Do que
trata a geografia? Qual seu objeto de estudo? Já houve quem dissesse que a
geografia é a história do presente. Não é simplesmente isso. Claro que há
semelhanças entre geografia e história. São duas ciências que tratam do homem:
a primeira enfatiza a relação com o espaço e a Segunda, com o tempo.
É no
espaço geográfico que o homem constrói suas complexas relações, convivendo com
a natureza e modificando-a. Dessa forma, o espaço geográfico pode ser natural
ou humanizado.
A preocupação
maior da geografia é entender o homem, seu relacionamento com a natureza e com
os outros homens; de que forma cada sociedade humana estrutura e organiza seu
espaço e a integração com outras sociedades, promovendo trocas culturais e
econômicas.
Assim, a
geografia trata de estruturas socioeconômicas, relações entre trabalhadores,
formas de produção e de desenvolvimento tecnológico.
Nessa
teia de relações, a geografia se coloca como forma de saber privilegiado sobre
a realidade, procurando entende-la e propondo alternativas para diminuir ou
eliminar desigualdades regionais, sociais, impactos ambientais, criando justiça
social e aproveitamento racional no uso dos recursos naturais.
UNIVERSO
·
Origem do
universo
Antes da
teoria da relatividade concebia-se um universo estático e imutável. Inspirado
na teoria de Einstein, George Gamow elaborou a teoria do Big Bang (grande
explosão), apresentada ao mundo em 1948.
Segundo
essa teoria, o universo surgiu de uma explosão, entre 15 e 20 bilhões de anos atrás.
Teve origem em gigantescas concentrações de energia, gerando uma expansão que
dura até hoje.
·
Galáxias
São
regiões do universo onde se aglomeram planetas, estrelas, gases, etc. Todos
esses elementos giram em torno de um mesmo centro. Os cálculos atuais indicam a
existência de aproximadamente 100 bilhões de galáxias que, juntas, forma o
universo. As mais famosas são: Via Láctea, onde está localizado o Sistema
Solar, e Andrômeda. Ambas são visíveis a olho nu.
·
Astros
São
corpos que giram no espaço, classificados de acordo com a luminosidade.
Iluminados
ou opacos: não
possuem luz própria, recebendo luz das estrelas. São os planetas, asteróides,
satélites naturais, etc.
Luminosos: são geradores da própria luz e
do calor, como as estrelas.
·
Constelações
São
agrupamentos fictícios de estrelas definidos pelos seres humanos desde a
antiguidade.
·
Estrelas
São
corpos celestes de forma esférica que irradiam luz e calor. São formados por
dois gases principais: hidrogênio e hélio, que entram em reação nuclear.
É
possível classificar as estrelas de acordo com seu brilho, que indica também
sua idade.
·
Sistema
solar
O sistema
solar é composta por nove planetas que giram ao redor do Sol, além de
asteróides, meteoros, cometas e satélites naturais. O Sol desloca-se em direção
a lugar não identificado do espaço, levando consigo todo o Sistema Solar.
O Sol é
uma estrela de Quinta grandeza e média idade (aproximadamente 5 bilhões de
anos). Essencial para a vida no planeta Terra, emite radiação na forma de
calor, parte dele visível na forma de luz.
O Sol é
composto de hidrogênio e hélio. No centro, o hidrogênio está constantemente
sendo transformado em hélio. Uma reação nuclear libera a energia que se dirige
para a superfície do Sol e, depois, para o espaço, na forma de radiação.
O
heliocentrismo, teoria que sustenta ser o Sol o centro do Universo, concebe que
todos os astros, inclusive as estrelas, giram em torno do Sol, hipótese lançada
por Aristóteles, no século V a.C., apresentada pela primeira vez pelo grego
Aristarco de Samos (310-230 a.C.).
Essa
idéia foi posteriormente ignorada na idade média. O dogmatismo da Igreja
medieval era tão forte que temia qualquer hipótese ou estudo científico que
questionasse a visão bíblica da criação, expressa no Gênesis. Os pensadores
medievais aceitavam apenas a doutrina apresentada por Cláudio Ptolomeu na obra
Almagesto, pela qual a Terra era o centro do Universo (Geocentrismo) e
demonstrava, com razoável precisão, a posição dos planetas visíveis a olho nu.
Quatorze séculos depois, o padre Nicolau Copérnico rejeitou o sistema
ptolomaico, relançando o heliocentrismo.
·
Lua:
nosso satélite natural
Com
volume 49 vezes menor que nosso planeta, não pode reter atmosfera nem água. Sua
força gravitacional corresponde a 1/6 da gravidade da Terra.
É o astro
mais próximo da Terra: em média 384 mil quilômetros.
A Lua é
um astro iluminado. Assim, a luminosidade que vemos da Terra é a reflexão da
luz do Sol. O potencial de reflexão, denominado albedo, é de 7%.
·
Movimentos
da Lua
-
Rotação: realiza-se em torno do próprio
eixo, com duração de 27 dias, 7 horas e 43 minutos.
- Revolução: realiza-se ao redor da Terra em
27 dias, 7 horas e 43 minutos.
- Translação: movimento que a Lua realiza
acompanhando a Terra ao redor do Sol, no período de um ano.
A
perfeita sincronia entre os movimentos de rotação e translação faz a Lua
apresentar sempre a mesma face voltada para a Terra.
·
Fases da
Lua
De acordo
com o movimento de translação da Lua, a face voltada para a Terra é iluminada
pelo Sol de diferentes formas.
-
Lua nova:
posição
de conjunção. Não é possível observá-la porque se encontra entre o Sol e a
Terra.
-
Lua
quarto crescente: posição
de primeira quadratura. Teoricamente, uma Quarta parte de sua superfície pode
ser observada, das 12 horas até meia noite.
-
Lua
cheia: posição
de oposição. Observa-se metade de sua superfície iluminada entre 18 horas e 6
horas.
-
Lua quarto
minguante: posição
de segunda quadratura. É possível observá-la da meia-noite até o meio-dia, em
teoria.
·
Eclipses
Os
eclipses acontecem quando Lua, Sol e Terra estão alinhados. Assim, os astros
podem provocar eclipses somente em duas fases da Lua: Lua nova (conjunção) e
Lua cheia (oposição).
Quando os
três astros estão alinhados num mesmo plano da órbita, um deles pode ser oculto
por outro, total ou parcialmente. O astro oculto pode ser o Sol (eclipse solar)
ou a Lua (eclipse lunar).
-
Eclipse
solar: ocorre
quando a Lua se encontra entre a Terra e o Sol (conjunção). A Lua projeta um
cone de sombra sobre a Terra.
-
Eclipse
lunar: ocorre
quando a Terra se encontra entre o Sol e a Lua (oposição). A terra projeta sua
sombra na Lua impedindo que ela reflita a luz do Sol.
·
Marés
Os
movimentos da Lua e da Terra, bem como a força gravitacional, exercem
influência sobre as águas do planeta. O oceano (menos denso) é atraído pela
passagem da Lua, ocasionando sua rápida subida. Esse movimento denomina-se
maré. Além da atração gravitacional da Lua, também há atração do Sol.