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Agentes
modificadores do relevo
A
geomorfologia estuda o relevo. Assim, ela se relaciona intimamente com a
geologia e a geografia. Enquanto a primeira fornece vários conhecimentos
relativos às rochas e aos minerais, ao tectonismo, ao vulcanismo, às estruturas
geológicas; a Segunda fornece subsídios importantes sobre o clima e suas
relações com as formas e evolução do relevo, a ocupação humana, a produção do
espaço geográfico e suas conseqüências ambientais, entre outros.
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Agentes
internos ou endógenos
São as
forças internas do planeta, causadas pelas pressão e altas temperaturas das
camadas mais profundas. Geralmente essas manifestações são violentas e rápidas,
como é o caso dos terremotos e vulcões. Esses movimentos são construtores e
modificadores do relevo terrestre, podendo levar milhões de anos ou apenas um
dia.
a) Tectonismo
Também
denominado diastrofismo (distorção), caracteriza-se por movimentos lentos e
prolongados que acontecem no interior da crosta terrestre, produzindo
deformações nas rochas. Esses movimentos podem ocorrer na forma vertical
(epirogênese) ou na horizontal (orogênese).
A
epirogênese ou falhamento consiste em movimentos verticais que provocam pressão
sobre as camadas rochosas resistentes e de pouca plasticidade, causando
rebaixamentos ou soerguimentos da crosta continental. São movimentos lentos que
não podem ser observados de forma direta, pois requerem milhares de ano para
que ocorram.
A
orogênese ou dobramento caracteriza-se por movimentos horizontais de grande
intensidade que correspondem aos deslocamentos da crosta terrestre. Quando tais
pressões são exercidas em rochas maleáveis, surgem os dobramentos, que dão
origem às cordilheiras. Os Alpes e o Himalaia, dentre outras, originaram-se dos
movimentos orogênicos.
b) Vulcanismo
Vulcão é
uma elevação cônica terminada em cratera, formada por uma fenda na crosta
terrestre, por meio da qual massas rochosas em fusão e gases procedentes do
interior da Terra atingem a superfície do planeta, por um condutor ou canal
denominado chaminé.
Os
vulcões são comuns em zonas de encontro das placas tectônicas. Existem , no
planeta, duas áreas onde se concentram: uma é a região do Círculo de Fogo do
Pacífico (da Cordilheira dos Andes às Filipinas); a outra, o Círculo de
Fogo do Atlântico (da América Central, passando pelas Antilhas, até Açores
e Cabo Verde).
Quando um vulcão entra em erupção, ele expele lavas, gases e material piroclástico. Lava é a massa de rocha fundida à temperatura média de 600 a 1000ºC. A emissão de gases é uma forma encontrada pela natureza para aliviar as fortes pressões internas. O material piroclástico compõem-se de fragmentos de rochas lançados a centenas de metros de altura. Principais tipos:
Quando um vulcão entra em erupção, ele expele lavas, gases e material piroclástico. Lava é a massa de rocha fundida à temperatura média de 600 a 1000ºC. A emissão de gases é uma forma encontrada pela natureza para aliviar as fortes pressões internas. O material piroclástico compõem-se de fragmentos de rochas lançados a centenas de metros de altura. Principais tipos:
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Cinzas:
de aspecto arenoso, podem permanecer suspensas na atmosfera por longo tempo. Ao
depositarem-se sobre a superfície terrestre, tornam o solo muito fértil.
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Lapílis:
fragmentos de lava que podem chegar à superfície na forma sólida ou pastosa.
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Bombas
vulcânicas: grandes blocos de lava que solidificam no ar.
c)
Abalos
sísmicos
São
movimentos vibratórios provocados pelos desmoronamentos internos da crosta
terrestre e propagam-se em todas as direções em forma de ondas sísmicas, que
chegam à superfície e podem ser registradas pelos sismógrafos.
Nos
últimos anos, os cientistas voltaram sua atenção para localidades assoladas por
terremotos que causaram grandes danos materiais, além de numerosas vítimas.
Terremotos ou sismos são catástrofes naturais ante as quais não se tem defesa
ou proteção.
O ponto do interior da Terra onde se origina o terremoto denomina-se hipocentro ou foco, e o ponto na superfície terrestre onde ele alcança maior intensidade, epicentro.
O ponto do interior da Terra onde se origina o terremoto denomina-se hipocentro ou foco, e o ponto na superfície terrestre onde ele alcança maior intensidade, epicentro.
Se o
epicentro estiver no fundo do mar, forma-se um tsunami, nome japonês
dado às ondas gigantescas (maremotos), que chegam a atingir 30 metros de
altura, propagando-se a grandes velocidades e arrasando zonas litorâneas. Esses
fenômenos são freqüentes na costa asiática do Pacífico.
No
decorrer de um ano, registram-se milhões de abalos sísmicos; aproximadamente
5.000 são percebidos pelo homem. Os efeitos dos tremores são variados: abrem
fraturas no solo, desviam as correntezas dos rios, destroem parcial ou
totalmente cidades, contorcem as vias férreas. No entanto, o efeito mais
terrível é a perda de vidas humanas.
