Washington, 16 abr (EFE).- O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, previu que o Brasil registrará neste ano um crescimento mínimo ou entrará em recessão, uma previsão muito mais pessimista do que a do governo.
"O Brasil provavelmente terá neste ano uma taxa muito, muito baixa de crescimento, ou até negativa", disse Strauss-Kahn após um discurso no Clube Nacional da Imprensa, em Washington.
O FMI divulgará suas previsões oficiais de crescimento em nível mundial na próxima semana.
Em janeiro, o fundo previu que a economia brasileira se expandiria 1,8% neste ano, mas, desde então, reduziu suas previsões de crescimento de forma generalizada.
Há um mês, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, estimou, que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceria 2% neste ano, apesar da crise.
O Banco Mundial, por sua parte, espera um crescimento zero, mas não recessão.
Apesar da redução de suas previsões para o país, Strauss-Kahn afirmou que o Brasil está "em uma boa posição" para enfrentar a crise, dado seu considerável volume de reservas, que superam os US$ 200 bilhões, e sua "boa política" econômica.
O Brasil "será menos afetado pela crise do que os Estados Unidos e alguns países europeus", disse Strauss-Kahn.
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