sexta-feira, 17 de agosto de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
Mercosul e países sócios suspendem Paraguai do bloco regional
Marcia Carmo
De Buenos Aires para a BBC Brasil
Os países do Mercosul e seus sócios suspenderam a
participação do Paraguai na próxima reunião do bloco, nesta semana, na
cidade de Mendoza, na Argentina, segundo comunicado do Ministério das
Relações Exteriores argentino divulgado neste domingo.
Com a medida o ex-vice-presidente de Fernando
Lugo e agora seu sucessor, Federico Franco, ou qualquer integrante da
sua gestão, estão impedidos de participar do encontro.Lugo deixou o cargo após impeachment relâmpago na semana passada.
No comunicado, o Mercosul e seus sócios declararam a "mais enérgica condenação a ruptura da ordem democrática na República do Paraguai".
No total, entre os que integram o Mercosul e seus sócios, nove países da América do Sul decidiram "suspender a participação do Paraguai" na reunião de presidentes, na sexta-feira, dia 29 próximo, além dos encontros preparatórios do bloco, que começam nesta segunda-feira.
Os países citados no comunicado são: Argentina, Brasil, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru.
Poucos minutos após a divulgação do comunicado, o Itamaraty confirmou à BBC Brasil que a nota divulgada pela Chancelaria argentina foi acordada entre todos os membros do bloco e que o texto foi finalizado nas últimas horas.
"O Brasil deve procurar tomar todas as decisões futuras em relação à situação política no Paraguai da forma mais multilateral possível, no âmbito do Mercosul e da Unasul. A suspensão está confirmada e espera-se que até dezembro, quando o Brasil sediará uma cúpula do Mercosul, o assunto já esteja equacionado", disse a assessoria do Ministério das Relações Exteriores.
Cláusula democrática
No comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Argentina afirma-se que a decisão em relação ao Paraguai foi tomada a partir do que estabelece o Protocolo de Ushuaia, assinado na Patagônia argentina, sobre "Compromisso Democrático no Mercosul".O documento foi assinado em julho de 1998, após uma crise institucional no próprio Paraguai.
O texto estabelece a "plena vigência das instituições democráticas como condição essencial para o desenvolvimento do processo de integração".
No entendimento dos nove países, o Paraguai "não respeitou este processo" do documento de Ushuaia, segundo o comunicado.
Em uma entrevista em Assunção, o ex-presidente paraguaio, Fernando Lugo, disse que vai comparecer ao encontro em Mendoza.
"Vamos estar presentes na próxima reunião do Mercosul", afirmou na porta da sua casa no município de Lambaré, na grande Assunção.
Pelas regras do Mercosul as reuniões são rotativas a cada semestre. Após esta reunião na Argentina, seria a vez de o Brasil presidir as discussões do bloco. De acordo com o comunicado argentino, os presidentes vão decidir as "próximas medidas a serem adotadas" em relação ao país no dia 29 próximo.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120624_mercosul_paraguai_mc.shtml
segunda-feira, 25 de junho de 2012
'Sou o presidente de todos os egípcios', diz líder eleito no Egito
Mohammed Mursi, da Irmandade Muçulmana, discursou na
noite deste domingo como o primeiro presidente democraticamente eleito
da história do Egito, prometendo ser "um presidente para todos os
egípcios".
Em seu pronunciamento histórico, Mursi agradeceu
aos mais de 900 "mártires" da Revolução de 25 de Janeiro, que morreram
durante os confrontos e protestos que pediam a renúncia de Hosni
Mubarak, que governou o país por quase três décadas.Ele preferiu saudar os revolucionários e agradecer a Deus, repetidas vezes, e não comentou a decisão dos militares de expandir seus poderes na semana passada, esvaziando o cargo do presidente. Além disso, Mursi não se pronunciou sobre a decisão da Suprema Corte de dissolver o Parlamento, também na semana passada.
"Para todos os meus irmãos, minha tribo, minha família, falo a você hoje com o agradecimentio a Deus que chegamos a este período histórico. Agradeço a todos os egípcios que pagaram com suas lágrimas, sangue e sacrifícios. Sem esses sacrifícios eu não poderia estar aqui como o primeiro presidente eleito da história do Egito".
"Temos que saudar a todos que regaram a árvore da liberdade com seu sangue", disse.
Horas depois de reiterar seu slogan de campanha, "o islã é a solução", Mursil, agora já como novo presidente, disse que "Deus é o nosso guia para o caminho certo".
"Não trairei Deus e não trairei vocês. Não irei contra a vontade de Deus", acrescentou, deixando claro que vai governar para todos, incluindo muçulmanos e cristãos.
Política externa
Em temas de política externa, Mursi fez um discurso que deve agradar aos Estados Unidos e Israel, embora seja cedo para determinar como devem ser as novas relações entre seu governo, as potências ocidentais e outros países da região."Respeitaremos os direitos das mulheres e crianças, os direitos humanos e nossos acordos internacionais", disse. Na visão de analistas os acorsos referidos são o tratado de paz assinado com Israel.
No entanto, Mursi também disse que o Egito deve buscar "relações internacionais equilibradas e baseadas em interesses mútuos e respeito".
"Não permitiremos qualquer interferência em nossos assuntos internos, protegendo nossa soberania nacioanal, e não apoiaremos interferências em outros países. O Egito tem a capacidade de se defender sozinho", indicou.
Para o analista da BBC Kevin Connoly a vitória de Mursi é um momento de profunda mudança no Egito. Seu partido, a Irmandade Muçulmana, já teve muitos de seus membros presos por décadas, agora tem um de seus líderes ocupando o palácio presidencial.
O chefe do Conselho Supremo Militar, o marechal Hussein Tantawi, parabenizou Mursi pela vitória, e chanceler britânico, William Hague, disse que o anúncio é "um momento histórico para o Egito".
Em comunicado, a Casa Branca disse: "Nós acreditamos que é essencial que o governo egípcio continue a satisfazer o papel do Egito como um pilar regional de paz, segurança e estabilidade", em referência ao fato de que o país é a única nação árabe a ter um acordo de paz com Israel.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, disse esperar que o tratado de paz entre os dois países seja mantido.
Anúncio
O candidato da Irmandade Muçulmana foi declarado neste domingo o vencedor da eleição presidencial no Egito, após semanas de tensão no país.Tanto Mursi quanto seu rival, o ex-premiê Ahmed Shafiq, reivindicavam vitória no pleito que foi realizado na semana passada.
Segundo a autoridade eleitoral – que atrasou em quase duas horas a divulgação dos resultados – Mursi recebeu 51,73% dos votos.
O candidato do partido islamista será o primeiro presidente do Egito após décadas de domínio de Hosni Mubarak.
O anúncio deu início a uma grande festa da multidão que se reúne na Praça Tahrir, no centro do Cairo. Há dias, milhares de pessoas mantêm uma vigília contra o anúncio feito pelo poderoso Conselho Supremo das Forças Armadas de que pretende restringir alguns dos poderes do presidente.
No dia 13 de junho, o atual governo, que ainda é controlado pelo Exército, deu aos soldados o poder de prender civis em tribunais militares até a ratificação da nova constituição egípcia.
Quatro dias depois, os generais anunciaram poder de veto no processo de elaboração da nova constituição. Na segunda-feira, o diretor do Conselho Supremo das Forças Armadas, Hussein Tantawi, anunciou que vai restabelecer o Conselho Nacional de Segurança do país.
Tensão
Nos últimos dias, havia um clima no país de indefinição, sem nenhum sinal sobre o que seria decidido nas urnas.O Parlamento egípcio, que foi escolhido em eleições livres em novembro, foi dissolvido. A Irmandade Muçulmana, que possuía a maioria, protestou contra a decisão.
Para piorar o clima de tensão política no país, a comissão eleitoral atrasou a divulgação dos resultados. Inicialmente, o vencedor seria declarado na quinta-feira, mas a comissão – que é formada por cinco juízes – disse precisar de mais tempo para investigar todos os recursos feitos pelos candidatos.
O atraso alimentou boatos de que o Conselho Supremo das Forças Armadas e a Irmandade Muçulmana estariam negociando nos bastidores o futuro do país.
Para alguns analistas, os militares, que apoiavam Ahmed Shafiq, teriam percebido que a vitória de Mursi era irreversível, e estariam buscando um acordo para conquistar imunidade contra possíveis processos.
Os islamistas da Irmandade Muçulmana – que foram o maior partido de oposição durante toda a era Hosni Mubarak – querem retomar os poderes presidenciais. Mas os egípcios não sabem até que ponto os militares estão dispostos a deixar o poder.
Para o professor de direito constitucional Gaber Nassar, existe animosidade demais entre os dois lados para que eles consigam firmar um pacto.
Quem é Mohammed Mursi?
O presidente eleito do Egito,
Mohammed Mursi, de 60 anos, estudou nos Estados Unidos e é formado em
engenharia. Ele foi parlamentar entre 200 e 2005.
Pouco após a revolução de 2011, a Irmandade Muçulmana formou o Partido da Liberdade e Justiça, e indicou Mursi para comandar a sigla.
Mursi, que há anos integra a Irmandade Muçulmana, é conhecido por ser uma pessoa discreta. Alguns críticos dizem que ele não tem carisma.
Ele não era a primeira opção da Irmandade Muçulmana. O favorito da Irmandade era Khairat Al-Shater, que não pode concorrer por ter ficha policial (seus apoiadores dizem que ele é vítima de injustiças da era Mubarak).
Mursi prometeu em sua campanha que trará "justiça e prosperidade" ao Egito.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120624_mursi_egito_jp.shtml
Pouco após a revolução de 2011, a Irmandade Muçulmana formou o Partido da Liberdade e Justiça, e indicou Mursi para comandar a sigla.
Mursi, que há anos integra a Irmandade Muçulmana, é conhecido por ser uma pessoa discreta. Alguns críticos dizem que ele não tem carisma.
Ele não era a primeira opção da Irmandade Muçulmana. O favorito da Irmandade era Khairat Al-Shater, que não pode concorrer por ter ficha policial (seus apoiadores dizem que ele é vítima de injustiças da era Mubarak).
Mursi prometeu em sua campanha que trará "justiça e prosperidade" ao Egito.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/06/120624_mursi_egito_jp.shtml
terça-feira, 5 de junho de 2012
América do Sul vive nova corrida ao ouro
A valorização de quase 100% no preço do ouro desde o
início da crise econômica mundial, em 2008, está provocando uma nova
corrida ao minério na América do Sul, com a reabertura de minas
desativadas há décadas e a migração em massa para áreas de garimpo.
O fenômeno é sentido, em variados graus, em pelo menos nove países, segundo levantamento da BBC Brasil.Enquanto tentam atrair investimentos estrangeiros para o setor, os governos da região vêm intensificando os esforços para combater a mineração informal.
Eles argumentam que a atividade destroi o meio-ambiente, sonega impostos e cria áreas sem lei, onde há problemas como a exploração sexual de mulheres. Além disso, dizem que grupos criminosos em alguns países sul-americanos estão se valendo da exploração de ouro para se financiar e lavar dinheiro.
Considerado um investimento seguro em tempos de instabilidade nas bolsas e forte oscilação de moedas, o ouro valia cerca de US$ 800 a onça (31 gramas) no fim de 2007.
Desde então, dobrou de preço, chegando a US$ 1.600. "Com o preço nesse nível, minas que não eram viáveis por terem baixo teor de ouro, hoje, se tornaram rentáveis, e minas já exploradas estão sendo reabertas", disse à BBC Brasil Arão Portugal, vice-presidente no Brasil da mineradora canadense Yamana.
No Brasil, entre as minas que serão reabertas está a de Pilar de Goiás, cidade fundada em 1741 durante o primeiro ciclo de ouro brasileiro. Outra é Serra Pelada, no Pará, que deve retomar suas atividades no início de 2013.
Migração
No Peru, principal produtor de ouro da América do Sul e sexto maior do mundo (os primeiros do ranking são China, Austrália e Estados Unidos), a alta do minério tem estimulado dezenas de milhares de moradores da região andina a tentar a sorte na Amazônia, onde há vastas reservas inexploradas sob a floresta.Muitos deles se instalaram em barracas à beira da recém-inaugurada Interoceânica, estrada que liga o noroeste brasileiro a portos peruanos no Pacífico, para explorar ouro no entorno do rio Madre de Deus e de seus afluentes.
A BBC Brasil esteve em alguns desses garimpos, que se estendem na rodovia por ao menos 50 quilômetros e começam a surgir a cerca de 250 km da fronteira com o Brasil.
Ao redor dos acampamentos, áreas desmatadas e que tiveram o solo revirado expõem os efeitos colaterais da atividade, agravados à medida que a exploração avança pela floresta. Os danos ambientais incluem ainda a sedimentação dos rios e contaminação de suas águas por cianeto e mercúrio, usados no beneficiamento do minério.
Para combater a mineração informal, o governo peruano aprovou, no início do ano, um decreto que torna a atividade crime, com pena de até dez anos de prisão. Simultaneamente, passou a explodir dragas encontradas nos garimpos.
Em resposta, cerca de 15 mil mineradores, segundo estimativa da imprensa local, foram protestar em Puerto Maldonado, capital de Madre de Dios. O grupo se deparou com 700 policiais, que abriram fogo para dispersar a multidão. Os confrontos deixaram três mineradores mortos e ao menos 55 pessoas feridas, entre as quais 17 policiais.
Economia local
Confrontos em razão de restrições governamentais à mineração informal também têm ocorrido na Colômbia. Em dezembro, mineradores da região do Baixo Cauca, no noroeste colombiano, incendiaram pneus e fecharam vias na cidade de Caucasia. Eles protestavam contra o que consideram um tratamento prioritário dado pelo governo às multinacionais na concessão de licenças para mineração. As forças de segurança intervieram com bombas de gás lacrimogênio.Segundo Carlos Medina, professor da Faculdade de Direito e Ciência Política da Universidade Nacional da Colômbia, o ouro começou a ser explorado no Baixo Cauca nos tempos coloniais. No entanto, a atividade foi reduzida drasticamente nas últimas décadas, porque deixara de ser rentável. Com a escalada nos preços, o ouro voltou a sustentar a economia local.
O lojista Davidson Garcez, que atua na compra e revenda de ouro em Caucasia desde 1986, calcula que nos últimos quatro anos houve um incremento de 40% no comércio do minério. Ele diz que, quando ingressou no mercado, os mineradores que empregavam retroescavadeiras tinham de encontrar três castelhanos (ou 13,5 gramas) de ouro por dia para cobrir seus custos. Hoje, devido à valorização, basta que encontrem 1 castelhano (4,5 gramas) ao dia.
"Minas que foram degradadas há 15, 20 anos voltaram a ser exploradas", disse ele à BBC Brasil.
Em sua loja, o vendedor Lucio Ruiz observa orgulhoso as pilhas de ouro que serão negociadas com grupos empresariais de Medellín, maior cidade da região. De lá, serão exportadas principalmente para a Europa, Ásia e Estados Unidos.
"Gosto de imaginar que logo este ouro poderá estar no pescoço de alguma mulher americana, ou quiçá nos cofres de um banco no Japão", afirma.
Combate
Em discurso em janeiro em Caucasia, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, afirmou que buscaria coordenar esforços com países vizinhos que também estariam sofrendo com a mineração ilegal, entre os quais citou o Equador, o Peru e o Brasil."É um fenômeno que está acontecendo na região, entre outras coisas, pelo alto preço do ouro, mas também porque os grupos criminosos encontraram um filão onde às vezes os Estados demoram em ser efetivos em sua reação."
Nos últimos anos, governos da Venezuela, Bolívia e Equador também vêm adotando linha mais dura quanto à mineração informal, empregando inclusive as Forças Armadas em operações contra a atividade.
No Brasil, 8.700 militares atuam desde o último dia 2 numa megaoperação na Amazônia que busca, entre outros objetivos, combater garimpos ilegais nas fronteiras com a Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
A ação, denominada "Agata 4", mobilizará, por um mês, 11 navios, nove helicópteros e 27 aviões. A iniciativa se soma a três operações da Polícia Federal (PF) ocorridas desde o ano passado para combater o garimpo ilegal de ouro na região Norte.
O governo brasileiro vem sendo cobrado especialmente pela Guiana Francesa, Guiana e Suriname a controlar a ação de garimpeiros brasileiros na fronteira com esses países, atividade desenvolvida há décadas mas que ganhou novo fôlego com a alta dos preços.
No dia 25 de abril, num sinal da crescente tensão na região, cerca de cem mineradores brasileiros foram presos na Guiana.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/05/120529_ouro_corrida_jf_ac.shtml
sábado, 2 de junho de 2012
Análise: A Síria conseguirá evitar a guerra civil?
Horrorizada com o massacre de Houla e com outras
atrocidades relatadas diariamente, a comunidade internacional debate
como evitar que a Síria desemboque em uma guerra civil.
Mas, até agora, não há no horizonte nenhuma
alternativa ao plano de paz desenhado pelo enviado especial da ONU, Kofi
Annan, e pela Liga Árabe, plano que até agora conseguiu pouco progresso
apesar de ter contado com o apoio do mundo inteiro - inclusive, em
teoria, do próprio regime sírio.O plano previa o recuo de tropas e um cessar-fogo, mas isso não aconteceu.
As conversas de Annan com o presidente sírio, Bashar al-Assad, não resultaram em avanços e, neste sábado, o enviado da ONU disse que "o espectro de uma guerra, com uma alarmante dimensão sectária, cresce a cada dia" na Síria.
O regime sírio teme que, ao recuar suas tropas, abra um vácuo que pode ser ocupado por combatentes rebeldes, o que lhe faria perder controle substancial em partes do país.
Em outras palavras, o governo sírio não pode se dar ao luxo de implementar qualquer plano de paz que inclua a retirada de militares, pois isso selaria o seu destino.
Isso deixa Kofi Annan em uma posição difícil na tentativa de convencer o regime de que a oposição síria respeitaria uma trégua - e de que os países que estão apoiando os combatentes rebeldes suspenderiam o fornecimento de armas para eles.
É por isso que Annan está visitando também países vizinhos da Síria, pedindo o fim do contrabando de armas pela fronteira.
O papel da Rússia
O que no momento parece estar faltando na equação é a pressão da Rússia sobre o regime sírio, a qual foi crucial para fazer com que Damasco aceitasse o plano de paz de Annan.Por enquanto, apesar da indignação internacional após o massacre de 108 pessoas em Houla no último final de semana, a Rússia continua a se opôr à ideia de que o Conselho de Segurança da ONU (no qual tem poder de veto) deveria considerar ações mais duras e sanções contra Damasco.
Com essa posição, a Rússia vê crescer o seu ônus ao tentar garantir o cumprimento do plano de paz de Annan, que Moscou insiste ser o único caminho possível para a Síria.
À medida que a Síria caminha para a desintegração e para uma guerra sectária violenta, com graves consequências regionais, a Rússia talvez tenha, em breve, que escolher entre patrocinar uma transição séria e pacífica - na tentativa de resguardar um laço com o regime que emergir da crise síria - ou manter o posicionamento atual a qualquer custo, enquanto tudo ao seu redor desmorona.
Sinais de mudança
E, após meses de um impasse sangrento entre uma oposição que não desiste e um regime que parece invencível, há sinais de mudança.Pela primeira vez, comerciantes sunitas da zona antiga de Damasco - antes um dos pilares de sustentação do regime - fecharam suas portas nos últimos dias, em protesto pelo massacre de Houla.
Esse exemplo pode significar que uma combinação de colapso econômico e atrocidades sectárias podem ter levado o dissenso ao centro da capital síria e ao coração da base de apoio do regime.
Alguns moradores de Damasco dizem que a milícia pró-regime shabiha tem reprimido cidadãos no centro da cidade, vestidos em uniformes de tropas de choque e gerando indignação entre classe média, por conta de seu comportamento brutal e invasivo.
A percepção de vulnerabilidade e o estado alerta do regime podem ter se agravado, caso se confirmem os boatos de que alguns de seus membros graduados - incluindo o cunhado do presidente, Assef Shawkat - ficaram doentes ao serem envenenados por um opositor infiltrado, no mês passado.
O boato foi negado e ridicularizado por autoridades, mas há fontes que dizem que a história é verdadeira.
Colcha de retalhos
De qualquer forma, o nível de hostilidade no país está chegando aos níveis dos dias em que o plano de Annan entrou em vigor.E atrocidades como o massacre de Houla, atribuídas pela oposição à milícia shabiha - que apoia o regime e é formada principalmente por membros da minoria alauíta, à qual pertencem Assad e seu clã - intensificaram o já forte aspecto sectário do conflito. Este, por si só, em parte fomentado pelas insatisfações da empobrecida maioria sunita.
Esse lado sectário faz com que alarmes estejam soando em todo o mundo.
Isso porque se a Síria, com sua colcha de retalhos de seitas e minorias, mantiver a espiral de conflito aberto, pode desembocar em uma guerra civil "catastrófica da qual pode nunca se recuperar", nas palavras do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O vizinho Líbano, que compartilha muitos dos problemas da Síria, é um exemplo dos perigos que rondam Damasco. O país iniciou um conflito sectário em 1975 que se estendeu por anos e ainda pode eclodir nos dias de hoje.
Se a mesma coisa acontecer com a Síria, as consequências podem ser incalculáveis não apenas para os sírios, mas para toda a região. É por isso que os líderes globais estão tão alarmados. Mas eles parecem incapazes de impedir que isso aconteça.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Novo Código Florestal: conheça os 12 vetos feitos por Dilma
Impedir a anistia a quem desmatou e proibir a produção agropecuária em
áreas de proteção permanente (APPs) foram alguns dos principais
objetivos da presidenta Dilma Rousseff ao vetar parte do novo Código
Florestal na sexta-feira, 25 de maio. Os vetos de 12 artigos resgatam o
teor do acordo firmado entre os líderes partidários e o governo durante a
tramitação da proposta no Senado.
