trabalho com a utilização da linha de montagem acoplada à esteira rolante que evita o deslocamento do trabalhador e mantém um fluxo contínuo e progressivo de peças.
·          Especialização dos trabalhadores em uma só função, pois realizam apenas uma tarefa de cada vez e não necessitam de muita qualificação (são apenas técnicos).  
·          Os operários deveriam ganhar um bom salário, para que a partir de então, houvesse um aumento do consumo e consequentemente da produção industrial.  
·          Produzir em grande quantidade para fazer estoque, pois o preço da matéria-prima poderia sofre aumento, e ai os grandes industriais poderiam ganhar ou perder dinheiro, dependendo de como o seu estoque estivesse.

 
ACUMULAÇÃO FLEXIVEL:
Ø  Nascimento do Toyotismo:
O fundador da Toyota, Sr. Eiji Toyota nos anos 50 visitou as fábricas da Ford e quando retornou ao Japão tinha uma modesta convicção consigo: "havia algumas possibilidades de melhorar a produção". Junto da aplicação das idéias de Toyota e outros fatos
possibilitaram o nascimento do novo modelo de produção, bem como: mercado doméstico pequeno e exigência do mercado de uma gama variada de produtos; força de trabalho local não adaptável ao Taylorismo

Ø  O TOYOTISMO:
Originou-se no Japão, mais precisamente na fábrica de automóveis da Toyota. Ele consiste na produção em larga escala, mas, no entanto, com a otimização da produção, do mercado e do trabalho, pois ocorreram mudanças significativas no mundo do trabalho, o trabalhador passa e ser polivalente, e não desenvolve apenas uma única função, quando da época do fordismo.
 
A flexibilização do trabalho vai levar a uma flexibilização da produção, e está a uma flexibilização do modo de produção, haja vista que as relações de produção passam a ter novos valores.

Ø  Características:
Trabalhador polivalente; (exerce varias funções na produção);
Leis trabalhistas menos rígidas; (contrato de trabalho)
Enfraquecimento do sindicato (aumento da individualidade em detrimento da coletividade)
Aumento da disciplina (disciplina mais acentuada que no fordismo)

Ø  A ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL:
Na década de 60 do século XX, o mundo desenvolvido passou por uma mudança mais acentuada na produção, e a partir de então passaram e pensaram em outro sistema que poderia substituí-lo sem que houvesse uma perda ou diminuição do lucro das empresas.
Esse processo de passagem do fordismo para o pósfordismo ficou conhecido como acumulação flexível:

Ø  Característica:
Flexibilidade do trabalho e do trabalhador.
Enfraquecimento dos sindicatos.
Diversificação produtiva.
Produção em escala. (De acordo com o mercado)
Proliferação do contrato de trabalho

Ø  JUST-IN-TIME
A aplicação de algumas técnicas na produção japonesa permitiu reduzir estoques, em todos os níveis, incrementar a capacidade disponível em grandes investimentos adicionais, diminuir tempos de fabricação, melhorar a produtividade e a qualidade dos produtos fabricados, etc. E uma destas técnicas foi o JIT- Just-In-Time que tem o objetivo de dispor da peça necessária, na quantidade necessária e no momento necessário, pois para lucrar necessita-se dispor do inventário para satisfazer as demandas imediatas da linha de produção.

 
Ø  Principais características:
a) A produção torna-se seletiva e controlada seguindo as necessidades do consumidor de cada lugar e/ ou país. É controlada de acordo com as oscilações do mercado. O objetivo é evitar o desperdiço de capital em forma de grandes estoques de matérias-primas e produtos acabados.
b) A fabricação torna-se controlada na qualidade e quantidade com a utilização da robótica e da informática, o que diminui a necessidade de muitos operários na linha de produção, verificasse ainda a utilização de um trabalhador de alta qualificação.
c) Ocorre também à redução no custo de produção, com o aperfeiçoamento tecnológico, a transferência da produção dos bens mais simples para regiões do mundo, devido às vantagens locacionais, e aos avanços nos meio de comunicação e transporte e ao processo de terceirização.
d) Por outro lado, ocorre uma importância crescente do conhecimento cientifico, ou seja, aplicação do conhecimento da
microfísica, da ecologia, da biotecnologia, da informática etc. Daí o papel fundamental da escolaridade; nesse sentido, o processo produtivo exige um conhecimento mais elevado (terceiro grau).

Ø  As conseqüências do novo paradigma ao mercado de trabalho:
a) Aumento do chamado desemprego estrutural ou tecnológico, devido à introdução de novas tecnologias (informática e robótica) que eliminam muitas profissões de baixa qualificação e reduzem a necessidade de mão-de-obra. A transferência da produção (fabricas) dos países desenvolvidos para os países periféricos, ou das grandes para pequenas cidades.
b) Flexibilização das relações de trabalho, devido às alterações sofridas nas leis trabalhista dos países, em decorrência tem o aumento da terceirização o que acaba gerando certa facilidade de controle do excedente de mão-de-obra, é o que alguns autores denominam de controle da sociedade ou sociedade de controle.
c) Aumento do desemprego provoca o retorno do trabalho familiar, já que muitas pessoas que perdem empregos nas grandes empresas ou no aparato estatal (privatização) criam pequenas empresas com laços familiares que realizam etapas da produção menos sofisticadas para as grandes empresas, é a chamada prestação de serviços ou terceirização.
d) Redução dos empregos permanentes, devido, às flexibilidades das relações trabalhistas, com a expansão do trabalho temporário e a subcontratação.
e) Enfraquecimento dos sindicatos devido à redução dos números de filiados (aumento do desemprego e aumento da informalidade).
f) Redução do emprego e dos salários no setor primário e secundário da economia, devido à mecanização do campo e da robotização da indústria.
g) Crescimento dos números de empregos no setor terciário, pois esse se tornou o mais importante setor da economia mundial, devido apresentar a maior rentabilidade e a maior geração de emprego.
h) Agravamento da hipertrofia do setor terciário nas grandes cidades dos países subdesenvolvidos. Em função da desqualificação da mão-de-obra, provocadas pelas inovações tecnológicas, como as profissões do setor bancário e automobilístico.

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