quinta-feira, 23 de abril de 2009

Mais de 70 morrem no dia mais violento do ano no Iraque

A polícia do Iraque disse que dois atentados mataram pelo menos 76 pessoas no país nesta quinta-feira, o dia mais violento no país em mais de um ano.
No mais violento deles, pelo menos 48 pessoas morreram e 63 ficaram feridas numa explosão provocada por um homem-bomba em um restaurante próximo a Baquba, na província de Diyala, a nordeste de Bagdá. O restaurante estava lotado com peregrinos xiitas, iranianos e iraquianos.
Outro ataque, no centro de Bagdá, deixou 28 mortos. Um homem-bomba teria se infiltrado em um posto onde policiais distribuíam comida a pessoas sem-teto.
Segundo autoridades na capital iraquiana, as famílias que estavam sendo atendidas no momento do ataque ficaram sem suas casas devido ao conflito sectário que teve início no Iraque logo depois da invasão de 2003, liderada pelos Estados Unidos.
Pelo menos cinco crianças morreram neste ataque e mais de 50 pessoas ficaram feridas, segundo a polícia.

Al-Qaeda
Atentados desse tipo, pela sua violência, têm sido associados por analistas à rede extremista Al-Qaeda.
Os ataques aconteceram no mesmo dia em que um dos maiores nomes da rede no Iraque, Abu Omar Al-Baghdadi, pode ter sido capturado.
Integrantes do governo disseram que o capturado deve ser agora submetido a testes de DNA para confirmar sua identidade.
Baghdadi é considerado o chefe de uma entidade chamada Estado Islâmico no Iraque, que reúne vários grupos militantes.
No passado, os Estados Unidos disseram que Baghdadi poderia mesmo ser um personagem fictício.
Após alcançar relevância durante os primeiros anos da invasão comandada pelos EUA no Iraque, quando dominava cidades e regiões no país, a Al-Qaeda foi perdendo prestígio e diminuindo sua esfera de influência.
Em 2007, a rede começou a ser combatida dentro das próprias comunidades sunitas, cooptadas peles militares americanos. Em Bagdá e em outras partes do Iraque, houve uma queda forte no número de incidentes de violência sectária ao longo do último ano.
No entanto, correspondentes dizem que ataques como os registrados nesta quinta-feira estão gerando dúvidas sobre a segurança no Iraque depois que as tropas americanas deixarem o país.
A retirada total das tropas lideradas pelos Estados Unidos está prevista para 2011.

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