O Artigo 1º, que foi modificado pelos deputados após aprovação da proposta no Senado, foi vetado. Na medida provisória (MP) publicada hoje (28) no Diário Oficial da União, o Palácio do Planalto devolve ao texto do Código Florestal os princípios que haviam sido incorporados no Senado e suprimidos, posteriormente, na segunda votação na Câmara. A MP foi o instrumento usado pelo governo para evitar lacunas no texto final.
Também foi vetado o Inciso 11 do Artigo 3º da lei, que trata das atividades eventuais ou de baixo impacto. O veto retirou do texto o chamado pousio: prática de interrupção temporária de atividade agrícolas, pecuárias ou silviculturais, para permitir a recuperação do solo.
Recebeu veto ainda o Parágrafo 3º do Artigo 4º que não considerava área de proteção permanente (APP) a várzea (terreno às margens de rios, inundadas em época de cheia) fora dos limites estabelecidos, exceto quanto houvesse ato do Poder Público. O dispositivo vetado ainda estendia essa regra aos salgados e apicuns – áreas destinadas à criação de mariscos e camarões.
Foram vetados também os parágrafos 7º e 8º. O primeiro estabelecia que, nas áreas urbanas, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural que delimitem as áreas das faixas de passagem de inundação (áreas que alagam na ápoca de cheia) teriam sua largura determinada pelos respectivos planos diretores e pela Lei de Uso do Solo, ouvidos os conselhos estaduais e municipais do Meio Ambiente. Já o Parágrafo 8º previa que, no caso de áreas urbanas e regiões metropolitanas, seria observado o dispositivo nos respectivos planos diretores e leis municipais de uso do solo.
O Parágrafo 3º do Artigo 5º também foi vetado. O dispositivo previa que o Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial poderia indicar áreas para implantação de parques aquícolas e polos turísticos e de lazer em torno do reservatório, de acordo com o que fosse definido nos termos do licenciamento ambiental, respeitadas as exigências previstas na lei.
Já no Artigo 26, que trata da supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo tanto de domínio público quanto privado, foram vetados o 1º e 2º parágrafos. Os dispositivos detalhavam os órgãos competentes para autorizar a supressão e incluía, entre eles, os municipais do Meio Ambiente.
A presidenta Dilma Rousseff também vetou integralmente o Artigo 43. Pelo dispositivo, as empresas concessionárias de serviços de abastecimento de água e geração de energia elétrica, públicas ou privadas, deveriam investir na recuperação e na manutenção de vegetação nativa em áreas de proteção permanente existente na bacia hidrográfica em que ocorrer a exploração.
Um dos pontos que mais provocaram polêmica durante a tramitação do código no Congresso, o Artigo 61, foi vetado. O trecho autorizava, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.
Também foram vetados integramente os artigos 76 e 77. O primeiro estabelecia prazo de três anos para que o Poder Executivo enviasse ao Congresso projeto de lei com a finalidade de estabelecer as especificidades da conservação, da proteção, da regeneração e da utilização dos biomas da Amazônia, do Cerrado, da Caatinga, do Pantanal e do Pampa.
Já o Artigo 77 previa que na instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente seria exigida do empreendedor, público ou privado, a proposta de diretrizes de ocupação do imóvel.
A MP que complementa o projeto, publicada nesta segunda-feira (28), vale por 60 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias – ela ainda será votada pelo Congresso.
Retificação
Um dia após publicar a Medida Provisória (MP) para tentar suprir os buracos deixados pelos vetos ao novo Código Florestal, o governo federal retificou a redação de um incisivo sobre a recomposição das APPs.
O texto original da MP recebeu críticas de ambientalistas porque permitia a recomposição de APPs com espécies exóticas, como eucaliptos. A retificação basicamente delimita a utilização de espécies exóticas, acrescentando que esta se justifica apenas no caso de pequenas propriedades rurais.
Onde se lê: "IV - plantio de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, sendo nativas e exóticas." Leia-se: "IV - plantio de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, sendo nativas e exóticas, no caso dos imóveis a que se refere o inciso V do caput do art. 3o."
Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2012/maio/conheca-todos-os-12-vetos-ao-novo-codigo-florestal
O Artigo 1º, que foi modificado pelos deputados após aprovação da proposta no Senado, foi vetado. Na medida provisória (MP) publicada hoje (28) no Diário Oficial da União, o Palácio do Planalto devolve ao texto do Código Florestal os princípios que haviam sido incorporados no Senado e suprimidos, posteriormente, na segunda votação na Câmara. A MP foi o instrumento usado pelo governo para evitar lacunas no texto final.
Também foi vetado o Inciso 11 do Artigo 3º da lei, que trata das atividades eventuais ou de baixo impacto. O veto retirou do texto o chamado pousio: prática de interrupção temporária de atividade agrícolas, pecuárias ou silviculturais, para permitir a recuperação do solo.
Recebeu veto ainda o Parágrafo 3º do Artigo 4º que não considerava área de proteção permanente (APP) a várzea (terreno às margens de rios, inundadas em época de cheia) fora dos limites estabelecidos, exceto quanto houvesse ato do Poder Público. O dispositivo vetado ainda estendia essa regra aos salgados e apicuns – áreas destinadas à criação de mariscos e camarões.
Foram vetados também os parágrafos 7º e 8º. O primeiro estabelecia que, nas áreas urbanas, as faixas marginais de qualquer curso d’água natural que delimitem as áreas das faixas de passagem de inundação (áreas que alagam na ápoca de cheia) teriam sua largura determinada pelos respectivos planos diretores e pela Lei de Uso do Solo, ouvidos os conselhos estaduais e municipais do Meio Ambiente. Já o Parágrafo 8º previa que, no caso de áreas urbanas e regiões metropolitanas, seria observado o dispositivo nos respectivos planos diretores e leis municipais de uso do solo.
O Parágrafo 3º do Artigo 5º também foi vetado. O dispositivo previa que o Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial poderia indicar áreas para implantação de parques aquícolas e polos turísticos e de lazer em torno do reservatório, de acordo com o que fosse definido nos termos do licenciamento ambiental, respeitadas as exigências previstas na lei.
Já no Artigo 26, que trata da supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo tanto de domínio público quanto privado, foram vetados o 1º e 2º parágrafos. Os dispositivos detalhavam os órgãos competentes para autorizar a supressão e incluía, entre eles, os municipais do Meio Ambiente.
A presidenta Dilma Rousseff também vetou integralmente o Artigo 43. Pelo dispositivo, as empresas concessionárias de serviços de abastecimento de água e geração de energia elétrica, públicas ou privadas, deveriam investir na recuperação e na manutenção de vegetação nativa em áreas de proteção permanente existente na bacia hidrográfica em que ocorrer a exploração.
Um dos pontos que mais provocaram polêmica durante a tramitação do código no Congresso, o Artigo 61, foi vetado. O trecho autorizava, exclusivamente, a continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e turismo rural em áreas rurais consolidadas até 22 de julho de 2008.
Também foram vetados integramente os artigos 76 e 77. O primeiro estabelecia prazo de três anos para que o Poder Executivo enviasse ao Congresso projeto de lei com a finalidade de estabelecer as especificidades da conservação, da proteção, da regeneração e da utilização dos biomas da Amazônia, do Cerrado, da Caatinga, do Pantanal e do Pampa.
Já o Artigo 77 previa que na instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente seria exigida do empreendedor, público ou privado, a proposta de diretrizes de ocupação do imóvel.
A MP que complementa o projeto, publicada nesta segunda-feira (28), vale por 60 dias, podendo ser prorrogada por mais 60 dias – ela ainda será votada pelo Congresso.
Retificação
Um dia após publicar a Medida Provisória (MP) para tentar suprir os buracos deixados pelos vetos ao novo Código Florestal, o governo federal retificou a redação de um incisivo sobre a recomposição das APPs.
O texto original da MP recebeu críticas de ambientalistas porque permitia a recomposição de APPs com espécies exóticas, como eucaliptos. A retificação basicamente delimita a utilização de espécies exóticas, acrescentando que esta se justifica apenas no caso de pequenas propriedades rurais.
Onde se lê: "IV - plantio de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, sendo nativas e exóticas." Leia-se: "IV - plantio de espécies lenhosas, perenes ou de ciclo longo, sendo nativas e exóticas, no caso dos imóveis a que se refere o inciso V do caput do art. 3o."
Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2012/maio/conheca-todos-os-12-vetos-ao-novo-codigo-florestal
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Governo Dilma 'decepciona' em direitos humanos, diz Anistia Internacional
O primeiro ano de governo da presidente Dilma
Rousseff foi uma decepção na área de direitos humanos, segundo um
relatório da ONG Anistia Internacional, divulgado nesta sexta-feira.
O documento chama a atenção tanto para tensões nas áreas rurais e deslocamentos de comunidades pobres para dar lugar às obras da Copa e Olimpíadas, quanto para o que chama de "discurso duplo" do Brasil no plano internacional.
O especialista em Brasil da ONG, Tim Cahill, explicou à BBC Brasil que, apesar de avanços como a instalação da Comissão da Verdade e as iniciativas de combate à pobreza, o governo brasileiro deixou muito a desejar em diversas frentes relacionadas a proteção dos direitos humanos.
"A violência no campo, por exemplo, sempre foi ligada a certos latifundiários e a ação de grupos ilegais. No último ano, não só esses problemas persistiram, como tivemos um aumento em um novo tipo de ameaças, associadas ao modelo de desenvolvimento econômico voltado para o crescimento, que é favorecido pelo governo."
O relatório menciona a luta de comunidades indígenas para paralisar o projeto da usina de Belo Monte, no Pará, e critica a reação brasileira à decisão da Comissão Inter-Americana de Direitos Humanos, ligada a OEA, que pediu um adiamento do licenciamento da obra em abril do ano passado.
Na ocasião, o Brasil chamou seu representante na OEA para consultas e retirou a candidatura do ex-secretário de Direitos Humanos Paulo Vannuchi a uma vaga na Comissão.
"Outro exemplo nessa linha é o aumento sem muito controle das plantações de cana para a produção de etanol, muitas vezes financiado por bancos estatais brasileiros", afirma Cahill. "Tal expansão está ligada a um aumento dos problemas de acesso a terra e, em alguns casos, exploração excessiva do trabalhador rural."
Cahill diz que, ao flexibilizar as regras de exploração da terra, o novo código poderia dar respaldo àqueles que exploram algumas áreas ilegalmente.
Ele elogia a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da emenda constitucional que prevê a expropriação de proprietários acusados de usar trabalho escravo, mas faz uma ressalva: "Ainda é preciso garantir que o conceito do que é considerado escravidão não seja flexibilizado antes que as novas regras comecem a ser aplicadas."
Entre os principais problemas do ano passado nas áreas rurais, o relatório menciona as agressões contra índios Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, e conflitos entre fazendeiros e residentes do Quilombo de Salgado, no Maranhão.
Nas áreas urbanas, o relatório destaca os despejos de comunidades carentes por causa das obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, principalmente no Rio de Janeiro. De acordo com Cahill, mais recentemente a organização vem recebendo denúncias de deslocamentos forçados também em Manaus e Fortaleza.
"Apesar de o discurso em favor dos direitos humanos ter marcado o início do governo Dilma, está claro que ainda há uma recusa do Brasil de se envolver ativamente em políticas nessa área", diz Cahill.
O relatório da Anistia Internacional descreve 2011 como o ano em que protestos "pelo fim da tirania e injustiça" varreram o globo. A organização destaca que milhões de pessoas foram às ruas desde a Tunísia e Egito até Atenas, Nova York e La Paz para exigir melhores condições de vida.
A organização também mostra preocupação com a escalada da repressão que acompanhou esses movimentos em alguns países e pede um tratado internacional sobre o comércio de armas para tentar conter a violência.
O documento chama a atenção tanto para tensões nas áreas rurais e deslocamentos de comunidades pobres para dar lugar às obras da Copa e Olimpíadas, quanto para o que chama de "discurso duplo" do Brasil no plano internacional.
O especialista em Brasil da ONG, Tim Cahill, explicou à BBC Brasil que, apesar de avanços como a instalação da Comissão da Verdade e as iniciativas de combate à pobreza, o governo brasileiro deixou muito a desejar em diversas frentes relacionadas a proteção dos direitos humanos.
"A violência no campo, por exemplo, sempre foi ligada a certos latifundiários e a ação de grupos ilegais. No último ano, não só esses problemas persistiram, como tivemos um aumento em um novo tipo de ameaças, associadas ao modelo de desenvolvimento econômico voltado para o crescimento, que é favorecido pelo governo."
O relatório menciona a luta de comunidades indígenas para paralisar o projeto da usina de Belo Monte, no Pará, e critica a reação brasileira à decisão da Comissão Inter-Americana de Direitos Humanos, ligada a OEA, que pediu um adiamento do licenciamento da obra em abril do ano passado.
Na ocasião, o Brasil chamou seu representante na OEA para consultas e retirou a candidatura do ex-secretário de Direitos Humanos Paulo Vannuchi a uma vaga na Comissão.
"Outro exemplo nessa linha é o aumento sem muito controle das plantações de cana para a produção de etanol, muitas vezes financiado por bancos estatais brasileiros", afirma Cahill. "Tal expansão está ligada a um aumento dos problemas de acesso a terra e, em alguns casos, exploração excessiva do trabalhador rural."
Código Florestal
Segundo o especialista da Anistia, a situação de tensão em algumas áreas rurais pode se agravar caso a presidente aprove o novo Código Florestal. O código é criticado por ONGs e especialistas por anistiar produtores que desmataram florestas nas proximidades de rios.Cahill diz que, ao flexibilizar as regras de exploração da terra, o novo código poderia dar respaldo àqueles que exploram algumas áreas ilegalmente.
Ele elogia a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da emenda constitucional que prevê a expropriação de proprietários acusados de usar trabalho escravo, mas faz uma ressalva: "Ainda é preciso garantir que o conceito do que é considerado escravidão não seja flexibilizado antes que as novas regras comecem a ser aplicadas."
Entre os principais problemas do ano passado nas áreas rurais, o relatório menciona as agressões contra índios Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, e conflitos entre fazendeiros e residentes do Quilombo de Salgado, no Maranhão.
Nas áreas urbanas, o relatório destaca os despejos de comunidades carentes por causa das obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016, principalmente no Rio de Janeiro. De acordo com Cahill, mais recentemente a organização vem recebendo denúncias de deslocamentos forçados também em Manaus e Fortaleza.
Votação sobre Síria
No plano internacional, a Anistia diz que sua maior decepção, além da resposta brasileira à decisão da OEA no caso Belo Monte, está relacionada à Síria. Em outubro do ano passado, o país se absteve, no Conselho de Segurança da ONU, na votação do projeto de resolução condenando o regime sírio pela repressão aos opositores."Apesar de o discurso em favor dos direitos humanos ter marcado o início do governo Dilma, está claro que ainda há uma recusa do Brasil de se envolver ativamente em políticas nessa área", diz Cahill.
O relatório da Anistia Internacional descreve 2011 como o ano em que protestos "pelo fim da tirania e injustiça" varreram o globo. A organização destaca que milhões de pessoas foram às ruas desde a Tunísia e Egito até Atenas, Nova York e La Paz para exigir melhores condições de vida.
A organização também mostra preocupação com a escalada da repressão que acompanhou esses movimentos em alguns países e pede um tratado internacional sobre o comércio de armas para tentar conter a violência.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Especialistas defendem criação de agência de imigração no Brasil
A Polícia Federal não tem capacidade de atender os
imigrantes que chegam ao Brasil, segundo um delegado responsável pelo
setor no Rio de Janeiro. Especialistas ouvidos pela BBC Brasil dizem que
o trabalho deveria ser feito por uma agência federal especializada.
A substituição da PF por uma Agência Nacional de
Migração para atender os estrangeiros no Brasil é um dos principais
pontos do debate sobre a criação de uma nova Lei de Imigração - cujo
projeto tramita há cerca de três anos no Congresso."Não temos pessoal capacitado para essa tarefa", afirmou o delegado Antônio Ordacgy, chefe do núcleo de estrangeiros da Superintendência da PF no Rio de Janeiro.
No entanto, ele afirma que essa não é uma posição institucional da PF, mas sua opinião pessoal. O comentário foi feito no seminário "Direito dos Migrantes no Brasil: o novo Estatuto dos Estrangeiros como uma Lei de Migração", que ocorreu no Rio na última sexta-feira.
Entre as atribuições da PF, atualmente, estão o atendimento a imigrantes que já possuem visto permanente e o monitoramento da situação de estrangeiros que estão no Brasil em caráter temporário ou permanente. Além disso, a instituição recepciona os estrangeiros que chegam ao país em portos, aeroportos e fronteiras.
De acordo com Ordacgy, a PF já cumpre "inúmeras" tarefas, como a repressão ao tráfico de drogas e de animais silvestres, ao contrabando e aos crimes de "colarinho branco", e não deveria acumular a função de fiscalização da imigração.
Agência
Segundo o diretor da ONG Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (CDHIC), Paulo Illes, servidores da PF não aplicam a atual legislação de forma objetiva."Os funcionários deste (novo) organismo deveriam aplicar a lei de forma objetiva, e não subjetiva, como fazem os agentes da PF", disse.
Segundo Illes, dos cerca de 43 mil estrangeiros que obtiveram visto temporário com a anistia concedida pelo presidente Lula em 2009, apenas 19 mil obtiveram a permanência definitiva no Brasil.
"Em muitos casos, o agente da PF não aceitou os documentos indicados na legislação – como o extrato bancário – para que o postulante pudesse obter o visto permanente, o que revela uma interpretação subjetiva da lei."
"É urgente a criação (no Brasil) de um órgão que ofereça um atendimento humanizado e disponha de pessoal capacitado, que conheça de fato a legislação e tenha domínio de idiomas", afirmou Illes.
A Argentina é um exemplo de país que já criou um organismo específico para o atendimento aos imigrantes - a Direção Nacional de Migrações (DNM).
Segundo Federico Agusti, diretor de Assuntos Internacionais e Sociais da DNM, 423 mil estrangeiros se inscreveram no plano "Pátria Grande", lançado no final de 2005 para regularizar a situação de imigrantes na Argentina. Deles, 225 mil conseguiram a residência permanente até 2010.
Nova lei
Para os especialistas, a integração dos imigrantes não deve se limitar à regularização de sua situação no país em uma nova legislação. Ela deve incluir a adoção de políticas como o oferecimento de cursos de português e a capacitação para o mercado de trabalho."A futura lei brasileira de imigração deverá não apenas permitir o direito à migração, mas considerar a integração do imigrante na sociedade", afirmou Paulo Sérgio de Almeida, presidente do Conselho Nacional de Imigração (Cnig), órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego.
Segundo a legislação que o governo espera aprovar no Congresso, estrangeiros poderão requerer vistos permanentes a qualquer momento. Pela lei em vigor, é preciso fazer um requerimento antes de chegar ao Brasil, por meio dos consulados brasileiros.
Regularização
A mudança deverá fazer com que as anistias, que vêm sendo concedidas para os imigrantes irregulares, perderem o sentido."Podemos combater melhor a criminalidade ligada à imigração através da regularização dos migrantes, ao invés de adotar políticas restritivas", afirmou o diretor do Departamento de Imigração e Assuntos Jurídicos do Itamaraty, Rodrigo Amaral.
A permanência de estrangeiros no Brasil ainda é regida pelo Estatuto do Estrangeiro, instituído em 1980, sob a ótica da Lei de Segurança Nacional.
Países vizinhos, como a Argentina e o Uruguai, já aprovaram novas leis de imigração para substituir normas da época de suas ditaduras militares.
No campo do direito dos migrantes, o Brasil também está atrasado: é o único país da América Latina que ainda não ratificou a Convenção Internacional das Nações Unidas para a Proteção dos Direitos de todos os Trabalhadores Migrantes e suas Famílias.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/05/120518_imigrantes_am.shtml
UE incentiva migração interna para reduzir desemprego juvenil
A Comissão Europeia, órgão Executivo da União
Europeia, lançou nesta segunda-feira um projeto de 4 milhões de euros
destinado a incentivar a migração interna para reduzir o desemprego
entre jovens de 18 a 35 anos, que supera os 50% na Espanha e na Grécia.
A ideia é enviar o trabalhador que não encontra
um emprego correspondente à sua qualificação em seu país a outro país
onde essa mesma área enfrenta déficit de mão de obra, como recomendou a
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em
março passado.O projeto é independente dos governos dos 27 sócios da UE e não está claro como será aceito em alguns países, onde a crise econômica tem exacerbado nacionalismos e contribuído para aumentar o repúdio à imigração, como ficou evidente com a ascensão dos partidos de extrema-direita Front National e Chrysi Avgi nas últimas eleições na França e na Grécia, respectivamente.
Solução parcial
De acordo com Bruxelas, 5,5 milhões de europeus entre 15 e 24 anos estão atualmente desempregados.Ao mesmo tempo, a Grã Bretanha, país do bloco com maior carência de trabalhadores atualmente, precisa de quase 29 mil vendedores, 27 mil profissionais para o setor financeiro e outros 19 mil para a área de saúde.
A Alemanha, segundo país com maior oferta de trabalho, conta com mais de 18 mil vagas para trabalhadores domésticos e quase 12 mil para profissionais de saúde.
"Ajudar as pessoas com a qualificação adequada a encontrar um emprego em outro país onde se requer essa qualificação pode ser parte da solução para a crise do desemprego na Europa", defendeu o comissário europeu de Trabalho, Lázló Andor.
A CE estima que essa primeira fase do projeto ajudará cerca de 5 mil pessoas a inserir-se no mercado de trabalho, menos de um entre cada mil jovens desempregados.
"A responsabilidade principal de melhorar as expectativas de emprego dos jovens é dos Estados, não da CE. Não temos uma solução milagrosa para superar o desemprego juvenil", desculpou-se o porta-voz de Andor, Jonathan Todd.
Outros 1,5 mil desempregados poderão ser beneficiados na segunda fase, cujo lançamento está previsto para o final do ano, com um orçamento de 3,25 milhões de euros.
