A língua é uma das principais expressões culturais de um povo. Além de servir como meio de comunicação é também importantíssimo veículo de difusão de valores e ideias. No entanto, entre os falantes de uma língua ocorre uma enorme variedade de "formas" de falar, decorrente de inúmeras variáveis.
Em uma sociedade falante de determinada língua, como é o caso da sociedade brasileira onde se fala o português, a variação na forma de falar é grande. Isto se deve a vários fatores, como por exemplo, a posição social ocupada pela pessoa que em geral faz com que as pessoas em melhores condições econômicas, por terem maior acesso a educação, falem o português considerado "mais correto". No entanto, a fala "mais simples" das pessoas mais pobres, apesar de não seguir corretamente as normas gramaticais, não pode ser considerada "incorreta", na medida em que o objetivo principal é atingido, ou seja, a comunicação.
Um outro fator de variação da língua, em particular no Brasil, corresponde ao regionalismo. Em função da grande extensão territorial, da enorme miscigenação e da grande variedade cultural, as formas de falar nas regiões e estados do país são as mais variadas, muitas vezes dentro de um mesmo estado saindo da capital para o interior já se verifica variação no falar.
Em resumo, não existem línguas uniformes, o que por sinal é um ponto positivo, na medida em que as diferenças no falar, as expressões regionais, dentre outros, enriquecem a língua falada. Portanto, é inadmissível a existẽncia de preconceito linguístico, devemos superá-lo compreendendo que o principal objetivo do falar é se comunicar. Como diria o saudoso Chacrinha: "Quem não se comunica se estrumbica".
Um comentário:
Na verdade não existe um jeito de falar mais correto do que o outro, o certo seria você ter dito que aqueles com mais dinheiro sabiam falar de acordo com a linguagem culta não a certa pois todos os jeitos de falar são certos pois não esxiste apenas uma maneira de falar.
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