Mais uma vez presenciamos a demonstração dessa ditadura disfarçada de democracia no Estado de Mato Grosso; dessa vez, especificamente no município de Várzea Grande. No dia 29 de novembro de 2013, foi realizada uma manifestação contra a máfia do transporte, que toma conta tanto na cidade de Cuiabá como em Várzea Grande; em Várzea Grande, a população há anos sofre com o descaso dos ditos “representantes” do povo, com enormes problemas na saúde/educação/transporte/moradia, vivenciando cotidianamente os transtornos das obras da Copa do Pantanal.
A população várzea-grandense, além de não possuírem transporte público de qualidade, receberam um presente de natal antecipado, no qual foi construído uma divisão dentro do terminal rodoviário André Maggi. Essa divisão foi feita com catracas e grades de ferro, que força (forçava) a população a pagar duas passagens para poderem pegar outro ônibus e deslocarem-se para outros pontos da cidade e regiões vizinhas. Pode parecer algo simplório, porém, a população não possui o direito de efetuar integração, sem esquecer dos estudantes que não possuem passe-livre estudantil.
Cansados de todo esse abuso gerado pela máfia do transporte (AGER/MTU/EMPRESÁRIOS/PREFEITURA), foi realizada uma manifestação, no dia já citado anteriormente, na qual a própria população aderiu ao ato e arrancou catracas e retiraram as grades que impossibilitavam e aplicavam o roubo contra os passageiros. Foi uma enorme demonstração do quanto a população está cansada de todos esses desvios escancarados para as obras da Copa do Mundo. Foram 25 presos, presos políticos, é claro, boa parte menores e que já foram soltos; no atual momento (30/11/2013), estamos contando com 12 presos políticos.
Nossa maior preocupação agora é a possibilidade de os 12 serem destinados para o presídio Carumbé, caso não paguemos fiança para liberação dos mesmos. O delegado determinou fiança de 8 salários mínimos por militante, que gera o montante de aproximadamente R$ 65.000,00. Estamos atrás de toda solidariedade possível nesse momento, além do suporte jurídico que já está nos acompanhando, estamos precisando de apoio financeiro de todos os companheiros e companheiras que possam contribuir com qualquer valor para que possamos libertar nossos presos políticos.
Não podemos esquecer que isso não passa de uma prática de terrorismo psicológico, que muito foi exercida nos períodos da Ditadura Militar na América Latina como um todo.
NÃO SE INTIMIDAR, NÃO DESMOBILIZAR. NENHUM LUTADOR SOCIAL SEM SOLIDARIEDADE!PROTESTO NÃO É CRIME E NÃO TÁ MORTO QUEM PELEIA!
Rusga Libertária / Resistência Popular–MT / MST / Coordenação Anarquista Brasileira-CAB/SINTECT – MT / Autonomia e Luta /
Pedido de Solidariedade Financeira!
São 11 os presos políticos que já foram encaminhados para os seguintes presídios: Carumbé (masculino) e Ana Maria do Couto (feminino). Foi determinado fiança de R$5.000,00 por militante preso, que gera o montante de R$ 55.000,00. Estamos atrás de toda solidariedade possível nesse momento, além do suporte jurídico que já está nos acompanhando. Estamos precisando de apoio financeiro de todos os companheiros e companheiras, lutadoras e lutadores que possam contribuir com qualquer valor para que possamos libertar nossos presos políticos.
Yan Rocha: AG 0686 OP 013 C/P 15585-6 (Caixa Econômica Federal)
Jelder Pompeu de Cerqueira: AG 1461-3 C/C 53860-4 (Banco Bradesco)
Edzar Allen de M. Santos: AG 1216-5 C/C 73070-X (Banco do Brasil)
Fonte: http://www.farj.org/
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