Ajuda
Nesta fase piloto do projeto, as agências de trabalho de quatro países - Espanha, Itália, Alemanha e Dinamarca - coordenarão as buscas por emprego de jovens de toda a UE para combinar suas competências com as ofertas de trabalho publicadas pelas empresas de outros países no portal europeu de mobilidade laboral (Eures).Os desempregados poderão receber uma ajuda de entre 200 e 300 euros para se apresentarem a uma entrevista de trabalho no exterior e cerca de 900 euros para se mudarem para outro país onde consigam um contrato.
Em paralelo, pequenas e médias empresas que contratem jovens estrangeiros poderão receber ajudas de entre 600 e 900 euros por empregado para financiar cursos de idioma e de formação profissional ou ajudar em sua mudança.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/05/120521_ue_desemprego_mb_ac.shtml
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Com um terço das casas conectadas, Brasil ocupa 63º lugar em ranking global de internet
O Brasil ocupa a 63ª posição em um ranking mundial de conectividade à
internet do qual fazem parte 158 países, segundo estudo divulgado nesta
quarta-feira (16) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.
De acordo com o Mapa da Inclusão Digital, 33% dos domicílios no Brasil
têm acesso à rede.
Com essa porcentagem, o país fica dentro da média mundial de conectividade, que é de 33,49%. "O Brasil é a fotografia da exclusão e inclusão do mundo", analisa o economista Marcelo Neri, coordenador do estudo do Centro de Políticas Sociais da FGV.
A Suécia aparece em primeiro lugar, com 97% dos lares conectados, seguida pela Islândia (94%), Dinamarca (92%), Holanda (91%) e Singapura 89%. Os EUA ficam na 17ª posição, com 85%. No fim da lista aparecem Miamar, Madagascar, Guiné, República Centro Africana e Burkina Faso, com conectividade nula. Na faixa de 1% estão Maláui e República Democrática do Congo. Já Cuba aparece na 131ª posição, com conectividade 2%.
Retrato brasileiro
Comparando ao bloco dos emergentes, os Brics, o Brasil supera a África do Sul, que está no 108º lugar, e Índia, na 128ª posição. Contudo, o Brasil fica atrás da Rússia, na 46ª posição. Não há informações sobre a China.
O município de São Caetano, em São Paulo, apresenta o maior índice do país de acesso à internet em casa, com 69% de conectividade, similar aos padrões de países como Tchecoslováquia. O município de Aroeiras, no Piauí, vai na contramão: o acesso de domicílios à rede é zero, comparado à realidade de países como Burkina Faso e Miamar, que são os últimos países no ranking.
O Rio de Janeiro concentra uma desigualdade que reflete o padrão brasileiro de acesso à internet. Na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, 94% dos domicílios estão conectados à rede. Esse índice equivale à realidade de países como a Islândia. Já a favela Rio das Pedras, comunidade vizinha à Barra da Tijuca, possui o menor percentual da cidade do Rio: 21%. Com esse índice, fica no mesmo patamar de conectividade do Panamá.
O objetivo do Mapa da Inclusão Digital, realizado em parceria da FGV com a Fundação Telefônica, é mapear as diversas formas de acesso à tecnologia digital e subsidiar as metas de conectividade da ONU. O ano de 2015 é o prazo fixado pelas Nações Unidas para as metas do milênio. O estudo reúne dados do último censo demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Instituto Gallup World Poll.
http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2012/05/16/brasil-ocupa-63-lugar-em-ranking-de-conexao-33-das-casas-tem-acesso-a-internet.htm
Com essa porcentagem, o país fica dentro da média mundial de conectividade, que é de 33,49%. "O Brasil é a fotografia da exclusão e inclusão do mundo", analisa o economista Marcelo Neri, coordenador do estudo do Centro de Políticas Sociais da FGV.
A Suécia aparece em primeiro lugar, com 97% dos lares conectados, seguida pela Islândia (94%), Dinamarca (92%), Holanda (91%) e Singapura 89%. Os EUA ficam na 17ª posição, com 85%. No fim da lista aparecem Miamar, Madagascar, Guiné, República Centro Africana e Burkina Faso, com conectividade nula. Na faixa de 1% estão Maláui e República Democrática do Congo. Já Cuba aparece na 131ª posição, com conectividade 2%.
Retrato brasileiro
Comparando ao bloco dos emergentes, os Brics, o Brasil supera a África do Sul, que está no 108º lugar, e Índia, na 128ª posição. Contudo, o Brasil fica atrás da Rússia, na 46ª posição. Não há informações sobre a China.
O município de São Caetano, em São Paulo, apresenta o maior índice do país de acesso à internet em casa, com 69% de conectividade, similar aos padrões de países como Tchecoslováquia. O município de Aroeiras, no Piauí, vai na contramão: o acesso de domicílios à rede é zero, comparado à realidade de países como Burkina Faso e Miamar, que são os últimos países no ranking.
O Rio de Janeiro concentra uma desigualdade que reflete o padrão brasileiro de acesso à internet. Na Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, 94% dos domicílios estão conectados à rede. Esse índice equivale à realidade de países como a Islândia. Já a favela Rio das Pedras, comunidade vizinha à Barra da Tijuca, possui o menor percentual da cidade do Rio: 21%. Com esse índice, fica no mesmo patamar de conectividade do Panamá.
O objetivo do Mapa da Inclusão Digital, realizado em parceria da FGV com a Fundação Telefônica, é mapear as diversas formas de acesso à tecnologia digital e subsidiar as metas de conectividade da ONU. O ano de 2015 é o prazo fixado pelas Nações Unidas para as metas do milênio. O estudo reúne dados do último censo demográfico do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Instituto Gallup World Poll.
http://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2012/05/16/brasil-ocupa-63-lugar-em-ranking-de-conexao-33-das-casas-tem-acesso-a-internet.htm
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Saída da Grécia desataria 'efeito dominó' na zona do euro
Uma eventual saída da Grécia da zona do euro poderia
desatar uma corrida aos bancos e aprofundamento da recessão em países
como Portugal, Espanha, Itália e Irlanda. O alerta é feito por
especialistas em integração europeia, que traçam um cenário catastrófico
tanto para a Grécia quanto para a União Europeia caso uma solução desse
tipo seja adotada.
"Se a Grécia abandonasse o euro a pergunta
natural seria: quem é o próximo?", explica o cientista político
Dionyssis Dimitrakopoulos, professor da Universidade de Londres."O resultado seria uma corrida aos bancos na Espanha, Portugal, Itália e Irlanda e um efeito dominó nesses países, com o aprofundamento da recessão e mais oposição a medidas de austeridade", disse.
Pequenos partidos antiausteridade receberam ao redor de 70% dos votos nas eleições parlamentares gregas do dia 6, fazendo integrantes de Bancos Centrais europeus e representantes da Comissão Europeia começarem a falar mais seriamente sobre a possibilidade da saída da Grécia da zona do euro.
As especulações ganharam força com a incapacidade dos partidos gregos chegarem a um acordo para a formação de um governo de coalizão. O impasse pode levar a convocação de novas eleições nas quais o favorito seria o partido Syriza, de "esquerda radical", que se opõem aos cortes de gastos públicos e salários, negociados com o Fundo Monetário Internacional e a União Europeia.
Em entrevista a uma televisão italiana, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disse, em alusão ao caso grego, que se o membro de um clube não respeita suas regras seria melhor que o deixasse.
Para Vassilis Monastiriotis, da London School of Economics, uma solução como essa significaria o colapso do projeto Europeu: "A União Europeia está baseada em uma ideia de união e solidariedade entre os Estados da região. Se o bloco não for capaz de chegar a uma solução para os que precisam de ajuda financeira e reformas, terminará sendo exatamente isso: apenas um clube dos quais os países podem entrar ou sair a qualquer momento."
Cenário argentino
Segundo pesquisas, 80% dos gregos não apoiam a volta do dracma, a moeda que circulava no país até 2001. Os únicos partidos que defendem abertamente a proposta são o Partido Comunista Grego (KKE) e o Antarsya, trotskista, que juntos não chegaram a receber 10% dos votos nas eleições do dia 6.O problema é que, caso a Grécia decida romper seu compromisso com a União Europeia e eventualmente entre em moratória, os europeus poderiam cortar os repasses para o país. Isso deixaria os gregos sem recursos para pagar seus funcionários públicos e sem alternativas além do abandono do euro.
Um dos argumentos dos defensores dessa alternativa é que, ao voltar a ter uma moeda própria, os gregos poderiam desvalorizá-la, aumentando a competitividade das exportações do país.
Dimitrakopolous, porém, explica que os gregos são altamente dependentes de petróleo importado e uma depreciação provocaria um aumento considerável dos combustíveis. "Os gregos ficariam mais pobres e o custo de vida subiria", afirma.
Outra dificuldade relacionada a um eventual abandono do euro diz respeito aos recursos e tempo necessários para emitir uma nova moeda. Especialistas falam em um mínimo de três a quatro meses para que novas cédulas ganhem as ruas.
Além disso, é provável que nos meses anteriores a uma volta ao dracma houvesse uma corrida aos bancos e fuga de divisas. "O quadro poderia ser bastante semelhante ao da Argentina na crise de 2002, com novos protestos e enfrentamentos pelas ruas de Atenas", diz Dimitrakopolous.
"Trata-se de um cenário que não interessa nem para a Grécia nem para a União Europeia, por isso o mais provável é que os dois lados estejam ameaçando tomar medidas extremas para ter poder de barganha na hora de sentar para negociar", acredita Monastiriotis
Crise política
O acordo prevendo a adoção de medidas de austeridade é o principal ponto de impasse entre os partidos gregos.O presidente grego, Karolos Papoulias, está empenhado em uma última tentativa de costurar um acordo desde domingo, mas o líder do Syriza, Alexis Tsipras, já disse que se recusa a fazer parte de uma coalização não liderada por seu partido.
Na eleição do dia 6, os gregos votaram em partidos menores para punir o Nova Democracia, de centro direita, e o socialista Pasok, que estiveram à frente do último governo, por aceitar tais medidas.
O grande vencedor da votação foi o Syriza, que conseguiu a segunda colocação com 16,7% dos votos, atrás do Nova Democracia, com 18,8%. Como na Grécia o primeiro colocado leva 50 cadeiras extras no Parlamento, porém, o partido governista obteve 108 assentos, contra 52 do Syriza.
No caso de uma nova votação, o Syriza teria entre 25% e 28% dos votos e o Nova Democracia ao redor de 20%.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/05/120514_grecia_euro.shtml
Brasil perde em inovação e não cresce como outros Brics, diz economista
O Brasil não tem um plano de inovação para manter o ritmo de crescimento
em relação a Rússia, Índia e China, os países que formam os Brics,
avalia o economista Marcos Troyjo, diretor do Bric-Lab, o laboratório de
pesquisa sobre os Brics da Universidade de Columbia, nos Estados
Unidos.
Segundo Troyjo, o Brasil precisa fazer uma “leitura melhor do mundo” e investir, pelo menos, 2,5% do seu PIB em pesquisas científicas.
“O desafio que os Brics enfrentam como grupo é manter o ritmo da inovação. O Brasil está crescendo menos que os outros países do grupo em termos de inovação e tecnologia. O país tem todas as condições financeiras e vontade política para isso, mas não tem um plano. E para ter um plano é preciso fazer uma boa leitura do mundo. Não acho que o Brasil faça uma boa leitura do mundo”, afirmou.
Troyjo participou do seminário “Brazil Innovation: A revolution for the 21st century” (Inovação no Brasil: Uma revolução para o século 21), semana passada, no Rio de Janeiro, promovido pela revista britânica "The Economist". Participaram investidores, empresários, membros de governos, universidades e organizações sem fins lucrativos para analisar os novos modelos de negócios, inovação e empreendedorismo.
O Brasil, segundo analisou o economista, não poderá tornar-se uma sociedade tecnológica se mantiver investimentos de apenas 1% do PIB em desenvolvimento científico.
“O lado ruim disso tudo é que o Brasil poderá ter uma performance abaixo da esperada para outros países dos Brics. A inovação não é uma questão só de querer, mas de haver mecanismos de incentivo”, declarou.
Troyjo, no entanto, citou iniciativas que considera ser “interessantes” como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) iniciado no governo Lula, mas destacou que essa é apenas uma forma de compensar as demandas do passado no presente.
“Isso é correr atrás do tempo e não olhar para o futuro. O Brasil tem de passar de uma sociedade criativa para uma sociedade inovadora”, disse.
Questionado sobre qual o papel que os Brics deverão desempenhar na governança global, Troyjo ainda se mostra cético. “Vejo hoje que o mundo vive um vácuo de liderança e não acho que nenhum país dos Brics tenha esse perfil de liderança”.
Já o editor da revista "The Economist" para as Américas, Michael Reid, afirmou não haver dúvida de que tanto China quanto Brasil vão se tornar países desenvolvidos até 2050, mas será algo que não ocorrerá de forma linear.
“Dependerá muito, sobretudo no caso da China, que tem um regime político autoritário. Ela terá de ceder à pressão política e social para se abrir. Já no caso do Brasil, o desafio será de investir mais em educação e em infraestrutura, além de reformar o sistema político para que tenha um Estado mais eficiente com menor carga tributária”, disse Reid.
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/05/14/brasil-perde-em-inovacao-e-nao-cresce-como-outros-brics-diz-economista.jhtm
Segundo Troyjo, o Brasil precisa fazer uma “leitura melhor do mundo” e investir, pelo menos, 2,5% do seu PIB em pesquisas científicas.
“O desafio que os Brics enfrentam como grupo é manter o ritmo da inovação. O Brasil está crescendo menos que os outros países do grupo em termos de inovação e tecnologia. O país tem todas as condições financeiras e vontade política para isso, mas não tem um plano. E para ter um plano é preciso fazer uma boa leitura do mundo. Não acho que o Brasil faça uma boa leitura do mundo”, afirmou.
Troyjo participou do seminário “Brazil Innovation: A revolution for the 21st century” (Inovação no Brasil: Uma revolução para o século 21), semana passada, no Rio de Janeiro, promovido pela revista britânica "The Economist". Participaram investidores, empresários, membros de governos, universidades e organizações sem fins lucrativos para analisar os novos modelos de negócios, inovação e empreendedorismo.
O Brasil, segundo analisou o economista, não poderá tornar-se uma sociedade tecnológica se mantiver investimentos de apenas 1% do PIB em desenvolvimento científico.
“O lado ruim disso tudo é que o Brasil poderá ter uma performance abaixo da esperada para outros países dos Brics. A inovação não é uma questão só de querer, mas de haver mecanismos de incentivo”, declarou.
Troyjo, no entanto, citou iniciativas que considera ser “interessantes” como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) iniciado no governo Lula, mas destacou que essa é apenas uma forma de compensar as demandas do passado no presente.
“Isso é correr atrás do tempo e não olhar para o futuro. O Brasil tem de passar de uma sociedade criativa para uma sociedade inovadora”, disse.
Questionado sobre qual o papel que os Brics deverão desempenhar na governança global, Troyjo ainda se mostra cético. “Vejo hoje que o mundo vive um vácuo de liderança e não acho que nenhum país dos Brics tenha esse perfil de liderança”.
Já o editor da revista "The Economist" para as Américas, Michael Reid, afirmou não haver dúvida de que tanto China quanto Brasil vão se tornar países desenvolvidos até 2050, mas será algo que não ocorrerá de forma linear.
“Dependerá muito, sobretudo no caso da China, que tem um regime político autoritário. Ela terá de ceder à pressão política e social para se abrir. Já no caso do Brasil, o desafio será de investir mais em educação e em infraestrutura, além de reformar o sistema político para que tenha um Estado mais eficiente com menor carga tributária”, disse Reid.
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/05/14/brasil-perde-em-inovacao-e-nao-cresce-como-outros-brics-diz-economista.jhtm
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Bolívia e Argentina dividem opiniões sobre impacto de nacionalizações
A nacionalização de uma companhia de energia na
Bolívia dias depois da expropriação da petroleira YPF pela Argentina
divide especialistas sobre a possibilidade de que uma onda de medidas do
tipo esteja em curso na região.
Na Bolívia, o presidente Evo Morales anunciou a
nacionalização da empresa elétrica TDE (controlada pela Red Eléctrica
Española) durante as comemorações de 1º de maio. Dias antes, a
presidente da Argentina, Cristina Kirchner, já havia atraído holofotes
internacionais para a região ao anunciar a expropriação da YPF,
controlada pela também espanhola Repsol.Para alguns analistas, as medidas sugerem um risco claro de novas nacionalizações. Para outros, tratam-se de casos isolados que, ainda assim, podem ter implicações sobre os negócios da região, em razão de uma eventual insegurança jurídica criada pelos eventos.
José Maria Román Porta, analista da Fundación Ciudadania y Valores, entidade com sede em Madri, diz que a repercussão foi negativa sobretudo na Espanha, já que o controle acionário de ambas empresas é de investidores espanhois.
"São empresas que formam parte da estratégia e da independência energética da Espanha", disse.
"No caso da Bolívia, a repercussão política é mais relevante porque a empresa tem participação do governo espanhol, e isso implica diretamente o Estado", afirmou.
O volume de investimentos na Bolívia, no entanto, é significativamente menor do que o empreendido na Argentina. Outra diferença foi a retórica empregada no processo. Enquanto Cristina Kirchner adotou um discurso mais agressivo, Morales chegou a comunicar ao governo espanhol a nacionalização da TDE.
Crise
O correspondente da BBC no Cone Sul, Vladimir Hernández, diz que existe entre alguns setores a impressão de que as empresas espanholas estavam lidando com a crise aumentando a parcela de lucros enviada para a Espanha de suas empresas na região."Em 2011, a diretoria da Repsol - YPF aprovou o envio de 90% de seus lucros para os acionistas e isso foi duramente criticado pelo governo argentino que considerou que mais deveria ser investido onde se exploravam os recursos naturais", diz Hernández.
Para analistas, as nacionalizações sinalizam insegurança jurídica ao ocorrerem duas vezes seguidas na mesma região.
"Há muita incerteza no futuro econômico mesmo que o volume de negócios seja pequeno. A receita que tinha a Red Eléctrica Española e o volume de negócios que representava não eram grandes, mas se cria um temor ante a uma possível onda de nacionalizações", diz Román Porta.
Sem alarmismo
No entanto, embora a Espanha tenha classificado a nacionalização boliviana de "negativa", o ministro espanhol de Economia e Competitividade, Luis de Guindos, disse que a decisão da Bolívia não tem relação com a tomada na Argentina."Não acreditamos em absoluto que exista uma situação generalizada, são situações independentes", disse ele.
Para o país que nacionaliza, o efeito, segundo o analista em relações internacionais Andrés Serbin, não é necessariamente "negativo".
Ele cita o exemplo da PDVSA (Petróleos de Venezuela), nacionalizada em 1976.
"Ao manter seu profissionalismo, se tornou uma das maiores petroleiras do mundo", diz Serbin.
O jornalista da BBC diz que, "embora as nacionalizações tenham gerado temor, grupos de empresários estrangeiros na Argentina consideraram a nacionalização da YPF como um acontecimento pontual e não uma ameaça generalizada".
De fato, após anunciar a estatização da empresa elétrica, o presidente boliviano, Evo Morales, inaugurou uma usina de gás e elogiou a espanhola Repsol.
"Quero saudar o presidente da Repsol (Antonio Brufau, presente na ocasião), sua presença, seu esforço, seu trabalho, como sócios", disse ele, de acordo com a agência de notícias EFE.
"Reconheço e reconhecemos a liderança da Repsol, uma das maiores empresas internacionais do mundo, que sempre será respeitada como sócia", disse Morales.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/05/120502_bolivia_nacionaliza_rc.shtml
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Alemanha reafirma austeridade ante divergência com novo presidente francês
Um dia depois da vitória do candidato socialista
François Hollande nas eleições presidenciais da França, a chanceler
alemã, Angela Merkel, reafirmou seu compromisso com o pacto fiscal da
União Europeia que, segundo ela, não está aberto à "negociação".
A defesa das medidas de austeridade pela chefe
do governo da Alemanha ocorre em meio à tentativa já anunciada pelo
recém-eleito presidente francês de reabrir o debate sobre o acordo,
desenhado para fortalecer a disciplina fiscal dos 25 países que hoje
compõem o bloco econômico europeu.A indefinição nos rumos da economia europeia foi sentida pelos mercados, que encararam com pessimismo a chegada dos socialistas franceses à presidência, após uma lacuna de 17 anos, desde o fim do governo de François Mitterrand.
As principais bolsas asiáticas terminaram o pregão desta segunda-feira em queda. A Bolsa de Tóquio caiu 2,78%, enquanto a de Hong Kong, 2,61%.
Na Europa, a Bolsa de Londres (índice FTSE-100) fechou em queda de 1,93. Já os mercados alemão e francês se recuperaram do nervosismo inicial e terminaram o pregão em alta de 0,12% e 1,65%, respectivamente.
Hollande, que derrotou o ex-presidente francês e candidato à reeleição Nicolas Sarkozy no último domingo, com 51,62% dos votos válidos, afirmou logo após a vitória que desejava renegociar o acordo de disciplina orçamentária firmado por líderes europeus em março passado, sob forte influência do governo alemão.
O recém-eleito presidente francês já deu sinais de que quer tomar medidas que elevem o crescimento do país pelo lado do afrouxamento fiscal e não do corte de gastos públicos, como defende a Alemanha.
"A Europa está de olho em nós; a austeridade não pode mais ser a única alternativa (ao crescimento)", declarou Hollande em seu primeiro discurso ao saber do resultado das eleições.
Fortalecido pelo mau andamento da economia francesa e pela crescente impopularidade de Sarkozy, Hollande saiu-se vitorioso com a promessa de que aumentará os impostos sobre grandes corporações e indivíduos com salários acima de 1 de milhão de euros por ano.
O socialista pretende aumentar o salário mínimo, contratar 60 mil novos professores e reduzir a idade mínima de aposentadoria de 62 para 60 anos para algumas profissões - esta última uma das mudanças promovidas pelo governo Sarkozy.
Para Merkel, que apoiou publicamente o ex-presidente francês em sua corrida à Presidência, a eleição de Hollande compromete seus planos de unir a UE em torno da diminuição do déficit e da dívida públicos, dizem analistas.