No Brasil
os terremotos são raros em razão de o país estar localizado no centro de uma
grande placa tectônica e os abalos ocorrerem nos limites das placas.
A
intensidade de um terremoto é medida por uma escala numérica crescente. A mais
utilizada é a escala de Richter, com graus de intensidade que variam de 1 a 9.
Do ponto de vista científico, um ponto na escala Richter é imperceptível, não
causando danos nem é sentido, entretanto a intensidade de 9 graus pode provocar
uma catástrofe sem precedentes.
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Agentes
externos ou exógenos
Existem
agentes externos, na superfície terrestre, que modificam o relevo, não tão
rapidamente como os vulcões ou terremotos, mas sua ação contínua transforma
lenta e ininterruptamente todas as paisagens da Terra. A ação dos ventos, do
intemperismo e da água sobre a crosta terrestre determinam a erosão.
A intensidade da erosão é determinada pela resistência das rochas e pela ação e
energia do agente erosivo. Assim, por exemplo, certas regiões desérticas são
submetidas a enormes diferenças de temperatura. Durante o dia ela chega a
alcançar mais de 40ºC e à noite, devido à perda de calor, menos de 0ºC. Essas
mudanças bruscas produzem finas aberturas nas rochas, que pouco a pouco,
dividem-se em partes e destroem-se.
O vento é
outro agente de erosão. Sua ação engloba três fases: a de desgaste da rocha
(erosão), determinando curiosas formas nas paisagens; a de transporte de
materiais resultantes dessa erosão e, por fim, a deposição desses sedimentos,
dando origem a outra forma de relevo.
A água,
em seus estados líquido e sólido, atua sobre o relevo. As águas da chuva e do
degelo, ao deslizarem pelo solo, assumem grande importância ao transformarem-se
em rios torrenciais.
A ação
erosiva de um rio é extremamente destrutiva em seu curso superior, pois aí se
encontram os maiores declives. O desgaste diminui à medida que se vai
aproximando das planícies.
O mar
também atua como grande agente do relevo, na formação de praias ou no desgaste
de encostas, que no Brasil são conhecidas como falésias.
Mas, sem
sombra de dúvidas, o agente externo que mais tem transformado o relevo tem sido
o homem, através de grandes obras, da mineração, da urbanização, dentre outros
fatores. O que a natureza levou bilhões de anos para formar o homem levas anos
ou menos para modificar ou mesmo destruir.
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Formas de
relevo
As formas
de relevo na superfície terrestre são muito variadas, no entanto destacamos
quatro principais: planície, planalto, depressão e montanha.
a) Planície
Relevo
plano, de poucos declive e altura, a planície corresponde a uma bacia de
sedimentação que se acumulou no passado, e continua se acumulando pelos
depósitos sedimentares deixados pelos rios, mares e ventos. Essa forma de
relevo é encontrada ao longo dos rios, e próximo a lagos e mares, onde o
trabalho de erosão é mais intenso. Sua altitude aproximada é de 0 a 200 m acima
do nível domar. A planície é o tipo de relevo preferido pelo homem para viver -
96% da população da Terra habitam regiões planas.
b) Planalto
O
planalto apresenta relevo de altitudes elevadas, superfície quase plana e
altura variada, onde o processo de erosão supera o de sedimentação. Pode surgir
entre cadeias montanhosas. Para essa forma de relevo, geralmente se considera
um mínimo de 500 m de altitude. As bordas dos planaltos podem apresentar-se sob
forma de paredões abruptos (escarpas) ou rampas suaves. No Brasil, os planaltos
têm altura modesta.
Muitas
culturas, como as dos incas e astecas, se desenvolveram em planaltos. Nas zonas
tropicais e equatoriais, o homem busca esse tipo de relevo para sua moradia,
pois ali encontra boas condições climáticas determinadas pela altura. São bons
exemplos a Cidade do México, a 2.276m, e Quito (Equador), a 2.800m de altitude.
c) Montanha
c) Montanha
É uma
grande elevação da crosta terrestre. Semelhante a um cone. Montanhas em série
formam cadeias ou cordilheiras. As maiores cordilheiras são as dos Andes e do
Himalaia. Por sua formação geológica recente, apresentam alturas elevadas e
cumes pontiagudos.
As
montanhas sempre despertaram o espírito ousado e curioso do homem, que tentou
conquistá-las, muitas vezes com esforços sobre humanos. A conquista do Everest,
a mais alta montanha da cadeia do Himalaia, com 8.848m de altitude, foi
conseguida, pela primeira vez, por Sir Edmund Hillary, 1953.
d) Depressão
Relevo
situado abaixo do nível do mar ou de terras circundantes. As depressões podem
ser relativas ou absolutas. Consideram-se depressões absolutas as áreas
continentais abaixo do nível do mar. As relativas encontram-se acima do nível
do mar, porém a uma altura inferior à da superfície vizinha.
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