A chanceler alemã felicitou o colega francês pela vitória e o convidou a viajar a Berlim para discutir os novos rumos do plano fiscal, mas alertou, em uma coletiva de imprensa, que o acordo não é "negociável".
A presidente Dilma Rousseff emitiu nota em que também parabenizou Hollande pela eleição. No comunicado, Dilma diz ao colega que acompanhou "com grande interesse" as propostas para vencer a crise que favoreçam "o crescimento, o emprego, a inclusão e a justiça social".
As propostas de Hollande corroboram com algumas críticas feitas pelo governo brasileiro às medidas de austeridade na Europa. Na nota, Dilma disse que espera "compartilhar posições comuns nos foros internacionais – dentre eles o G20 – que permitam inverter as políticas recessivas, ainda hoje predominantes, e que, no passado, infelicitaram o Brasil e a maioria dos países da América Latina".
Pacto fiscal
Hollande tem pela frente a difícil tarefa de impulsionar o crescimento da economia da França, estimado em ínfimo 0,5% neste ano, de acordo com previsões do FMI, e de, principalmente, domar uma dívida pública de 1,4 trilhão de euros, ou 85% do PIB do país.Mas sua intenção de promover a retomada econômica por meio do aumento dos gastos públicos esbarra nas resoluções do pacto fiscal estipulado na última cúpula da UE em janeiro passado - e que entrará em vigor em 1º de janeiro do ano que vem, se 12 países-membros da zona do euro ratificarem o documento.
O principal objetivo do acordo é obrigar os países-membros da UE a cumprir com a chamada "regra de ouro", que determina um teto de 0,5% do PIB para o déficit anual.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/05/120507_merkel_hollande_lb.shtml
domingo, 6 de maio de 2012
Presidente da Bolívia reestatiza divisão de companhia elétrica espanhola
Militares e policiais já tomaram posse dos escritórios da TDE
Opera Mundi
Horas após anunciar que o governo da Bolívia iria retomar o controle acionário da TDE, empresa boliviana de distribuição de energia, militares, policiais e partidários do presidente Evo Morales ocuparam os escritórios de sua proprietária, a companhia espanhola REE (Rede Elétrica Espanhola).
O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (01/05) durante um ato em homenagem ao Dia do Trabalho. Na ocasião, disse que a reestatização era uma “justa homenagem aos trabalhadores e ao povo boliviano, que lutou pela recuperação dos recursos naturais e dos serviços básicos”.
Horas depois, Morales iria se encontrar com o presidente da companhia petrolífera espanhola Repsol, Antonio Brufau, para a solenidade de inauguração da segunda unidade processadora de gás de Campo Margarita, no sul da Bolívia. Até essa semana, a Repsol detinha o controle majoritário da YPF, petrolífera argentina reestatizada esta semana pelo governo de Cristina Kirchner.
O decreto assinado hoje estabelece a "nacionalização" da "totalidade das ações que formam o pacote acionário da sociedade Rede Elétrica Internacional-SAU", filial da REE. O documento também instrui seu registro em nome da estatal ALI, Empresa Nacional de Eletricidade.
Morales justificou a desapropriação afirmando que considerou baixo o investimento previsto para a empresa espanhola: em 16 anos, apenas 81 milhões de dólares. Após ler o decreto, o presidente boliviano pediu ao comandante das Forças Armadas, general Tito Gandarillas, para "assumir o controle das instâncias de administração e operação da TDE". "É obrigação das Forças Armadas recuperar a eletricidade para o povo boliviano", acrescentou.
A empresa elétrica espanhola adquiriu 99,94% das ações da TDE em 2002, e o restante ficou nas mãos dos trabalhadores da firma boliviana. A companhia é proprietária e operadora do Sistema Interconectado Nacional boliviano de eletricidade, que atende 85% do mercado nacional e possui 73% das linhas de transmissão na Bolívia.
Morales expropriou em 2010 as ações de quatro empresas geradoras de eletricidade, incluindo duas filiais da francesa GDF Suez e da britânica Rurelec, o que levou a Bolívia à Corte de Haia. Além das companhias elétricas, o governante nacionalizou várias outras empresas de petróleo, gás e mineração desde que chegou ao poder, em 2006.
Desde que assumiu a Presidência em 2006, nacionalizou 20 empresas de hidrocarbonetos e minérios que atuavam na Bolívia. Em Madri, fontes do Governo explicaram que "estão estudando" a decisão de Morales e que o governo de Mariano Rajoy está "perfeitamente informado" sobre o fato.
http://www.brasildefato.com.br/node/9468
02/05/2012
Opera Mundi
Horas após anunciar que o governo da Bolívia iria retomar o controle acionário da TDE, empresa boliviana de distribuição de energia, militares, policiais e partidários do presidente Evo Morales ocuparam os escritórios de sua proprietária, a companhia espanhola REE (Rede Elétrica Espanhola).
O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira (01/05) durante um ato em homenagem ao Dia do Trabalho. Na ocasião, disse que a reestatização era uma “justa homenagem aos trabalhadores e ao povo boliviano, que lutou pela recuperação dos recursos naturais e dos serviços básicos”.
Horas depois, Morales iria se encontrar com o presidente da companhia petrolífera espanhola Repsol, Antonio Brufau, para a solenidade de inauguração da segunda unidade processadora de gás de Campo Margarita, no sul da Bolívia. Até essa semana, a Repsol detinha o controle majoritário da YPF, petrolífera argentina reestatizada esta semana pelo governo de Cristina Kirchner.
O decreto assinado hoje estabelece a "nacionalização" da "totalidade das ações que formam o pacote acionário da sociedade Rede Elétrica Internacional-SAU", filial da REE. O documento também instrui seu registro em nome da estatal ALI, Empresa Nacional de Eletricidade.
Morales justificou a desapropriação afirmando que considerou baixo o investimento previsto para a empresa espanhola: em 16 anos, apenas 81 milhões de dólares. Após ler o decreto, o presidente boliviano pediu ao comandante das Forças Armadas, general Tito Gandarillas, para "assumir o controle das instâncias de administração e operação da TDE". "É obrigação das Forças Armadas recuperar a eletricidade para o povo boliviano", acrescentou.
A empresa elétrica espanhola adquiriu 99,94% das ações da TDE em 2002, e o restante ficou nas mãos dos trabalhadores da firma boliviana. A companhia é proprietária e operadora do Sistema Interconectado Nacional boliviano de eletricidade, que atende 85% do mercado nacional e possui 73% das linhas de transmissão na Bolívia.
Morales expropriou em 2010 as ações de quatro empresas geradoras de eletricidade, incluindo duas filiais da francesa GDF Suez e da britânica Rurelec, o que levou a Bolívia à Corte de Haia. Além das companhias elétricas, o governante nacionalizou várias outras empresas de petróleo, gás e mineração desde que chegou ao poder, em 2006.
Desde que assumiu a Presidência em 2006, nacionalizou 20 empresas de hidrocarbonetos e minérios que atuavam na Bolívia. Em Madri, fontes do Governo explicaram que "estão estudando" a decisão de Morales e que o governo de Mariano Rajoy está "perfeitamente informado" sobre o fato.
http://www.brasildefato.com.br/node/9468
13 razões para veto total da proposta de reforma do Código Florestal
Texto reflete exame minucioso do projeto à luz dos compromissos de Dilma assumidos em sua campanha nas eleições de 2010
03/05/2012
por André Lima, Raul Valle e Tasso Azevedo*
Para cumprir seu compromisso de campanha e não permitir incentivos a mais desmatamentos, redução de área de preservação e anistia a crimes ambientais, a presidenta Dilma terá que reverter ou recuperar, no mínimo, os dispositivos identificados abaixo. No entanto, a maioria dos dispositivos são irreversíveis ou irrecuperáveis por meio de veto parcial.
A hipótese de vetos pontuais a alguns ou mesmo a todos os dispositivos aqui comentados, além de não resolver os problemas centrais colocados por cada dispositivo (aprovado ou rejeitado), terá como efeito a entrada em vigor de uma legislação despida de clareza, de objetivos, de razoabilidade, de proporcionalidade e de justiça social. Vulnerável, pois, ao provável questionamento de sua constitucionalidade. Além disso, deixará um vazio de proteção em temas sensíveis como as veredas na região de cerrado e os mangues.
Para preencher os vazios fala-se da alternativa de uma Medida Provisória concomitante com a mensagem de veto parcial. Porém esta não é uma solução, pois devolve à bancada ruralista e à base rebelde na Câmara dos Deputados o poder final de decidir novamente sobre a mesma matéria.
A Câmara dos Deputados infelizmente já demonstrou por duas vezes - em menos de um ano - não ter compromisso e responsabilidade para com o Código Florestal. Partidos da base do governo como o PSD, PR, PP, PTB, PDT capitaneados pelo PMDB, elegeram o Código Florestal como a "questão de honra" para derrotar politicamente o governo por razões exóticas à matéria.
Seja por não atender ao interesse público nacional por uma legislação que salvaguarde o equilíbrio ecológico, o uso sustentável dos recursos naturais e a justiça social, seja por ferir frontalmente os princípios do desenvolvimento sustentável, da função social da propriedade rural, da precaução, do interesse público, da razoabilidade e proporcionalidade, da isonomia e da proibição de retrocesso em matéria de direitos sociais, o texto aprovado na Câmara dos Deputados merece ser vetado na íntegra pela presidenta da República.
Ato contínuo deve ser constituído uma força tarefa para elaborar uma proposta de Política Florestal ampla para o Brasil a ser apresentada no Senado Federal e que substitua o atual Código Florestal elevando o grau de conservação das florestas e ampliando de forma decisiva as oportunidades para aqueles que desejam fazer prosperar no Brasil uma atividade rural sustentável que nos dê orgulho não só do que produzimos, mas da forma como produzimos.
Enquanto esta nova lei é criada, é plenamente possível por meio da legislação vigente e de regulamentos (decretos e resoluções do CONAMA) o estabelecimento de mecanismos de viabilizem a regularização ambiental e a atividade agropecuária, principalmente dos pequenos produtores rurais.
13 razões para o veto total
1. Supressão do artigo primeiro do texto aprovado pelo Senado que estabelecia os princípios jurídicos de interpretação da lei que lhe garantia a essência ambiental no caso de controvérsias judiciais ou administrativas. Sem esse dispositivo, e considerando-se todos os demais problemas abaixo elencado neste texto, fica explícito que o propósito da lei é simplesmente consolidar atividades agropecuárias ilegais em áreas ambientalmente sensíveis, ou seja, uma lei de anistia florestal. Não há como sanar a supressão desses princípios pelo veto.
2. Utilização de conceito incerto e genérico de pousio e supressão do conceito de áreas abandonadas e subutilizadas. Ao definir pousio como período de não cultivo (em tese para descanso do solo) sem limite de tempo (Art. 3 inciso XI), o projeto permitirá novos desmatamentos em áreas de preservação (encostas, nascentes etc.) sob a alegação de que uma floresta em regeneração (por vezes há 10 anos ou mais) é, na verdade, uma área agrícola "em descanso". Associado ao fato de que o conceito de áreas abandonadas ou subutilizadas, previsto tanto na legislação hoje em vigor como no texto do Senado, foi deliberadamente suprimido, teremos um duro golpe na democratização do acesso e da terra, pois áreas mal-utilizadas, possuídas apenas para fins especulativos, serão do dia para a noite terras "produtivas em descanso". Essa brecha enorme para novos desmatamentos não pode ser resolvida com veto.
3. Dispensa de proteção de 50 metros no entorno de veredas (inciso XI do ART. 4º ART). Isso significa a consolidação de ocupações ilegalmente feitas nessas áreas como também novos desmatamentos no entorno das veredas hoje protegidas. Pelo texto aprovado, embora as veredas continuem sendo consideradas área de preservação, elas estarão na prática desprotegidas, pois seu entorno imediato estará sujeito a desmatamento, assoreamento e possivelmente a contaminação com agroquímicos. Sendo as veredas uma das principais fontes de água do Cerrado, o prejuízo é enorme, e não é sanável pelo veto presidencial.
4. Desproteção às áreas úmidas brasileiras. Com a mudança na forma de cálculo das áreas de preservação ao longo dos rios (art.4o), o projeto deixa desprotegidos, segundo cálculos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), 400 mil km2 de várzeas e igapós. Isso permitirá que esses ecossistemas riquíssimos possam ser ocupados por atividades agropecuárias intensivas, afetando não só a biodiversidade como a sobrevivência de centenas de milhares de famílias que delas fazem uso sustentável.
5. Aumento das possibilidades legais de novos desmatamentos em APP - O novo texto (no §6º do Art4o) autoriza novos desmatamentos indiscriminadamente em APP para implantação de projetos de aquicultura em propriedades com até 15 mólulos fiscais (na Amazônia, propriedades com até 1500ha - na Mata Atlântica propriedades com mais de mil hectares) e altera a definição das áreas de topo de morro reduzindo significativamente a sua área de aplicação (art.4º, IX). Em nenhum dos dois casos o Veto pode reverter o estrago que a nova Lei irá causar, ampliando as áreas de desmatamento em áreas sensíveis.
6. Ampliação de forma ampla e indiscriminada do desmatamento e ocupação nos manguezais ao separar os Apicuns e Salgados do conceito de manguezal e ao delegar o poder de ampliar e legalizar ocupações nesses espaços aos Zoneamentos Estaduais, sem qualquer restrição objetiva (§§ 5º e 6º do art. 12). Os estados terão amplos poderes para legalizar e liberar novas ocupações nessas áreas. Resultado - enorme risco de significativa perda de área de manguezais que são cruciais para conservação da biodiversiadade e produção marinha na zona costeira. Não tem com resgatar pelo Veto as condições objetivas para ocupação parcial desses espaços tão pouco o conceito de manguezal que inclui apicuns e salgados.
7. Permite que a reserva legal na Amazônia seja diminuída mesmo para desmatamentos futuros, ao não estabelecer, no art. 14, um limite temporal para que o Zoneamento Ecológico Econômico autorize a redução de 80% para 50% do imóvel. A lei atual já traz essa deficiência, que incentiva que desmatamentos ilegais sejam feitos na expectativa de que zoneamentos futuros venham legaliza-los, e o projeto não resolve o problema.
8. Dispensa de recomposição de APPs. O texto revisado pela Câmara ressuscita a emenda 164 (aprovada na primeira votação na Câmara dos Deputados, contra a orientação do governo) que consolida todas as ocupações agropecuárias existentes às margens dos rios, algo que a ciência brasileira vem reiteradamente dizendo ser um equívoco gigantesco. Apesar de prever a obrigatoriedade de recomposição mínima de 15 metros para rios inferiores a 10 metros de largura, fica em aberto a obrigatoriedade de recomposição de APPs de rios maiores, o que gera não só um possível paradoxo (só partes dos rios seriam protegidas), como abre uma lacuna jurídica imensa, a qual só poderá ser resolvida por via judicial, aumentando a tão indesejada insegurança jurídica. O fim da obrigação de recuperação do dano ambiental promovida pelo projeto condenará mais de 70% das bacias hidrográficas da Mata Atlântica, as quais já tem mais de 85% de sua vegetação nativa desmatada. Ademais, embora a alegação seja legalizar áreas que já estavam "em produção" antes de supostas mudanças nos limites legais, o projeto anistia todos os desmatamentos feitos até 2008, quando a última modificação legal foi em 1986. Mistura-se, portanto, os que agiram de acordo com a lei da época com os que deliberadamente desmataram áreas protegidas apostando na impunidade (que o projeto visa garantir). Cria-se, assim, uma situação anti-isonômica, tanto por não fazer qualquer distinção entre pequenos e grandes proprietários em situação irregular, como por beneficiar aqueles que desmataram ilegalmente em detrimento dos proprietários que o fizeram de forma legal ou mantiveram suas APPs conservadas. É flagrante, portanto, a falta de razoabilidade e proporcionalidade da norma contida no artigo 62, e um retrocesso monumental na proteção de nossas fontes de água.
9. Consolidação de pecuária improdutiva em encostas, bordas de chapadas, topos de morros e áreas em altitude acima de 1800 metros (art. 64) o que representa um grave problema ambiental principalmente na região sudeste do País pela instabilidade das áreas (áreas de risco), inadequação e improdutividade dessas atividades nesses espaços. No entanto, o veto pontual a esse dispositivo inviabilizará atividades menos impactantes com espécies arbóreas perenes (café, maçã dentre outras) em pequenas propriedades rurais, hipóteses em que houve algum consenso no debate no Senado. O Veto parcial resolve o problema ambiental das encostas no entanto não resolve o problema dos pequenos produtores.
10. Ausência de mecanismos que induzam a regularização ambiental e privilegiem o produtor que preserva em relação ao que degrada os recursos naturais. O projeto revisado pela Câmara suprimiu o art. 78 do Senado, que vedava o acesso ao crédito rural aos proprietários de imóveis rurais não inscritos no Cadastro Ambiental Rural - CAR após 5 anos da publicação da Lei. Retirou também a regra que vedava o direcionamento de subsídios econômicos a produtores que tenham efetuado desmatamentos ilegais posteriores a julho de 2008. Com isso, não só não haverá instrumentos que induzam a adesão aos Programas de Regularização Ambiental, como fica institucionalizado o incentivo perverso, que premia quem descumpre deliberadamente a lei. Propriedades com novos desmatamentos ilegais poderão aderir ao CAR e demandar incentivos para recomposição futura. Somando-se ao fato de que foi retirada a obrigatoriedade de publicidade dos dados do CAR, este perde muito de seu sentido. Um dos únicos aspectos positivos de todo projeto foi mutilado. Essa lacuna não é sanável pelo veto. A lei perde um dos poucos ganhos potenciais para a governança ambiental.
11. Permite que imóveis de até 4 módulos fiscais não precisem recuperar sua reserva legal (art.68), abrindo brechas para uma isenção quase generalizada. Embora os defensores do projeto argumentem que esse dispositivo é para permitir a sobrevivência de pequenos agricultores, que não poderiam abrir mão de áreas produtivas para manter a reserva, o texto não traz essa flexibilização apenas aos agricultores familiares, como seria lógico e foi defendido ao longo do processo legislativo por organizações socioambientalistas e camponesas. Com isso, permite que mesmo proprietários que tenham vários imóveis menores de 4 MF - e, portanto, tenham terra mais que suficiente para sua sobrevivência - possam se isentar da recuperação da RL. Ademais, abre brechas para que imóveis maiores do que esse tamanho, mas com matrículas desmembradas, se beneficiem dessa isenção. Essa isenção fará com que mais de 90% dos imóveis do país sejam dispensados de recuperar suas reservas legais e jogaria uma pá de cal no objetivo de recuperação da Mata Atlântica, pois, segundo dados do Ipea, 67% do passivo de reserva legal está em áreas com até 4 módulos.
12. Cria abertura para discussões judiciais infindáveis sobre a necessidade de recuperação da RL (art.69). A pretexto de deixar claro que aqueles que respeitaram a área de reserva legal de acordo com as regras vigentes à época estão regulares, ou seja, não precisam recuperar áreas caso ela tenha sido aumentada posteriormente (como ocorreu em áreas de floresta na Amazônia, em 1996), o projeto diz simplesmente que não será necessário nenhuma recuperação, e permite que a comprovação da legalidade da ocupação sejam com "descrição de fatos históricos de ocupação da região, registros de comercialização, dados agropecuários da atividade". Ou seja, com simples declarações o proprietário poderá se ver livre da RL, sem ter que comprovar com autorizações emitidas ou imagens de satélite que a área efetivamente havia sido legalmente desmatada.
13. Desmonte do sistema de controle da exploração de florestas nativas e transporte de madeira no País. O texto do PL aprovado permite manejo da reserva legal para exploração florestal sem aprovação de plano de manejo (que equivale ao licenciamento obrigatório para áreas que não estão em reserva legal), desmonta o sistema de controle de origem de produtos florestais (DOF - Documento de Origem Florestal) ao permitir que vários sistemas coexistam sem integração. A Câmara rejeitou o parágrafo 5º do art. 36 do Senado o que significa a dispensa de obrigação de integração dos sistemas estaduais com o sistema federal (DOF). Como a competência por autorização para exploração florestal é dos estados (no caso de propriedades privadas rurais e unidades de conservação estaduais) o governo federal perde completamente a governança sobre o tráfico de madeira extraída ilegalmente (inclusive dentro de Unidades de conservação federais e terras indígenas) e de outros produtos florestais no País. Essa lacuna não é sanável pelo veto presidencial.
Há ainda outros pontos problemáticos no texto aprovado confirmado pela Câmara cujo veto é fundamental e que demonstram a inconsistência do texto legal, que se não for vetado por completo resultará numa colcha de retalhos.
A todos estes pontos se somam os vícios de origem insanáveis deste PL como é o caso da definição injustificável da data de 22 de julho de 2008 como marco zero para consolidação e anistia de todas irregularidades cometidas contra o Código Florestal em vigor desde 1965. Mesmo que fosse levado em conta a última alteração em regras de proteção do código florestal esta data não poderia ser posterior a 2001, isso sendo muito generoso, pois a última alteração em regras de APP foi realizada em 1989.
Por essas razões não vemos alternativa sensata à presidente da República se não o Veto integral ao PL 1876/99.
* Em 02 de maio de 2012, por
André Lima - Advogado, mestre em Política e Gestão Ambiental pela UnB, Assessor de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Consultor Jurídico da Fundação SOS Mata Atlântica e Sócio-fundador do Instituto Democracia e Sustentabilidade;
Raul Valle - Advogado, mestre em Direito Econômico pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e Coordenador Adjunto do Instituto Socioambiental;
Tasso Azevedo - Eng. Florestal, Consultor e Empreendedor Sociambiental, ex-Diretor Geral do Serviço Florestal Brasileiro.
http://www.brasildefato.com.br/node/9478
sábado, 5 de maio de 2012
Japão fecha último reator nuclear
O Japão está fechando seu último reator nuclear em
funcionamento neste sábado, deixando o país sem nenhuma energia atômica
pela primeira vez em mais de quatro décadas.
O terceiro reator da usina de Tomari, na região
de Hokkaido, é o último de mais de 50 a ter as operações suspensas para
manutenção, desde que o tsunami de março de 2011 causou o desastre em
Fukushima.Até o ano passado, 30% da energia do país era nuclear, mas agora cada um dos reatores precisa passar por testes para demonstrar que eles são capazes de suportar terremotos e tsunamis.
Centenas de pessoas participaram de uma passeata pelas ruas de Tóquio para celebrar o que eles esperam que seja o fim na energia nuclear no Japão.
"Há tantas usinas nucleares, mas nenhuma funcionará hoje, graças a nossos esforços", disse o ativista Masashi Ishikawa à multidão.
'Falta de energia'
O governo japonês vem fazendo alertas de que o país enfrentará falta de energia durante o verão e defende a reabertura de reatores que já passaram pelos testes e foram considerados seguros - como dois reatores na usina de Ohi, no oeste do Japão.Para que isso aconteça, é necessária a permissão das autoridades locais e ela ainda não foi concedida.
Empresas já foram avisadas de que pode haver consequências para a indústria, caso nenhuma usina nuclear volte a funcionar.
O correspondente da BBC em Tóquio Roland Buerk diz que o governo pode fazer pressão pela reabertura, mas vem se mostrando relutante em ir contra a opinião pública.
Combustíveis fósseis
Para suprir a demanda por energia, o Japão vem aumentando a importação de combustíveis fósseis e companhias de eletricidade estão colocando antigas usinas de energia em funcionamento.Se o país conseguir passar pelo calor do verão sem apagões, analistas dizem que aumentará ainda mais a pressão pelo fim permanente do uso de energia nuclear.
Ao redor de Fukushima, usina que foi seriamente danificada pelo terremoto e tsunami de 2011, uma zona de exclusão de 20 quilômetros continua em vigor.
Explosões aconteceram em quatro dos seis reatores depois dos desastres naturais, devido a uma falha no sistema de resfriamento, o que levou a vazamentos radioativos e à evacuação forçada de milhares de pessoas.
Para que isso aconteça, é necessária a permissão das autoridades locais e ela ainda não foi concedida.Empresas já foram avisadas de que pode haver consequências para a indústria, caso nenhuma usina nuclear volte a funcionar.O correspondente da BBC em Tóquio Roland Buerk diz que o governo pode fazer pressão pela reabertura, mas vem se mostrando relutante em ir contra a opinião pública.Combustíveis fósseisPara suprir a demanda por energia, o Japão vem aumentando a importação de combustíveis fósseis e companhias de eletricidade estão colocando antigas usinas de energia em funcionamento.Se o país conseguir passar pelo calor do verão sem apagões, analistas dizem que aumentará ainda mais a pressão pelo fim permanente do uso de energia nuclear.Ao redor de Fukushima, usina que foi seriamente danificada pelo terremoto e tsunami de 2011, uma zona de exclusão de 20 quilômetros continua em vigor.Explosões aconteceram em quatro dos seis reatores depois dos desastres naturais, devido a uma falha no sistema de resfriamento, o que levou a vazamentos radioativos e à evacuação forçada de milhares de pessoas.
www.bbcbrasil.com.br
sábado, 28 de abril de 2012
A localização no espaço e os Sistemas de Informações Geográficas
01. (UCP) Observe a figura a seguir.
Zonas Climáticas da Terra
As Regiões ou Zonas Temperadas, em termos climáticos, são
aquelas que estão situadas entre os trópicos e os círculos polares. Com relação
às Zonas Temperadas da terra, é correto afirmar que
a) a Zona Temperada do Norte pode ser melhor caracterizada, porque é
constituída, em sua maior parte, de terras emersas, enquanto, no sul, as terras
emersas ocorrem apenas no extremo sul da África, parte da América do Sul e
Oceania.
b) a Zona Temperada Norte está situada entre o trópico de
Capricórnio e o Círculo Polar Ártico, onde o clima temperado é caracterizado
pela forte ocorrência de neve no inverno.
c) o clima Temperado Continental, entre as latitudes de
45º e 55º, aproximadamente, possui verões moderadamente quentes e os invernos
são amenizados pelas correntes marítimas.
d) a vegetação predominante nos domínios do clima
Temperado são os campos e as florestas intertropicais que, no inverno,
costumam ficar cobertas pela neve.
e) as Zonas Temperadas da Terra possuem a vegetação
original bastante preservada, tendo em vista a fraca ocupação humana nessas
áreas em virtude dos rigores do clima.
A
(UDESC) Com relação aos fusos horários, assinale a alternativa incorreta.
(UDESC) Com relação aos fusos horários, assinale a alternativa incorreta.
a) Como o
movimento de rotação é de oeste para leste, os lugares localizados a leste
estão mais adiantados do que os lugares localizados a oeste do globo.
b) Fuso horário é o conjunto de 24
graus de longitude.
c) O
Brasil possui três fusos horários, o primeiro é o oceânico.
d) O
segundo fuso horário brasileiro é o que marca a hora oficial do Brasil.
e) O fuso
horário inicial é o de zero grau de longitude, ou seja, a linha correspondente
ao Meridiano de Greenwich.
B
B
(UDESC)
Sobre o movimento de rotação, pode-se afirmar que:
I.
consiste na volta que a terra dá em torno do seu próprio eixo (de si mesma) e é
realizado de oeste para leste;
II. tem
duração de aproximadamente 24 horas e é responsável pela incidência da luz
solar por todo o Equador;
III. é
responsável pela alternância entre os dias e as noites.
Assinale
a alternativa correta.
a)
Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
b)
Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c)
Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
d)
Somente a afirmativa II é verdadeira.
e) Todas as afirmativas são
verdadeiras.
E
(UFG) Observe as figuras a seguir.
Disponível
em: . Ilustração esquemática,
sem escala. Acesso em: 18 set. 2010.
[Adaptado]
Os ângulos de incidência dos raios solares sobre a
superfície da Terra, demonstrados nas figuras, apresentam duas situações
distintas, que caracterizam os solstícios e os equinócios. Em ambas as figuras,
o ponto A representa uma cidade sobre a linha do equador, ao meio-dia. A Figura
2 mostra a incidência do sol três meses após a situação ilustrada na Figura 1.
A Figura 1 representa o
a) equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a
incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A.
b) equinócio de primavera no hemisfério sul, quando a
incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da Terra em A.
c) equinócio de outono no hemisfério sul, quando a incidência dos raios
solares é perpendicular à superfície da Terra em A.
d) solstício de verão no hemisfério norte, quando a
incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A.
e) solstício de inverno no hemisfério sul, quando a
incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A.
C
(UFAL) Vários estudantes viajaram para o Hemisfério Norte,
mais especificamente para a Europa Ocidental. Passaram alguns meses, em grupo,
estudando numa determinada universidade europeia, e constataram que naquela
parte do planeta a duração dos dias e das noites era muito diferente da que se
observava em Alagoas. O que justifica essa diferença?
a) O Hemisfério Norte recebe sempre mais insolação que o
Hemisfério Sul.
b) O Hemisfério Sul, onde se situa o Estado de Alagoas,
possui mais águas do que continentes.
c) A Europa tem relevo mais elevado do que as terras do
Hemisfério Sul.
d) O movimento de translação da Terra e a inclinação do eixo terrestre
justificam a desigualdade de duração dos dias e das noites.
e) A desigualdade de duração dos dias e das noites é mais
pronunciada durante os equinócios; o grupo de estudantes chegou àquele
continente numa época equinocial.
D
(UFAL) Observe atentamente a figura a seguir.
As informações contidas na figura acima mostram:
a) o mecanismo de formação dos ventos alísios no
Hemisfério Norte.
b) a profundidade das geoesferas.
c) o desvio de Coriolis.
d) o conceito de latitude
e) a
formação das marés.
D
(UFLA) Observe a imagem e a legenda abaixo:
Veículo equipado com GPS de bordo e um software com
mapas, que indicam
a posição do veículo e o caminho a percorrer até um
determinado ponto.
As afirmativas abaixo mantêm relação com a imagem e a
legenda apresentada, EXCETO:
a) Essas tecnologias associam-se aos satélites
artificiais.
b) As informações sobre a localização do veículo são
transferidas para um mapa digitalizado.
c) O GPS funciona somente no ambiente urbano, devido à presença de
torres de telefonia.
d) Esse
sistema de localização tem como princípio o uso das coordenadas geográficas.
C
(UFRN) Parte considerável da energia que atinge a Terra é
proveniente do Sol. A distribuição da insolação na superfície é condicionada,
dentre outros fatores, pelo grau de inclinação da Terra em relação ao Sol.
Observe a figura abaixo.
IBEP. Atlas geográfico escolar. São
Paulo, 2008, p. 16. [Adaptado].
Considerando as informações da Figura e os
fatores “incidência da radiação solar” e “latitude”:
a) justifique por que ocorrem diferenças de
temperatura entre Natal e Murmansk.
b) apresente um exemplo de uma atividade econômica na Cidade de Natal
que é diretamente favorecida pela incidência de radiação solar. Justifique.
Resposta:
a) As diferenças de temperatura entre Natal e
Murmansk ocorrem porque a incidência de radiação solar na superfície da Terra
não é uniforme, em função de sua forma aproximadamente esférica e do movimento
que a Terra executa em torno do Sol. Sendo assim, nas áreas de baixa latitude
(Intertropical, Tropical ou Equatorial), como em Natal, os raios solares
incidem verticalmente ou perpendicularmente, favorecendo a ocorrência de temperaturas
elevadas. Nas áreas de elevada latitude (zonas polares), como em Murmansk, os
raios solares incidem de forma oblíqua ou inclinada, contribuindo para o
registro de temperaturas baixas.
b) Turismo – o desenvolvimento desta atividade
é beneficiado pelos elevados índices de insolação que ocorrem durante todo o
ano em Natal, visto que sua base fundamenta-se na modalidade “sol e mar”.
ou:
Carcinicultura – é uma atividade econômica desenvolvida em Natal
que necessita da constante incidência solar para uma melhor produção.
(UNESP) Analise o mapa dos fusos horários.
(Maria E. M. Simielli. Geoatlas, 2009. Adaptado.)
Você embarcou em Brasília no dia 18 às 22h00 locais. A
rota a ser seguida passa sobre o continente Africano, o que estabelece 23 horas
de viagem.
Que dia e horário você chegará em Melbourne, Austrália?
a) Dia 20 às 18h00.
b) Dia 20 às 10h00.
c) Dia 18 às 11h00.
d) Dia 19 às 21h00.
e) Dia 19
às 11h00.
B
(UFLA) Analise as informações abaixo:
- São
linhas imaginárias traçadas paralelamente ao Equador.
- É
a distância medida em graus de qualquer ponto da superfície terrestre ao
Equador.
- São
linhas imaginárias que cortam perpendicularmente o globo e vão de um pólo a
outro.
- É
a distância medida em graus de qualquer ponto da Terra ao meridiano de
Greenwich.
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao tema a que
se referem tais informações.
a) Dizem respeito ao entendimento da cartografia
(projeções, escalas e outros).
b) Dizem respeito ao sistema de localização baseado nas coordenadas
geográficas.
c) Dizem respeito ao sistema de fusos horários.
d) Ajudam
a definir diferentes zonas de temperatura do planeta.
B
(PUC-PR) Cada faixa de latitude apresenta dificuldades próprias que
repercutem na vida das sociedades e na sua forma de organização do espaço.
Sobre esse tema, avalie as opções abaixo. Em
seguida, marque com V as verdadeiras e com F as falsas.
(___) Nas latitudes equatoriais a variação térmica
anual é pequena; há um ciclo diário bem definido. A
partir do nascer do sol, a temperatura aumenta
paulatinamente, assim, por volta das 15 horas/16 horas, ocorrem tempestades e
aguaceiros. São as chuvas do ‘”fim da tarde” que servem para regular a rotina
diária dos habitantes.
(___) Na faixa em torno dos 30º de latitude, em
ambos os hemisférios, situam-se os desertos quentes, que ocupam áreas
vastíssimas. Suas populações convivem com ventos destruidores que levantam
tempestades de areia, responsáveis pela aridez sobre as regiões adjacentes,
fenômeno conhecido como desertificação.
(___) Na região tropical, basicamente em torno do
oceano Índico, ocorre o fenômeno das monções, que se caracteriza por um
contraste acentuado entre a estação seca e úmida. Longas estiagens alternam-se
com chuvas intensas e destruidoras.
(___) Nas altas latitudes, os habitantes estão
acostumados a frequentes mudanças de tipos de tempo, embora raramente se
registrem excessos de calor ou de frio. É a zona onde se revezam as influências
do ar tropical e do ar polar, com avanços e recuos das frentes durante todo o
ano. É ali que as quatro estações são bem caracterizadas.
(___) Nas médias latitudes, os habitantes estão
preparados para o frio rigoroso. O vento sopra com frequência a mais de 100
km/hora, varrendo os flocos de neve de maneira a reduzir a visibilidade a quase
zero. As tempestades geladas representam um dos maiores perigos e ameaças aos
cientistas e aos moradores das regiões Ártica e Antártica.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) V - V - F - F - F
b) F - V - F - V - V
c) V - V - V
- F - F
d) F - F - F - V - V
e) V - F - F - F - V
C
VESTIBULAR 2010
(UERJ) A obtenção de imagens aéreas da superfície terrestre
representou um grande impulso para as técnicas de mapeamento, dando-lhes maior
precisão e aplicabilidade. Essas inovações só se tornaram possíveis no século
XX, com a invenção do avião e, posteriormente, com a utilização de satélites
artificiais.
Observe a
imagem feita por satélite de uma erupção vulcânica ocorrida em 2004 na Oceania:
www.apolo11.com
Considerando o processo de representação cartográfica,
indique duas vantagens da obtenção de imagens da superfície terrestre por
satélites em comparação com as imagens obtidas por fotografias aéreas. Em
seguida, aponte duas utilizações das imagens de satélite para o estudo da
superfície terrestre.
Resolução:
Duas das vantagens:
- imagens coloridas
- mapeamento de superfícies maiores
- obtenção de imagens de forma imediata
- cobertura de praticamente toda a superfície terrestre
- obtenção de imagens de forma praticamente ininterrupta
Duas das utilizações:
- uso militar
- serviços meteorológicos
- monitoramento das queimadas
- diferentes tipos de mapeamentos
- monitoramento do desmatamento
- identificação
de áreas atingidas por secas, inundações, geadas
(UFRGS) Ainda é 31 de dezembro no
Brasil quando a televisão noticia a chegada do ano Novo em diferentes países.
Entre os países que comemoram a chegada do Ano Novo antes do Brasil,
encontram-se a Austrália, a Nova Zelândia e o Japão.
Este fato se deve
a) à inclinação do eixo
terrestre.
b) ao movimento de rotação
terrestre.
c) ao movimento de translação
terrestre.
d) à maior proximidade do sol no
verão.
e) a diferença de latitude entre
esses países e o Brasil.
B
(PUCRS) Um avião que parte de Tóquio, no Japão, às 18h20min de uma
quarta-feira, aterrissa em São Francisco, costa oeste dos Estados Unidos da
América do Norte, às 10h50min do mesmo dia, após um tempo de voo de 9 horas e
meia.
Sobre essa situação, é correto afirmar que ela
a) não é verdadeira, porque há uma diferença de 24 horas
entre Tóquio e São Francisco.
b) é possível, pois o avião atravessou a Linha
Internacional de Data no sentido de oeste para leste.
c) é verdadeira, e só foi possível porque tanto os Estados
Unidos da América do Norte quanto o Japão estão localizados no Hemisfério Sul.
d) é verdadeira, e só pode acontecer porque Tóquio está localizada no
hemisfério oriental e São Francisco está no hemisfério ocidental, e a rota
utilizada pela aeronave é a de menor distância entre os aeroportos, cruzando a
Linha Internacional de Data.
e) não seria possível porque, ao passar pela Linha
Internacional de Data, necessariamente os relógios devem ser adiantados ou
atrasados em um dia, portanto o avião chegaria somente no dia seguinte a São
Francisco.
D
(UEG)
Observe o gráfico a seguir. Considerando que o eixo X corresponde à Linha do
Equador e o eixo Y corresponde ao Meridiano de Greenwich, responda as questões
a seguir.
Considerando
que no ponto A são 14 horas, calcule o horário local do Ponto B. Em sua
resposta, desconsidere a possibilidade da existência de horário de verão e de
horas cifradas:
a) 20 horas
b) 18 horas
c) 17 horas
d) 8 horas
D
(PUCRS)
Levando em consideração o horário, a posição do sol, a
posição da sombra e a latitude, é possível concluir que o menino do desenho se
encontra no Hemisfério _________, pois ___________________.
a) Norte – o sol encontra-se ao norte, posição permanente,
nesse horário, nos equinócios
b) Sul – a sombra, nesse horário, está ao sul, local de
entrada de luminosidade em todas as estações do ano
c) Norte – o sol encontra-se ao norte, lugar de entrada da
luminosidade no verão
d) Sul – o sol encontra-se ao norte, lugar de entrada de maior
luminosidade, em todas as estações do ano
e) Norte – a sombra encontra-se ao norte, lugar de entrada
de maior luminosidade em todas as estações do ano
D
Identifique as coordenadas geográficas correspondentes,
respectivamente, aos pontos B e A:
a) 30º de Lat. Sul e 45º de Long. Leste; 90º de Lat. Sul e
60º de Long. Leste
b) 45º de Lat. Norte e 30º de Long. Oeste; 90º de Lat. Sul
e 60º de Long. Leste
c) 30º de Lat Norte e 45º de Long. Oeste; 60º de Lat. Sul
e 90º de Long. Leste
d) 30º de
Lat. Sul e 45º de Long. Leste; 60º de Lat. Norte e 90º de Long. Leste
B
(PUCMG) Observe o mapa abaixo, contendo os fusos horários globais. Numa
situação hipotética, um indivíduo que reside na cidade de Manaus (60ºW) pega um
voo, em direção a Moscou (45ºE), às 6 horas. Supondo-se que o tempo de voo
entre as duas cidades é de 18 horas, o passageiro iria desembarcar no destino
final, no horário de Greenwich, às:
a) 04:00h.
b) 24:00h.
c) 18:00h.
d)
06:00h.
A
(UFAM) A novela da Rede Globo “Caminho das Índias”,
mostrou na cena do dia 23 de maio, a seguinte situação: “Após ganhar alguns
presentes e flores de Ramiro, Melissa fica muito desconfiada da atitude
‘bondosa’ e pega o carro dele para ver no GPS os lugares que o marido
foi – assim, descobre que o presidente da Cadore estacionou o carro em frente
ao prédio de Gaby tarde da noite”.
http://www.tudoagora.com.br/noticia/19231/Novelas-da-Globo-Caminho-das-Indias-Melissa-descobre-traicao-de-Ramiro-eagride-Gaby.html
-
Acesso em: 1 set. 2009
Sobre o GPS, leia as assertivas abaixo e assinale
somente as que estão corretas:
I. O
GPS é considerado, atualmente, a mais moderna e precisa ferramenta de
determinação da posição de um ponto da superfície terrestre. É um termo em
inglês que significa Global Positioning System.
II. O
GPS permite apenas o monitoramento de deslocamentos realizados em pequenas
distâncias de um ponto para outro, em linha reta.
III. O GPS é um instrumento de orientação utilizado apenas em automóveis
importados.
IV. O
GPS representa uma tecnologia desenvolvida inicialmente para fins bélicos. Foi
durante a
Guerra do Golfo que sua aplicação obteve sucesso.
V. GPS
é um sistema que se baseia na utilização de mapas e cartas milimetricamente
representadas em um gráfico de escalas pequenas.
a) Apenas I e IV são corretas.
b) Apenas II e V são corretas.
c) Apenas I e III são corretas.
d) Apenas II e III são corretas.
e) Apenas
IV e V são corretas.
A
(PUCRIO)
Prática adotada pelo Estado brasileiro desde a década de
1930, o horário de verão é uma estratégia para economizar energia no setor
público e privado. Apesar das controvérsias em relação a essa prática não serem
poucas, desde 1985 não houve interrupção na sua aplicação no país.
a) Explique, com base nas faixas latitudinais do território brasileiro no
hemisfério Sul, a escolha, pelo Estado, das unidades da federação que adotam o
horário de verão.
b) Apresente um motivo que justifique a não adoção do horário de verão
por alguns estados da federação, mesmo estes estando na mesma faixa latitudinal
de outras unidades que o aplicam.
Resolução
a) A definição dos estados brasileiros ocorre de acordo com as faixas
latitudinais no hemisfério Sul, quando eles (os estados) se localizam nas
latitudes mais elevadas (ou mais ao Sul) do território brasileiro. Tal escolha
se justifica pela significativa diferença que há entre as horas diurnas e
noturnas nos dois meses que antecedem e sucedem o solstício de verão nas
unidades federadas mais distantes da linha do Equador (os dias são mais longos
do que as noites). Nessas localidades, reduz-se, com o horário, a demanda por
energia no período de suprimento mais crítico do dia, ou seja, que vai das 18h
às 21h, quando a coincidência de consumo por toda a população provoca um pico
de consumo, denominado "horário de ponta". Nas latitudes inferiores a
15° (portanto, mais próximas da linha do Equador), não há mudanças
significativas entre as horas de luz e de trevas ao longo do mesmo período e a
adoção do horário de verão seria inócua.
b) O horário de verão é uma estratégia de economia de energia. Assim
sendo, no caso brasileiro, é no Centro Sul que ocorre o maior consumo
energético, devido à concentração demográfica em grandes núcleos urbanos e das
expressivas e diversificadas atividades econômicas que usam bastante energia.
No caso de estados da federação na mesma faixa latitudinal do horário de verão
que não o adotam (como Rondônia e Bahia, por exemplo), as causas elencadas são
duas: a unidade federada se insurgiu contra o adiantamento da hora oficial
(mesmo a mudança respaldada, legalmente, pelo Decreto-Lei nº 4.295, de 13 de
maio de 1942) e resolveu não acatar a decisão federal (Bahia) ou as atividades
de consumo energético da unidade são pouco expressivas (Rondônia), e a adoção
do horário de verão desnecessária.
(UFV) Suponha que sejam 9 horas em Viçosa (MG) e que você, estando aqui,
precisa planejar uma ligação interurbana para uma pessoa em Boa Vista (RR), que
poderá ser encontrada, nessa cidade, às 11 horas, hora local desse estado.
Com base
no mapa abaixo, o procedimento CORRETO para efetuar essa ligação é:
a) aguardar duas horas para fazer sua ligação porque no
Brasil, embora sejam reconhecidos os limites teóricos dos fusos horários de 15º
de longitude, consideram-se apenas os limites práticos definidos pelas
fronteiras estaduais.
b) aguardar uma hora para fazer sua ligação porque no
Brasil, embora sejam reconhecidos os limites teóricos dos fusos horários de 15º
de longitude, consideram-se apenas os limites práticos definidos pelas
fronteiras estaduais.
c) fazer sua ligação imediatamente, porque o horário do
fuso em que se encontra o estado de Minas Gerais é o mesmo em que se encontra o
estado de Roraima.
d) aguardar três horas para fazer sua ligação porque no Brasil, embora
sejam reconhecidos os limites teóricos dos fusos horários de 15º de longitude,
consideram-se apenas os limites práticos definidos pelas fronteiras estaduais.
D
(UFMT) Em junho de 2008, passou a vigorar no Brasil nova distribuição de
fusos horários. Sobre o assunto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F
para as falsas.
( ) A diferença entre o horário de Brasília e os dos
estados do Acre e do Amazonas foi reduzida.
( ) A mudança no fuso horário contribuiu para o
processo de integração nacional favorecido pelas tecnologias da informação,
especialmente em relação ao Acre.
( ) A mudança do fuso horário brasileiro também atendeu
à solicitação das emissoras de televisão, depois que o Estado determinou a
exibição dos programas em horários de acordo com a classificação indicativa por
faixa etária.
( ) Essas modificações auxiliam o trabalho dos
meteorologistas, que deixam de ficar sob o comando do horário Zulu (Z) e passam
a fazer as medições meteorológicas tendo o horário universal do meridiano de
Greenwich, na Inglaterra, como referência.
Assinale a seqüência correta.
a) V,
V, F, F
b) V, F, F, V
c) F, V, V, F
d) F, F, F, V
e) V, V, V, F
E
(UFAL)
A África do Sul está
a 2 horas adiantada em relação ao Meridiano de Greenwich. Sabendo-se que o jogo
de abertura da Copa do Mundo de 2010 foi realizado no dia 11 de junho, às 16
horas (horário sulafricano), que horas eram na capital alagoana na hora do
início do jogo?
a) 11 horas
b) 13
horas
c) 16
horas
d) 18
horas
e) 21
horas
A
VESTIBULAR 2009
(UFPEL) O movimento de translação é a órbita que a Terra
percorre ao redor do Sol. Essa trajetória é realizada em 365 dias, 5 horas, 48
minutos e 48 segundos, a uma velocidade média de 29,9 km/s.
Devido à inclinação do eixo da Terra em relação ao plano
de sua órbita, o planeta é iluminado de maneira diferente pelo Sol, em
determinadas e diferentes épocas do ano, o que ocasiona as quatro estações do
ano.
Com relação ao movimento de translação da Terra, é correto
afirmar que
a) as ocorrências dos solstícios se dão nos momentos em que o Sol, a partir
da Terra, se encontra o mais distante possível do “Equador celeste”, para norte
ou para o sul.
b) os momentos em que a Terra está no periélio coincidem
com o início dos solstícios de inverno e de verão.
c) os momentos em que a Terra está no afélio coincidem com
o início dos equinócios de primavera e do de outono.
d) a incidência da luz do Sol de maneira igual sobre os
dois hemisférios, em determinada época do ano, caracteriza os solstícios.
e) a maior incidência da luz do Sol em uma época do ano
sobre o hemisfério norte, e em outra sobre o hemisfério sul, caracteriza os
equinócios.
A
(UERJ) Se uma imagem vale mais do que mil palavras, um
mapa pode valer um milhão – mas cuidado. Todos os mapas distorcem a realidade.
(...) Todos os cartógrafos procuram retratar o complexo mundo tridimensional em
uma folha de papel ou em uma televisão ou tela de vídeo. Em resumo, o autor
avisa, todos os mapas precisam contar mentirinhas.
MARK MONMONIER Traduzido de How to lie with maps.
Chicago/London: www.nationalgeographic.com The University of Chicago Press,
1996.
Observe o planisfério acima, considerando as ressalvas
presentes no texto.
Para deslocar-se seqüencialmente, sem interrupções, pelos
pontos A, B, C e D, percorrendo a menor distância
física possível em rotas por via aérea, as direções aproximadas a serem
seguidas seriam:
a) Leste – Norte – Oeste
b) Oeste – Norte – Leste
c) Leste – Noroeste – Leste
d) Oeste – Noroeste – Oeste
A
(UCS-RS) Quando observamos o céu, temos a impressão de que
nosso planeta está parado e que os outros astros é que se movem. Entretanto, a
Terra realiza diversos movimentos, que afetam nossas vidas. O movimento de
translação e a inclinação do eixo terrestre, por exemplo, determinam a
desigualdade na distribuição de luminosidade e calor na Terra, conforme os
períodos do ano.
Assinale a alternativa, no quadro abaixo, que apresenta
corretamente os dados do movimento de translação com relação às estações do
ano.
Resposta:
alternativa b
(UFMA) A figura abaixo representa uma rede geografica de
uma determinada area da superficie terrestre. Quais as coordenadas geograficas
das cidades A e B, respectivamente?
a) 20o 30’ de longitude leste; 2o 00’ de latitude sul e 22o 00’ de
longitude leste; 0o 30’ de latitude sul
b) 20o 30’ de latitude oeste; 2o 00’ de longitude sul e
22o 00’ de latitude oeste; 0o 30’ de longitude sul
c) 20o 30’ de longitude leste; 2o 00’ de latitude norte e
22o 00’ de longitude leste; 0o 30’ de latitude norte
d) 20o 30’ de longitude oeste; 2o 00’ de latitude norte e
22o 00’ de longitude oeste; 0o 30’ de latitude
norte
e) 20o 30’ de latitude leste; 2o 00’ de longitude norte e
22o 30’ de latitude leste; 0o 30’ de longitude
norte
A
(UESPI)
Observe a figura e as afirmações a seguir.
1. A
inclinação do eixo da Terra não é uma das causas principais do mecanismo das
estações do ano verificadas nas áreas de latitudes médias.
2. A
situação indicada na figura corresponde à época em que o Hemisfério Boreal se
encontra no verão.
3. Na
época considerada na figura, o Pólo Sul encontra-se na Grande Noite Polar,
ocasião em que as temperaturas baixam consideravelmente.
4. Um
observador que esteja situado no ponto A verá o Sol nascer antes do observador
B, que se encontra ao Sul do Equador geográfico.
Estão
corretas apenas:
a) 1 e 4
b) 2 e 3
c) 1 e 2
d) 1 e 3
e) 2, 3 e 4
E
(UFAL) Sobre o tema Movimentos da Terra, são apresentadas
a seguir cinco afirmações. Uma delas, contudo, é incorreta. Assinale-a.
a) O afélio é o momento em que a Terra, em sua órbita em
torno do Sol, mais dele se afasta.
b) O desvio dos ventos alísios dos hemisférios Norte e Sul
é uma das conseqüências do movimento de rotação.
c) As estações do ano, que são bem marcadas na faixa das latitudes
médias, decorrem do movimento de rotação anual, da inclinação do eixo terrestre
e da atração gravitacional da Lua.
d) A Terra encontra-se no solstício quando o Sol, em seu
movimento aparente anual em torno da Terra, “atinge” o Trópico de Capricórnio
ou de Câncer.
e) As correntes marinhas sofrem, em suas trajetórias,
influências nítidas do movimento de rotação.
C
(UNICAMP)
"Nos primeiros dias do outono subitamente entrado, quando o escurecer toma
uma evidência de qualquer coisa prematura, e parece que tardamos muito no que
fazemos de dia, gozo, mesmo entre o trabalho quotidiano, essa antecipação de
não trabalhar..."
(Fernando Pessoa, "Livro do Desassossego".
Campinas: Editora da Unicamp, 1994, vol. II, p. 55).
a)
Compare as características do outono em Portugal (terra natal de Fernando
Pessoa) com o outono da região nordeste do Brasil.
b)
Diferencie "solstício" de "equinócio".
Resolução
a) As
estações ocorrem, em datas diferentes pois são localizadas em hemisférios
opostos. O outono em Portugal, hemisfério norte, entre 23 de setembro e 21 de
dezembro possui temperaturas amenas e marca o início das chuvas do inverno
mediterrâneo. A Região Nordeste, no hemisfério sul, tem outono entre 21 de
março e 21 de junho marcado pelo início do período chuvoso, importantes para o
Sertão.
b) O
solstício (dia de maior duração) marca o início do verão e do inverno. A Terra
encontra-se mais afastada do Sol em sua translação, com inclinação máxima do
eixo de rotação em relação ao plano de órbita, fazendo com que os dias tenham
maior duração no verão e menor no inverno. Ocorre nos dias 21 de dezembro no
hemisfério sul com o Sol incide sobre o trópico de Capricórnio e em 21 de junho
no hemisfério norte com o Sol posicionado sobre o trópico de Câncer. O
equinócio (dia de igual duração) marca o início da primavera e do outono. A
Terra encontra-se mais próxima do Sol na elipse de translação, com menor
inclinação do eixo de rotação em relação ao plano de órbita com os raios
solares projetando-se perpendicularmente sobre a linha do Equador, propiciando
um dia com igual duração nos dois hemisférios. No dia 23 de setembro temos a
primavera do hemisfério sul e em 21 de março no hemisfério norte.
(UTRPR)
Durante a translação da Terra e em função da sua obliquidade e esfericidade, o
ângulo de incidência dos raios solares se modifica durante o ano. Assinale a
única alternativa correta sobre os fenômenos observados quando ocorrem os
equinócios durante o ano.
a) A incidência do Sol é vertical sobre o Equador e mais oblíqua perto
dos pólos.
b) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de
Câncer e oblíqua no Equador.
c) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de
Capricórnio e oblíqua na latitude 23ºS.
d) A duração do dia é maior que a duração da noite no
Hemisfério Sul.
e) A duração do dia é menor que a duração da noite no
Hemisfério Sul.
A
(UTRPR) Por possuir uma grande extensão no sentido
leste-oeste, o Brasil abrange três fusos horários, sendo que o horário de
Brasília é adotado como a hora legal do país. A esse respeito analise as
afirmações abaixo:
I) A hora de Brasília encontra-se 3 horas defasada em
relação à hora de Greenwich, sendo que durante o horário de verão, no Brasil,
essa diferença diminui para 2 horas.
II) Geralmente, o horário de verão é adotado apenas nos
estados brasileiros mais distantes da Linha do
Equador porque, nos locais mais ao norte do país, a
variação do fotoperíodo (parte do dia iluminado
pela luz solar) é pequena entre as estações.
III) Durante a vigência do horário de verão de 2006/2007,
os relógios dos Estados do centro-sul foram
adiantados em 1 hora. Logo, se os relógios em Brasília
marcassem 14 horas, nessa situação, no Acre
seriam 15 horas e, nos estados da região nordeste, mais ao
leste, seriam 12 horas.
IV) O horário de verão apresenta muitos benefícios em
relação a economia no consumo de energia, e por isso é adotado também em muitos
países da Europa e América do Norte, que encontram-se em latitudes mais
elevadas que o Brasil.
Estão corretas apenas as afirmações:
a) I, II e IV.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I e
II.
A
(UNIFEI) O horário de verão é um recurso adotado em vários
países para evitar sobrecarga do sistema de produção e distribuição de energia
elétrica nos períodos de pico. No Brasil o horário de verão é adotado nos meses
de outubro a fevereiro, quando os relógios são adiantados em uma hora. Em
relação ao horário de verão, é incorreto afirmar:
a) Próximo a linha do Equador o horário de verão não é
adotado, pois a variação de fotoperíodo, quando existe, é muito pequena.
b) Nos meses iniciais e finais do ano, o dia tende a ser
mais longo do que a noite, principalmente nos estados mais ao sul do Brasil.
c) A economia de energia total é muito grande, acima de 15%.
d) Além do Distrito Federal, o horário de verão é adotado nos seguintes
estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro,
Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
C
C
(PUCRIO)
Levando-se em consideração que, no dia em que esta foto foi tirada, o Sol se
pôs exatamente atrás da estátua do Cristo Redentor, podemos AFIRMAR que:
a) o Pão
de Açúcar está situado ao norte da parte frontal da estátua do Cristo Redentor.
b) o braço direito do Cristo
Redentor está apontando para a direção sul.
c) o
leste está na direção da parte de trás da estátua do Cristo Redentor.
d) a
enseada de Botafogo está ao sul da parte frontal da estátua do Cristo Redentor.
e) o
braço esquerdo do Cristo Redentor está apontando para a direção oeste.
B
(UEL)
Recentemente, o governo federal reduziu de quatro para três o número de fusos
horários existentes no país. Com base nos conhecimentos sobre fusos horários no
Brasil, é correto afirmar que os estados atingidos pela mudança foram:
a) Pará,
Mato Grosso e Amapá, que passaram de 2 para 1 hora a menos de diferença em
relação a Brasília, em todos os seus municípios.
b)
Amazonas, Mato Grosso e Roraima, que passaram a ter a mesma hora de Brasília,
em todos os seus municípios.
c) Acre, Roraima e Amazonas, que
passaram para 1 hora a menos de diferença em relação a Brasília e Pará, estado
que passou a ter a mesma hora da capital do país.
d) Acre,
Roraima e Amapá, que passaram de 2 para 1 hora de diferença em relação a
Brasília.
e) Pará,
Mato Grosso e Amapá, que passaram de 1 para 2 horas a mais de diferença em
relação a Brasília, em todos os seus municípios.
C
C
(UFSJ) Observe
o mapa do Brasil abaixo.
Sobre as capitais brasileiras representadas nesse mapa, é CORRETO
afirmar que
a) com as mudanças ocorridas este ano no fuso horário
brasileiro, a região norte não possui mais nenhuma capital que segue o fuso
horário de Brasília.
b) todas as capitais do território brasileiro localizam-se
no hemisfério meridional e possuem horas atrasadas em relação ao Meridiano de
Greenwich.
c) as capitais localizadas na porção oriental do nosso território, como
as capitais nordestinas, estão sob a influência do segundo fuso-horário
brasileiro.
d) como a Terra gira de leste para oeste, as capitais
litorâneas são as primeiras a receber a luz do Sol.
C
(UFSJ)
Observe a figura abaixo.
A partir da análise da figura é CORRETO afirmar que
a) o hemisfério sul é mais iluminado pelos raios solares; nesse
hemisfério, os dias são maiores e as noites menores.
b) devido ao movimento de translação da Terra, no mesmo
dia, quando amanhece no hemisfério ocidental ainda é noite no hemisfério
oriental.
c) os pólos terrestres recebem a mesma quantidade de luz
ao longo do ano, enquanto é dia no pólo norte é noite no pólo sul.
d) os raios solares atingem perpendicularmente a linha
imaginária do Trópico de Câncer.
A
VESTIBULAR 2008
(Unicuritiba) Observe atentamente o planisfério abaixo e
avalie as afirmativas que se seguem, a respeito da localização no globo
terrestre e suas implicações de ordem física e socioeconômica.
( ) Os pontos 1, 4 e 6 localizam-se
em áreas de baixa latitude, caracterizadas pela incidência perpendicular dos
raios solares, verões chuvosos e elevadas amplitudes térmicas anuais.
( ) Não há diferença de latitude entre os pontos 4 e
6, mas o ponto 6, situado a 40º de longitude ocidental, está 12 horas
atrasado em relação ao ponto 4.
( ) O ponto 5 localiza-se no fuso referencial
para marcação dos horários no mundo. Quando no meridiano de 5 o relógio
estiver marcando 12 horas e 30 minutos, no ponto 2 serão 21 horas e 10
minutos do mesmo dia.
( ) Por estarem localizados em idêntica faixa térmica,
os pontos 2 e 3 possuem paisagens climatobotânicas muito
semelhantes, com predomínio de pradarias e bosques decíduos temperados.
( ) No ponto 1, a combinação entre clima úmido,
relevo plano e solos férteis criou condições ideais para o cultivo de gêneros
tropicais como a borracha, o cacau e a cana-de-açúcar.
Resposta: FVFFF
(UCS/RS) O globo terrestre é uma forma de representação da
Terra. Nele podemos observar as linhas imaginárias, importantes para o
estabelecimento das coordenadas geográficas, que são medidas
estabelecidas para localizar um ponto na superfície do
planeta.
Considerando as coordenadas geográficas, associe os termos
listados na Coluna A aos conceitos
apresentados na Coluna B.
COLUNA A
1 latitude
2 longitude
3 paralelos
4 meridianos
COLUNA B
( ) linhas imaginárias verticais que convergem para os
pólos
( ) linhas imaginárias cujo plano é perpendicular ao
eixo de rotação da Terra
( ) distância, expressa em graus, cujo ponto inicial é
Greenwich
( ) medida, em graus, que estabelece as coordenadas ao
norte e ao sul
Assinale a alternativa que preenche corretamente os
parênteses da Coluna B, de cima para baixo.
a) 1, 2, 3, 4
b) 1, 2, 4, 3
c) 4, 3, 2, 1
d) 3, 1, 2, 4
e) 3, 2,
1, 4
C
(Uepg-adap) A linha do
Equador e o trópico de Capricórnio cortam o território brasileiro. Considerando
a posição do Brasil em relação a esses dois círculos, assinale o que for
correto.
( ) Os estados
brasileiros a leste de Brasília estão localizados no hemisfério oriental,
enquanto os estados a oeste da capital se localizam no hemisfério ocidental.
( ) O ponto extremo norte
do Brasil e o ponto extremo norte do estado do Paraná encontram-se no
hemisfério norte, enquanto os pontos extremos sul, do país e do estado do
Paraná, estão no hemisfério sul.
( ) Os estados
brasileiros localizados entre o Equador e o trópico de Capricórnio estão na
zona temperada do sul, totalmente ou em parte.
( ) Uma pequena parte do
território brasileiro está localizada no hemisfério norte, e a maior parte, no
hemisfério sul.
( ) O
Paraná, que é atravessado na sua parte norte pelo trópico de Capricórnio, tem a
maior parte do seu território localizada na zona temperada.
Resposta:
FFFVV
(Ufpi) Sabendo-se que as coordenadas geográficas
correspondem a um dos elementos básicos das representações cartográficas, é
correto afirmar que:
a) Indicam a localização geográfica de lugares e são componentes
indispensáveis aos mapas.
b) Correspondem a um sistema de orientação e servem para
identificar zonas climáticas regionais.
c) São símbolos utilizados para fazer a relação entre a
distância real e a distância gráfica dos mapas.
d) São referências gráficas que indicam áreas de mesma
temperatura no globo terrestre.
e) São
sinais aplicados na delimitação de cotas altimétricas e batimétricas do relevo.
A
(Facig) As Coordenadas
geográficas representam um dos elementos básicos da representação
cartográfica. Quanto a sua
aplicação na cartografia, é incorreto
afirmar.
a) Resultam do desenvolvimento das
técnicas cartográficas para a elaboração de mapas.
b) Servem para determinar um ponto
na superfície terrestre.
c) Os símbolos são as linguagens
visuais do mapa.
d) A precisão da localidade é dada
em graus, minutos e segundos da latitude e longitude.
e) Serve, apenas, como referências
gráficas, que indicam áreas de mesma temperatura no globo
terrestre.
E
(Ufpi) Um grupo de geógrafos partiu do delta do rio
Parnaíba, no Piauí, em direção a Roraima, para
visitar o monte Caburaí. Observe o mapa a seguir e
considere a diferença de fuso horário entre os dois
estados e o tempo de viagem de três horas, para chegar ao
destino às 17 horas. O grupo de geógrafos deve ter partido do Piauí às:
a) 12 horas
b) 14 horas
c) 15 horas
d) 19 horas
e) 20
horas
C
(Ufpi) Enquanto os piauienses estão tomando o café da
manhã, os italianos já estão almoçando e os japoneses já se preparam para o
jantar. Isto ocorre porque foram estabelecidos diferentes fusos horários para
os vários países do mundo, conforme a localização geográfica de cada um, com
base nas diferenças de luminosidade decorrentes do movimento de rotação da
Terra.
Sobre essa questão, está correto afirmar:
a) Todos os países localizados ao longo de um mesmo
paralelo têm o mesmo fuso horário.
b) A Terra está dividida em 24 faixas de meridianos que
equivalem a 15° cada uma, calculadas em relação ao Equador, chamadas de fusos
horários.
c) O estabelecimento da “hora legal” tem base nos fusos
horários, considerando as faixas de 15° formadas pelos meridianos terrestres,
enquanto a “hora local” tem base na posição dos locais em relação às suas
latitudes.
d) Considerando que a Terra gira de oeste para leste, o Sol “nasce”
primeiro nos países de fusos horários a Leste do Meridiano Zero.
e) Cada fuso horário contém paralelos de 15° graus, por
isso ocorrem diferenças de horas nos países que se localizam no Leste em
relação aos do oeste do globo terrestre.
D
(Unifesp) Um congresso internacional, com sede em Roma,
promoverá uma videoconferência no dia 20 de abril, às 14h00 do horário local,
da qual participarão pesquisadores que estarão nessa cidade, em São Paulo, em
Tóquio e em Mumbai. Observe o mapa e assinale a alternativa que indica o
horário em que cada pesquisador deverá estar com seu computador “plugado” no
evento.
Resposta:
b
(Puc-rio) O gráfico abaixo
apresenta o número de horas mensais de insolação em algumas cidades litorâneas
brasileiras. Suponhamos uma provável viagem de um grupo de turistas
estrangeiros, no final da década de 1980, para o Brasil, em busca de dias
ensolarados, durante a primavera do hemisfério sul.
Aponte duas cidades do litoral brasileiro,
selecionadas no gráfico, onde a ocorrência de dias claros foi maior, no período
considerado.
a) João Pessoa e Florianópolis.
b) João Pessoa e Fortaleza.
c) Rio de Janeiro e Fortaleza.
d) Rio de Janeiro e Florianópolis.
e) Fortaleza e Florianópolis.
B
(Ufma) Apesar de ser uma medida antiga, o horário de verão
no Brasil passou a ser adotado de modo contínuo somente a partir de 1985.
A esse respeito, leia as proposições abaixo seguida marque
a opção que expressa, corretamente, três proposições sobre o horário de verão
no Brasil.
I. Geralmente, o horário de verão é adotado apenas nos
estados do Centro-sul, pois estando mais distante da linha do Equador, os dias
são mais longos, permitindo economia no consumo de energia.
II. Nos meses finais e iniciais do ano, o dia tende a ser
mais longo, principalmente nas proximidades
do
Trópico de Capricórnio.
III. Nas proximidades da Linha do Equador, a medida não é
adotada porque a variação do fotoperíodo, quando existe, é muito grande.
IV. Caso se adotasse o horário de verão nas regiões Norte
e Nordeste, a energia economizada pela
manhã, seria gasta à noite, devido variação do
fotoperíodo.
V. O horário de verão é um recurso adotado em muitos
países, como no Brasil, para evitar a sobrecarga no sistema de produção e
distribuição de energia nos períodos de pico.
a) II, III e V.
b) I, III e IV.
c) III, IV e V.
d) I, II e V.
e) I, II e III.
D
(Unipam) Leia a citação a seguir:
“Como uso científico, para a Geografia e outras ciências,
a cartografia oferece a compreensão espacial do fenômeno. Tanto para o uso
cotidiano como para o científico, a figura cartográfica tem, a princípio, uma
função prática. Ela serve como instrumento de conhecimento, domínio e controle
de um território. A confecção de um mapa envolve, desde o início, o
conhecimento físico (natureza) e social do território representado. As
distâncias e localizações dos fatos geográficos devem ser estabelecidas com
precisão. [...]”.
(CASTROGIOVANNI,
Antônio Carlos. Apreensão e compreensão do espaço geográfico. In: ______.
Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre:
Mediação. p. 38-39).
A partir do documento cartográfico apresentado, e com
relação a essa temática, assinale (V) ou (F),
conforme estejam Verdadeiras ou Falsas as afirmativas a
seguir e identifique a seqüência correta.
Fonte: ADAS, M. Geografia: noções básicas de
Geografia. 3. ed. rev. atual. São Paulo: Moderna, 1994. (Caderno de
atividades).
( ) Em um acidente marítimo, os restos de um navio
foram localizados nas coordenadas geográficas de 20º de latitude sul e 30º de
longitude Oeste. Sendo assim, a provável indicação do local do naufrágio foi no
Oceano Atlântico.
( ) Os pontos 2, 5 e 6, identificados no mapa,
localizam-se no Hemisfério Oriental.
( ) Os pontos 2, 3 e 4, identificados no mapa, estão
localizados na zona tropical.
( ) Os pontos 1, 2 e 5, identificados no mapa,
localizam-se no Hemisfério Ocidental.
( ) O Brasil tem a maioria de suas terras localizadas
nos Hemisférios Ocidental e Meridional.
A seqüência CORRETA é
a) V, F, F, V, V.
b) F, V, F, F, F.
c) F, F, V, V, F.
d) V, V, V, F, V.
A
(Univale) Com base no mapa mundi a seguir e em seus
conhecimentos prévios assinale a alternativa que corresponde de forma correta a
todos os hemisférios que o Brasil tem ao menos parte, de suas terras:
a) Meridional, Oriental e Setentrional.
b) Setentrional, Meridional e Oriental.
c) Meridional, Setentrional e Ocidental.
d) Oriental e Ocidental.
e) Meridional e Oriental.
C
(Ufba/Ufrb) Cada ponto do espaço geográfico possui uma
localização que pode ser rigorosamente determinada.
Com base na afirmação, na análise do mapa e nos
conhecimentos sobre a localização geográfica dos lugares e suas relações
espaciais, pode-se afirmar:
(01) I e II situam-se em hemisférios contrários, em função
de suas respectivas posições longitudinais, porém apresentam ambientes
climáticos semelhantes.
(02) III apresenta, pela sua posição geográfica, menor
grau de latitude em relação a I e maior grau de longitude em relação a II.
(04) A intersecção entre as coordenadas geográficas —
latitude e longitude —, medidas em graus, permite a localização de qualquer
lugar na superfície terrestre.
(08) O Sistema de Posicionamento Global (GPS) calcula a
posição dos satélites por meio de sinais e determina, com exatidão, a
localização de qualquer ponto na superfície da Terra, fornecendo a altitude do
lugar e as coordenadas geográficas.
(16) As relações entre os diversos lugares do espaço
geográfico ocorrem por meio de fluxos e/ou de redes, que se espalham por todo o
planeta, em escalas hierárquicas e densidades diferenciadas.
(32) O controle do continente asiático pelo imperialismo
europeu, no século XIX, foi dificultado devido ao desconhecimento, por parte
dos exploradores, das técnicas e dos equipamentos necessários à orientação
geográfica.
Resposta: 30 (02+04+08+16)
(Unicamp) A próxima Olimpíada ocorrerá em 2008 e será
realizada na China, tendo sede a cidade de Pequim.
a) Tomando por base o mapa acima apresentado, qual será a
diferença horária total entre a realização das competições e seu acompanhamento
televisivo ao vivo no Brasil? Supondo que a cerimônia de abertura seja
realizada a partir das dezoito horas (18h00min), no dia 8 de agosto de 2008,
qual a data e o horário correspondente no horário do Brasil?
b) Sabendo-se que a diferença de horário entre as cidades
de Brasília e Pequim decorre da existência de diferentes fusos horários,
explique como são delimitados os fusos horários e indique qual a sua extensão
padrão em graus de longitude.
Resposta:
a)
A diferença horária total é de onze (11) horas. Data:
08/08/2008 (mesmo dia) às 07h00min.
b)
A Terra, que tem 360o,é subdividida em vinte e
quatro (24) fusos horários com 15o de longitude padrão em cada fuso.
Portanto entre uma cidade e outra existe uma diferença aproximada de 165º (11
fusos X 15º)
(FNJOB) Observe o mapa-múndi abaixo:
LUCCI, E. A; BRANCO, A. L; MENDONÇA, C. Geografia
Geral e do Brasil – Ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 385.
Com base na análise do mapa e nos seus conhecimentos sobre
localização e fusos horários, é
CORRETO afirmar que
a) todos os países da América Latina possuem baixa variação da
iluminação solar ao longo do
ano.
b) os países situados a leste do Brasil possuem horas
adiantadas em relação ao horário oficial de
Brasília.
c) as áreas localizadas ao longo de um mesmo meridiano
possuem a mesma latitude e horas
diferentes.
d) o Brasil e a Argentina situam-se em baixas latitudes e
possuem 4 fusos horários.
(Unimontes) Analise a charge.
A
Assinale a alternativa que mostra a geotecnologia
referenciada na charge.
a) Sistema de Informação Geográfica.
b) Sensoriamento Remoto.
c) Aerofotogrametria.
d) Sistema de Posicionamento Global.
D
VESTIBULAR 2007
Com base na análise do mapa e dos conhecimentos sobre
localização e fusos horários, pode-se afirmar:
LUCCI, E. A; BRANCO, A. L; MENDONÇA, C. Geografia
Geral e do Brasil – Ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 385.
(01) O Brasil localiza-se totalmente na zona tropical do
globo e limita-se com todos os países da América do Sul.
(02) As áreas localizadas ao longo de um mesmo meridiano
possuem a mesma longitude e a mesma hora.
(03) As horas se apresentam com acréscimo de Salvador para
Rio Branco, em virtude da rotação da Terra ser realizada no sentido
anti-horário.
(04) A Indonésia se situa em baixas longitudes, daí a
ocorrência de clima com elevada pluviosidade e baixa temperatura.
(05) O horário de verão é uma prática realizada por locais
que enfrentam crises energéticas, por isso os relógios devem ser atrasados em
uma hora, em relação à hora local vigente na localidade.
Resposta:
2
(Utfpr) A
relação Sol-Terra faz com que em qualquer lugar do planeta existam diferenças
no tempo atmosférico. Essas diferenças têm origem em dois fatores principais,
que são os movimentos de rotação e de translação. Analise as alternativas a
seguir e identifique a INCORRETA no que se refere à influência desses
movimentos no tempo atmosférico e climas da Terra.
a) É o movimento de rotação que
determina os ciclos da produção agrícola e, portanto, indica quando plantar,
quando colher, quando guardar e quando descansar.
b) O
movimento de translação, combinado com a inclinação do eixo da Terra sempre no
mesmo ângulo, faz com que os hemisférios Norte e Sul sejam expostos
alternadamente de forma diferente à luz, proporcionando assim as estações do
ano.
c) Se a
Terra não tivesse o movimento de rotação, a face iluminada seria tórrida e a
face escura gelada sendo impossível à vida no planeta.
d) O
movimento de translação é que determina a duração do foto-período diário, sendo
que, para o hemisfério Sul, a maior duração do dia iluminado ocorre em 22 de
dezembro, quando inicia o verão.
e) O movimento de rotação é o responsável pela exposição do
planeta à luz solar, fazendo com que haja certo equilíbrio em relação à
temperatura, pois gera os dias e noites.
A
(Fei) Um avião parte de Brasília rumo a Rio Branco, no
Acre. O tempo de vôo é de 3 horas. Partindo às 16 horas, o avião deverá chegar
às:
Obs: chegada no horário local e não considere o horário de
verão.
a) 16 horas
b) 17 horas
c) 18 horas
d) 19 horas
e) 20 horas
B
(Ufac)
Localizadas a Oeste de Greenwich, duas cidades, “A” e “B”, encontram-se,
respectivamente, a 90° e 45°. Numa quarta-feira, um avião saiu de “A” às
14h30min e chegou a “B” depois de 5 horas de viagem. O horário de chegada em
“B” foi:
a)
18h30min da quarta-feira.
b)
19h30min da quarta-feira.
c)
22h30min da quarta-feira.
d) 00h30min da quinta-feira.
e)
02h30min da quinta-feira.
D
(Ufam) O fuso horário de Manaus
em relação à hora de Greenwich está atrasado em:
a) 3 horas
b) 1 hora
c) 2 horas
d) 5 horas
e) 4 horas
E
(Ufpi) Na copa da Alemanha o jogo Brasil x França foi iniciado em Frankfurt às 21h do dia 1º de julho de 2006. Sabendo-se que a cidade de Brasília fica a 60º W de Frankfurt, e que entre junho e agosto a Alemanha estava com horário de verão, é correto afirmar que o jogo começou a ser transmitido em tempo real, em Teresina, às:
a) 11h
b) 12h
c) 14h
d) 16h
e) 18h
D
(Ufrn) Faça uma leitura do mapa seguinte.
Em relação aos pontos destacados no mapa, é correto
afirmar:
a) 1, 3 e 6
localizam-se no hemisfério ocidental, mas estão em latitudes distintas.
b) 3,
4 e 5 estão localizados nas altas latitudes do hemisfério meridional.
c) 2,
4 e 5 localizam-se no hemisfério oriental e encontram-se nas mesmas latitudes.
d) 2,
3 e 6 estão localizados em baixas latitudes do hemisfério setentrional.
A
(Uft) Analise este mapa, em que está indicada a
localização das cidades de Palmas e de Colinas do Tocantins:
Suponha a realização de uma viagem de automóvel de Palmas
a Colinas do Tocantins, cuja duração aproximada é de quatro horas, com partida
marcada para as 13 horas de um dia ensolarado, na véspera do Natal. É CORRETO
afirmar que, durante essa viagem, o motorista vai receber os
raios solares mais intensamente
a) de frente e pela direita.
b) de frente e pela esquerda.
c) pelas costas e pela direita.
d) pelas costas e pela esquerda.
D
(Ufrj) A
percepção de que a localização de um ponto qualquer à superfície poderia ser
indicada a partir de um sistema de coordenadas geográficas representou grande
avanço para a humanidade.
Desde
então, o Sol e outras estrelas foram usados como pontos de referência para a
determinação das
coordenadas
de um lugar. Atualmente, o aparelho conhecido como Sistema de Posicionamento
Global (GPS) fornece de imediato as coordenadas que buscamos. O GPS também tem
sido usado, cada vez com maior freqüência, para diversas outras finalidades.
a) Quais
são os pontos de referência usados pelo GPS em substituição ao Sol e às
estrelas?
b)
Apresente um exemplo de uso do GPS no mundo atual.
Resposta:
a) O GPS funciona acoplado a um ou mais satélites artificiais, que
substituem o Sol e as estrelas na determinação de coordenadas geográficas.
b) Múltiplos são os usos do GPS no mundo atual. O aparelho indica
com precisão a localização de pontos fixos no espaço. Indica também a
localização de objetos em movimento, o que permite acompanhar rotas, direções e
velocidades. Esses usos servem tanto para a paz como para a guerra.
(Ufg) Observe o mapa a seguir.
SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. São Paulo:
Ática, 2003. p.114. [Adaptado].
A leitura e a
interpretação do mapa, por meio da análise da rede geográfica e dos pontos de
referência, indicam que o município de Sabará localiza-se
a) ao Norte de Belo
Horizonte e ao Sul de Caeté.
b) a Oeste de Nova Lima e a
Leste de Santa Luzia.
c) a Leste de Belo Horizonte e a Oeste de Caeté.
d) a Oeste de Raposos e a
Leste de Santa Luzia.
e) ao Sul de Raposos e ao
Sul de Taquaraçu de Minas.
C
(Ufc) As disputas entre nações pelo poder definem setores estratégicos no
desenvolvimento da ciência e da tecnologia. Este é o caso de instrumentos e
técnicas utilizados pelas potências mundiais durante a Guerra Fria. Como decorrência,
parte dessa tecnologia cria, hoje, novas possibilidades para a Cartografia.
Acerca desse tema, é correto afirmar que:
a) o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é o órgão responsável pelos
satélites brasileiros,
que captam e transmitem dados climáticos e ambientais.
b) o
sistema de aerofotografias permite observar a evolução de frentes frias e
quentes, bem como a
temperatura da Terra e a formação de tufões e furacões.
c) o
sofisticado Sistema de Posicionamento Global, que foi concebido para estudos
ambientais, emite,por meio do aparelho GPS, sinais de alta precisão
recebidos pelos satélites.
d) a
Cartografia automática alimentada pelas técnicas de sensoriamento remoto
utilizadas hoje dispensa a geração de dados estatísticos e os levantamentos de
campo.
e) o
fundamento do Sistema de Informações Geográficas (SIG) é simples: um avião
percorre uma faixa em linha reta e fotografa sucessivamente uma área, gerando
imagens estereoscópicas.
A
(Ufba) Cada ponto do espaço geográfico possui uma
localização que pode ser rigorosamente determinada.
Com base na afirmação, na análise do mapa e nos
conhecimentos sobre a localização geográfica dos lugares e suas relações
espaciais, pode-se afirmar:
(01) I e II situam-se em hemisférios contrários, em função
de suas respectivas posições longitudinais, porém apresentam ambientes
climáticos semelhantes.
(02) III apresenta, pela sua posição geográfica, menor
grau de latitude em relação a I e maior grau de longitude em relação a II.
(04) A intersecção entre as coordenadas geográficas —
latitude e longitude —, medidas em graus, permite a localização de qualquer
lugar na superfície terrestre.
(08) O Sistema de Posicionamento Global (GPS) calcula a
posição dos satélites por meio de sinais e determina, com exatidão, a
localização de qualquer ponto na superfície da Terra, fornecendo a altitude do
lugar e as coordenadas geográficas.
(16) As relações entre os diversos lugares do espaço
geográfico ocorrem por meio de fluxos e/ou de redes, que se espalham por todo o
planeta, em escalas hierárquicas e densidades diferenciadas.
(32) O controle do continente asiático pelo imperialismo
europeu, no século XIX, foi dificultado devido ao desconhecimento, por parte
dos exploradores, das técnicas e dos equipamentos necessários à orientação
geográfica.
Resposta: 02 + 04 + 08 + 16 = 30
(Ufscar) A partir da observação do mapa, assinale a
opção correta.
b) A projeção cartográfica utilizada para
elaboração do planisfério é a cilíndrica e nela buscou-se preservar a forma das
superfícies, em detrimento das distâncias e das áreas.
b) Para representação de extensas áreas como
a da figura, utiliza-se escala pequena, que permite melhor nível de
detalhamento.
c) O ponto B encontra-se em média latitude,
zona em que há maior variação do fotoperíodo[1]
ao longo das estações do ano, que a área onde se encontra o ponto A.
d) Há uma diferença de 15 horas entre o
ponto A e o B, sendo que as horas em A estão atrasadas em relação a B.
e) O ponto A encontra-se nos hemisférios
boreal e ocidental e o ponto B nos setentrional e oriental. Ambos situam-se
sobre países de grande população relativa.
C
(Pucrs) Três jovens amigos estão localizados em pontos
diferentes da Terra: Paulo está a 165° Leste deGreenwich; Pedro permanece a 45° a Oeste de Paulo, e Clara
está a 2° Oeste de Greenwich.
Sabendo que no Meridiano Inicial são 18 horas do dia 5 de
janeiro, a hora legal e o dia em que Paulo,Pedro e Clara estão são, respectivamente,
Paulo
|
Pedro
|
Clara
|
|
a
|
4h –
dia 6
|
2h –
dia 6
|
16 h –
dia 5
|
b
|
5h –
dia 6
|
3h –
dia 6
|
5h –
dia 5
|
c
|
17h –
dia 5
|
15 h –
dia 5
|
18 h –
dia 6
|
d
|
7h –
dia 6
|
9 h –
dia 5
|
18 h –
dia 6
|
e
|
5h –
dia 6
|
2h –
dia 6
|
18 h –
dia 5
|
E
(Pucpr) Um navio que, navegando pelo Atlântico, cruza o Trópico de Câncer e segue do norte para o sul, de tal forma que, observando-se no mapa, a trajetória percorrida é representada como uma reta.
(Pucpr) Um navio que, navegando pelo Atlântico, cruza o Trópico de Câncer e segue do norte para o sul, de tal forma que, observando-se no mapa, a trajetória percorrida é representada como uma reta.
Esse
percurso descrito no enunciado revela que o navio...
I –
Seguirá passando por latitudes cada vez maiores até cruzar a linha equatorial.
II –
Estará modificando constantemente a latitude, porém permanece na mesma
longitude.
III –
Estará se aproximando cada vez mais do meridiano de origem.
IV –
Estará navegando pelas águas do hemisfério austral.
V –
Estará se distanciando cada vez mais do círculo polar ártico.
Estão
corretas as afirmações:
a) II e V, apenas.
b) I, II
e IV.
c) I, III
e V.
d) II e
III, apenas.
e) III,
IV e V.
A
(Fgv-economia)
“No Afeganistão, a yelda é a primeira
noite do mês de jadi, a primeira noite do inverno, e a mais longa do
ano. Como mandava a tradição, Hassan e eu ficávamos acordados até mais tarde,
com os pés enfiados debaixo do kursi, enquanto Ali atirava cascas de
maçã no fogareiro e nos contava velhas histórias de sultões e de ladrões para
passar o tempo dessa noite que era a mais comprida de todas. Foi por meio de
Ali que fiquei conhecendo a tradição de yelda, daqueles meses
enfeitiçados, que se precipitam para as chamas das velas, e dos lobos que sobem
ao alto das montanhas em busca do sol. Ali jurava que quem comesse melancia na
noite de yelda não sentiria sede durante o verão seguinte.”
(Khaled Hosseini. O Caçador de
Pipas. 2005)
Considerando os fenômenos registrados no
texto, bem como a localização do Afeganistão, é correto afirmar que
a) a data provável para o jadi é o
dia 21 de junho, o solstício de inverno no Hemisfério Norte.
b) a noite mais comprida no Hemisfério
Norte, que marca o equinócio de outono, é 23 de setembro.
c) a esfericidade do planeta Terra permite uma
maior insolação nas regiões próximas ao Equador, portanto são inverossímeis as
condições registradas nessa obra de ficção.
d) se as condições meteorológicas
permitirem, a noite mais longa no Afeganistão será entre o dia 21 ou 22 de
dezembro, pois depende do ano bissexto.
e) o solstício de inverno no Afeganistão é 21
de dezembro, quando o Trópico de Câncer recebe menor incidência dos raios
solares.
E
(Mack) No último dia 07 de
outubro, a Seleção Brasileira de Futebol fez um amistoso contra a Seleção do Kuwait,
na Cidade do Kuwait, capital do país. Sabe-se que o fuso horário entre as
cidades de Londres e a Cidade do Kuwait é de 3 horas. Assinale a alternativa
que indica a distância aproximada, em graus, entre a cidade de Porto Velho (RO)
e a Cidade do Kuwait (KW).
a) 45º
b) 60º
c) 75º
d) 90º
e) 105º
E
(Ufsc) A latitude é um
dos fatores que influenciam os climas no Brasil, uma vez que o território
brasileiro apresenta quase 40° de variação latitudinal. Sobre a atuação dos
fatores climáticos no Brasil e em Santa Catarina, assinale a(s) proposição(ões)
CORRETA(S).
01. Em todos os estados das Regiões Norte e Nordeste, a
duração dos dias e das noites varia muito ao longo do ano, por isso o horário
de verão é adotado.
02. A grande variação de latitude altera a obliqüidade,
isto é, a inclinação dos raios solares que incidem sobre o território
brasileiro.
04. Cuiabá, capital do Mato Grosso, possui maior
amplitude térmica em relação a Vitória (Espírito Santo).
08. Infere-se, a partir da análise do mapa apresentado
na questão anterior, que mais de 75% do território brasileiro localiza-se na
zona temperada do sul.
16. Devido a sua posição latitudinal, Santa Catarina
sofre forte influência, principalmente no inverno, da massa equatorial
continental.
32. Devido à continentalidade, as capitais dos estados
de Mato Grosso e Goiás apresentam como tipo climático o tropical semi-úmido.
64. A proximidade do paralelo de 0° confere a toda a
extensão dos estados do Nordeste o clima tropical úmido.
Resposta: 02 + 04 + 32 = 38
VESTIBULAR 2006
(Ucpel) Observe atentamente o mapa a seguir e identifique
os pontos A, B, C, D e E.
I. O ponto A está situado em uma faixa climática bastante
diferente daquela onde se localiza
o ponto D.
II. O ponto B localiza-se em uma faixa de alta latitude e
altitude.
III. Os pontos E e C estão situados praticamente a mesma
distância longitudinal de Greenwich.
IV. O ponto E apresenta menor valor de latitude em relação
ao ponto B.
V. Os pontos A e D estão situados praticamente a mesma
distância latitudinal do Equador.
Estão corretas as afirmativas
a) III e IV.
b) I, II, III e V.
c) I e II.
d) I, III e V.
e) I, III e IV.
E
(Ucpel) Com relação a figura
podemos afirmar que
1. o movimento de translação é aquele que a terra realiza
ao redor do sol, junto com os outros planetas, definido, assim, os dias e as
noites, percorrendo um caminho que tem forma elíptica.
2. ela representa o movimento da terra em um período de
365 dias (um ano), definindo as estações doano.
3. os equinócios são demarcados pelos dias 21 de março e
23 de setembro.
4 . o solstício é um período em que as noites são iguais aos
dias.
5. no verão do hemisfério sul, é possível considerar que a
incidência dos raios do sol na superfície da terra é praticamente perpendicular.
Estão corretas:
a) 2, 3 e 5.
b) 1, 2, 3, 4 e 5.
c) 2, 3 e 4.
d) 1, 2 e 3.
e) 2, 4 e 5.
A
(Ucpel) Estamos em Greenwich (Londres) e são exatamente 14
horas do dia 10 de outubro de 2005. Que horas são em
1. Um ponto localizado a 45° de longitude oeste? ____
2. Um ponto localizado a 60° de longitude leste? ____
3. Um ponto localizado a 75° de longitude oeste? ____
A seqüência correta é
a) 1 (17 horas) 2 (12 horas) 3 (21 horas).
b) 1 (11 horas) 2 (18 horas) 3 (9 horas).
c) 1 (11 horas) 2 (6 horas) 3 (21 horas).
d) 1 (17 horas) 2 (18 horas) 3 (9 horas).
e) 1 (17 horas) 2 (6 horas) 3 (9 horas).
B
(Mack) Um jatinho particular
levanta vôo de uma cidade localizada a 15º oriental do Meridiano de Greenwich
às 22h do dia 10 de janeiro, em direção à cidade de São Paulo. Depois de nove
horas do início da viagem, o avião pousa na capital paulista. Sabendo que
grande parte do território brasileiro estava participando do horário de verão,
indique, abaixo, a alternativa que corresponda ao dia e à hora em que o avião
pousou em São Paulo (horário local):
a) 3h do dia 11 de janeiro.
b) 5h do dia 11 de janeiro.
c) 3h do dia 10 de janeiro.
d) 4h do dia 10 de janeiro.
e) 4h do dia 11 de janeiro.
E
(Ufsc)
Com relação à localização do Brasil e de Santa Catarina, assinale a(s)
proposição(ões) CORRETA(S).
Fonte: ATLAS DE SANTA CATARINA. Florianópolis: IGSC, Departamento
Estadual de Geografia/IBGE, 1958.
01. O território brasileiro localiza-se totalmente
em áreas de baixas latitudes.
02. Santa Catarina
encontra-se com 2/3 de suas terras na porção setentrional do trópico de
Capricórnio.
04. Em relação ao
meridiano de Greenwich, o território de Santa Catarina está totalmente inserido
no hemisfério oriental.
08. Na América do
Sul, o Brasil é o único país que é cortado pelos paralelos de 0° e 23°27’S.
16. Santa Catarina
possui fronteira com um dos países membros do Mercosul.
32. O Brasil
possui fronteiras com todos os países da América Andina.
64. Devido à sua
localização, Santa Catarina encontra-se no segundo fuso horário brasileiro.
Resposta
16 + 64 (80)
(Fmtm) Esse sistema foi
projetado para fornecer o posicionamento instantâneo e a velocidade de um ponto
na superfície terrestre ou próximo dela, através das coordenadas geográficas. O
apoio técnico ao sistema é dado por uma constelação de 24 satélites
distribuídos por 6 órbitas em torno da Terra.
Pode ser aplicado em vários ramos de
atividade, em que a localização geográfica é uma informação necessária. Foi
originalmente concebido para ser utilizado na navegação aérea, marítima e terrestre.
Tornou-se importante instrumento para a realização de levantamentos
topográficos e geodésicos, demarcação de fronteiras, unidades de conservação e
de terras indígenas e implantação de eixos rodoviários, além do monitoramento
de caminhões de carga, carros ou qualquer tipo de transporte.
O texto refere-se ao processo de localização
por
a) Aerofotogrametria.
b) ENSO.
c) Projeção de Mercator.
d) Representação Cartográfica
Tridimensional.
e) Sistema de Posicionamento Global – GPS.
E
(Puccamp)
Os fusos horários são fundamentais para se
determinar as horas em vários pontos do Planeta. Considerando que são 13 horas
em Londres, os horários em Hong Kong e Nova Iorque são, respectivamente,
a) 5 horas e 18 horas.
b) 7 horas e 19 horas.
c) 20 horas e 7 horas.
d) 21 horas e 8 horas.
e) 23 horas e 10 horas.
D
(Puccamp) As diferenças de fuso horário permitem
que o capital financeiro circule ininterruptamente pelas Bolsas de Valores de
Londres, Nova Iorque e Hong Kong. Essa ciranda financeira
I. energiza o sistema capitalista e é facilitada pelo meio
tecnocientífico disponível em cidades mundiais.
II. constitui uma das características marcantes do atual
sistema capitalista monopolista.
III. dificulta a acumulação de capital das grandes
corporações que são as mais vulneráveis às oscilações do mercado.
IV. possibilita ao Reino Unido, Estados Unidos e China
tornarem-se imunes às crises cíclicas do sistema capitalista.
Estão corretas SOMENTE as afirmações
a) I e II
b) I e III
c) I e IV
d) II e III
e) III e IV
A
(Ufpr) Em
relação às causas físicas que explicam o estabelecimento das linhas imaginárias
do Equador, trópicos de Câncer e de Capricórnio e círculos polares Ártico e
Antártico, é correto afirmar:
a) Os círculos Polar Ártico e Polar Antártico têm
sua delimitação estabelecida pelos períodos de luz e sombra, que ocorrem devido
à conjunção do eixo de inclinação terrestre e do movimento de translação da
Terra em torno do Sol.
b) O
estabelecimento dos trópicos de Câncer e de Capricórnio está relacionado ao
movimento diário do Sol em torno da Terra.
c) O
movimento de rotação interfere no estabelecimento das linhas imaginárias do
Equador, Trópico de Câncer e Trópico de Capricórnio, bem como dos círculos
polares.
d) Todas
essas linhas imaginárias que correspondem à latitude e à longitude têm o mesmo
valor relativo em graus porque foram estabelecidas segundo o mesmo princípio
físico.
e) Cada
uma dessas linhas divide a Terra em duas partes iguais.
A
(Uel) Os primeiros relógios baseavam-se no aparente
movimento do Sol na abóboda celeste e no deslocamento da sombra projetada sobre
a superfície de um corpo iluminado pelo astro. Considere que: a Terra é
esférica e seu período de rotação é de 24 horas no sentido oeste-leste; o tempo
gasto a cada 15º de rotação é de 1 hora; o triângulo Brasília/Centro da
Terra/Luzaka (Zâmbia) forma, em seu vértice central, um ângulo de 75°.
A hora marcada em Luzaka, num relógio solar, quando o sol
está a pino em Brasília é:
a) 5 horas.
b) 9 horas.
c) 12 horas.
d) 17 horas.
e) 21 horas.
D
(Uel) Considere que um avião supersônico sai da
cidade de Tóquio à 1 h da manhã de um domingo com direção à cidade de Manaus –
AM. A duração do vôo é de nove horas e a diferença de fuso horário de uma
cidade a outra é de onze horas. Assinale a alternativa que apresenta
corretamente a hora e o dia da semana da chegada desse avião na cidade de
Manaus.
a) 22 h do sábado.
b) 23 h do sábado.
c) 01 h do domingo.
d) 10 h do domingo.
e) 12 h do domingo.
B
(Urca) “A inclinação do eixo de rotação da Terra é
de 66°33’ em relação ao plano da translação, denominado eclíptica. Isso
significa que o Equador terrestre está 23°27’ oblíquo em relação ao plano da
órbita da Terra. A chamada obliqüidade da eclíptica é, pois, de 23°27’ ”.
Sobre o tema assinale a opção correta:
a) é a responsável pelas diferenças de duração da hora no
paralelo central ao longo do ano, a partir do meridiano de Greenwich; por
conseguinte, divide a Terra em dois hemisférios, daí haver distorções de ondas
nas zonas térmicas da Terra.
b) é a responsável pelas diferenças de duração do dia e da noite no
decorrer do ano, de acordo com a latitude; por conseguinte, contribui para a
desigualdade de insolação e, conseqüentemente, de luz e calor nas diferentes
zonas térmicas da Terra e, sem ela, não haveria estações do ano.
c) trata-se do dia com sua parte clara mais longa e da
noite mais curta do ano nessa parte da Terra. É quando o sol está exatamente
sobre o Trópico de Capricórnio. Como as estações são opostas nos dois
hemisférios, nesse dia, no hemisfério norte, ele ocorre com o nome de inverno
boreal.
d) é uma associação de palavras que quer dizer “noite
iguais aos dias”. É quando o sol está exatamente sobre o Equador e, na maior
parte dos lugares da Terra, o dia e a noite duram exatamente doze horas.
e) é a responsável pelas diferenças entre o movimento de
rotação e translação no decorrer do ano, de acordo com a temperatura; por
conseguinte, contribui para a desigualdade econômica e, conseqüentemente,
socioeducacional nas diferentes regiões da Terra.
B
(Faculdade Trevisan) Em síntese, o Brasil é um país
inteiramente Ocidental, predominantemente do Hemisfério Sul e da Zona
Intertropical.
Considere as afirmações:
I. O Brasil situa-se a oeste do meridiano de Greenwich.
II. O Brasil é cortado ao norte pela linha do Equador.
III. Ao sul, é cortado pelo Trópico de Câncer.
IV. Ao sul é cortado pelo trópico de Capricórnio,
apresentando 92% do seu território na zona
intertropical, entre os trópicos de Câncer e de
Capricórnio.
V. Os 8% restantes estão na zona temperada do sul.
a) Apenas
I, II e IV são verdadeiras
b) Apenas
I e II são verdadeiras
c) Apenas
IV e V são verdadeiras
d) Apenas I,
II, IV e V são verdadeiras
e) Apenas
I, II, III e V são verdadeiras
D
(Ufpel)
Tendo por base a localização geográfica dos pontos
assinalados no mapa e seus conhecimentos, é correto afirmar que
a) os pontos C e E estão no Hemisfério Sul, em zona
subtropical; possuem a mesma longitude (40°), mas estão em latitudes diferentes
e fazem parte da área de dispersão dos ventos Alíseos de sudeste.
b) o ponto F está localizado em uma região de ventos
polares por causa da alta pressão, típica das zonas de baixa latitude, como no
caso do Círculo Polar Antártico.
c) o ponto D é mais setentrional do que o ponto E; ambos estão
localizados no Hemisfério Oriental, a leste de Greenwich, e possuem a mesma
longitude (20°), mas as latitude são diferentes.
d) no ponto A, os raios solares nunca incidem
perpendicularmente à superfície terrestre; apesar de o ponto A estar no mesmo
hemisfério do ponto B, tem sua hora adiantada em relação a este ponto.
e) na latitude do ponto D, as temperaturas tendem a ser
menores do que na latitude do ponto B, apesar de ambos estarem no hemisfério
meridional, em diferentes zonas climáticas.
C
VESTIBULARES ANTERIORES
(Ufc) A linguagem cartográfica é essencial à geografia. Neste
âmbito, considere as afirmações adiante.
I. O mapa é uma reprodução idêntica da realidade.
II. São elementos que compõem os mapas: escala, projeção
cartográfica, símbolo ou convenção e título.
III. A escala é a relação entre a distância ou comprimento no
mapa e a distância real correspondente à área mapeada.
Considerando as três assertivas, pode-se afirmar corretamente
que:
a) apenas I é verdadeira
b) apenas II é verdadeira.
c) apenas III é verdadeira.
d) apenas I e III são verdadeiras.
e) apenas II e III são verdadeiras.
E
(Fgv) Considere a história em quadrinhos apresentada a seguir.
(Fonte: Laerte, "Folha de S. Paulo", 06 de
fevereiro de 2002.)
A história em quadrinhos faz referência:
a) à transição da agência espacial americana NASA para empresa
comercial voltada ao público civil.
b) à popularização e democratização do uso da internet e de
programas de sensoriamento remoto no Brasil.
c) à expansão do uso de imagens de satélite para investigação de
fenômenos em várias escalas.
d) à globalização, que possibilitou maior integração do espaço
mundial pela rápida evolução das telecomunicações.
e) aos vultosos investimentos brasileiros em programas de
sensoriamento remoto voltados para o controle do território nacional.
C
(Pucrs) Se duas cidades, A e B, estiverem sobre a Linha do
Equador, nas longitudes 150 Oeste e 150 Leste, elas terão, em relação a outras
duas cidades, C e D, localizadas nas mesmas longitudes, porém sobre o Círculo
Polar Ártico,
a) a mesma distância em metros, pois as latitudes são iguais.
b) a distância, em metros, maior, pois os meridianos convergem
para os pólos.
c) a distância, em graus, diferente, pois nos pólos não há
paralelos.
d) a distância, em metros, menor, pois a Terra é achatada ao
longo da linha do Equador.
e) a distância, em graus, diferente, pois as longitudes são as
mesmas.
B
(Pucrs) Duas cidades, A e B, possuem uma diferença horária de uma
hora, entre elas. Considerando que pela cidade A passa o Meridiano de Greenwich,
é correto supor que as cidades A e B são, respectivamente,
a) Los Angeles e Nova York.
b) Londres e Paris.
c) Roma e Istambul.
d) Dakar e Nairobi.
e) San Diego e Tegucigalpa.
B
(Uem) Sobre a representação cartográfica
da Terra, assinale a opção CORRETA:
a) Os
paralelos são linhas traçadas paralelamente ao Meridiano de Greenwich.
b) A
distância em graus, que vai do Equador aos pólos, chama-se longitude.
c) O
Equador divide o globo em Hemisfério Oriental e Ocidental.
d) No Hemisfério Meridional, encontram-se
os paralelos: Trópico de Capricórnio e Círculo Polar Antártico.
e) A
distância em graus de um ponto da superfície terrestre ao Meridiano de
Greenwich varia de 0º a 90º.
D
(Pucrs)
Responder à questão com base no gráfico, que representa parte das coordenadas
geográficas.
O ponto
antípoda de B é
a) 3° de
latitude Norte e 2° de longitude Oeste.
b) 87° de
latitude Sul e 2° de longitude Oeste.
c) 3° de latitude Norte e 178° de
longitude Oeste.
d) 2° de
latitude Sul e 177° de longitude Leste.
e) 3° de
latitude Sul e 4° de longitude Leste.
C
(Uel) Sobre
diferentes convenções, leia as citações a seguir e depois assinale a
alternativa que indica, respectivamente, aquelas descritas nos textos I e II.
I. “Com
os avanços da urbanização e da expansão do comércio,
fez-se
sentir com intensidade cada vez maior a necessidade de sincronizar o número
crescente das atividades humanas, e de dispor de uma rede de referências
temporais cuja extensão regular pudesse servir de quadro de referência.
Construir essa rede e fazê-la funcionar era uma das tarefas da autoridade
central – clerical ou leiga.
Dela
dependiam o pagamento regular e periódico dos impostos, dos juros e dos
salários, bem como a execução de inúmeros contratos e diversos compromissos; o
mesmo acontecia com os numerosos feriados em que as pessoas repousavam de seu
trabalho.”
II.
“[...] passamos de uma forma de determinação do tempo que era pontual,
descontínua e situacional para uma trama temporal contínua, de malhas cada vez
mais finas, que encerram e condicionam em sua universalidade toda a extensão
das atividades humanas. A rede temporal social conhecida pelos membros das
nações altamente industrializadas é desse tipo. Hoje em dia, vai-se estendendo
progressivamente
pelo mundo inteiro, e é fácil observar as dificuldades acarretadas por sua
adoção em regiões onde até hoje ainda se usavam formas mais primitivas de
determinação do tempo.”
ELIAS, Norbert. Sobre o Tempo. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1998. p. 46; 77.
a)
Latitude e Longitude.
b)
Paralelos e Meridianos.
c)
Calendário e Fuso horário.
d)
Estações do ano e Coordenadas geográficas.
e) Meridiano de origem e Linha de
mudança de data.
E
(Pucrs)
Se os relógios dos habitantes de uma cidade localizada a 26° Oeste de Greenwich
estiverem marcando 13 horas, que hora solar ou verdadeira será?
a) 13
horas.
b) 13 horas e 16 minutos.
c) 12
horas.
d) 12
horas e 4 minutos.
e) 12
horas e 44 minutos.
B
(Ufrs)
Observe a figura a seguir.
No dia 10
de janeiro, às 8h, um navio cargueiro, em sua rota, cruza a Linha Internacional
da Data no sentido Oeste (Gr). Após ter cruzado a referida linha, que dia e
hora local são registrados no navio?
a) 9 de
janeiro, 7h.
b) 9 de
janeiro, 8h.
c) 10 de
janeiro, 9h.
d) 10 de
janeiro, 10h.
e) 11 de janeiro, 8h.
E
(Ufc)
Entre os elementos básicos das representações cartográficas estão as
coordenadas geográficas. Sobre algumas de suas aplicações na cartografia está
correto afirmar que:
a) são
símbolos utilizados exclusivamente na confecção de mapas e cartas climáticas.
b) são
sinais aplicados na delimitação de cotas altimétricas e batimétricas do relevo.
c) são
referências gráficas que indicam áreas de mesma temperatura no globo terrestre.
d) servem para identificar zonas
climáticas diferentes e constituem um sistema de orientação.
e) servem
para relacionar a distância real com a distância gráfica expressa nos mapas.
D
(Enem) O
mercado financeiro mundial funciona 24 horas por dia. As bolsas de valores
estão articuladas, mesmo abrindo e fechando em diferentes horários, como ocorre
com as bolsas de Nova Iorque, Londres, Pequim e São Paulo. Todas as pessoas
que, por exemplo, estão envolvidas com exportações e importações de mercadorias
precisam conhecer os fusos horários para fazer o melhor uso dessas informações.
Considerando
que as bolsas de valores começam a funcionar às 09:00 horas da manhã e que um
investidor mora em Porto Alegre, pode-se afirmar que os horários em que ele
deve consultar as bolsas e a seqüência em que as informações são obtidas estão
corretos na alternativa:
a) Pequim
(20:00 horas), Nova Iorque (07:00 horas) e Londres (12:00 horas).
b) Nova
Iorque (07:00 horas), Londres (12:00 horas) e Pequim (20:00 horas).
c) Pequim (20:00 horas), Londres
(12:00 horas) e Nova Iorque (07:00 horas).
d) Nova
Iorque (07:00 horas), Londres (12:00 horas), Pequim (20:00 horas).
e) Nova
Iorque (07:00 horas), Pequim (20:00 horas), Londres (12:00 horas).
C
(Ufes)
Por volta das 9 horas do dia 11 de setembro de 2001, o mundo assistiu atônito
aos ataques terroristas às torres gêmeas do "World Trade Center", na
cidade de Nova lorque, localizada a 74° de longitude oeste de Greenwich. Tem-se
apontado como o autor intelectual dos ataques, o saudita Osama Bin Laden, que
se encontra escondido no Afeganistão. A diferença horária entre a cidade de Cabul,
no Afeganistão, e a cidade de Nova lorque, nos EUA, é de +9h30min.
Com base
nas informações acima, a longitude da capital afegã é
a)
142°30' longitude oeste de Greenwich.
b)
135°00' longitude oeste de Nova lorque.
c)
216°30' longitude leste de Nova lorque.
d) 83°30'
longitude leste de Greenwich.
e) 68°30' longitude leste de
Greenwich.
E
(Pucrs)
Um viajante saiu da Austrália para o Brasil atravessando a LID (Linha
Internacional da Data - 180°). No meridiano 175° Leste, o seu relógio estava
marcando 13 horas do dia 21 de setembro.
Quando
chegar a um lugar a 178° Oeste, legalmente, que horas e dia serão para esse
viajante?
a) 13 horas do dia 20 de setembro.
b) 13
horas do dia 21 de setembro.
c) 11
horas do dia 20 de setembro.
d) 12
horas do dia 21 de setembro.
e) 12
horas do dia 20 de setembro.
A
(Obs: A questão tem
problema em sua formulação, pois não considera o tempo de deslocamento do navio
de um ponto a outro)
(Ufpe)
Analise as proposições a seguir:
I) os
paralelos são importantes porque permitem avaliar a latitude que é a distância
em graus a partir Equador;
II) os
paralelos têm diâmetros iguais e, logicamente, comprimentos ou perímetros
também iguais;
III) os
meridianos são círculos perpendiculares aos paralelos e passam pelos pólos onde
eles se cruzam;
IV) a
longitude inicial é de 0° e a máxima de 180°, podendo ser norte ou sul;
V) as
coordenadas geográficas são valores que determinam a localização de um lugar na
superfície do globo.
Estão
corretas:
a) I, IV
e V;
b) II,
III e IV;
c) I, III e V;
d) II,
III e V;
e) II e
IV.
C
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