terça-feira, 12 de maio de 2015

Nota de repúdio à criminalização do Coletivo Quebrando Muros, estudantes da UEL e Antifa 16

Após o massacre do movimento de luta pela educação pública no dia 29 de abril, o governo de Beto Richa (PSDB), através da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, tentou criminalizar “grupos radicais” por terem iniciado o confronto com a polícia.

Em coletiva de imprensa, o ex-Secretário de Segurança Pública do Paraná (Fernando Francischini) e um delegado da polícia federal “divulgaram as informações coletadas pelo departamento da inteligência da SESP” colocando estudantes da UEL, o Coletivo Quebrando Muros e Antifa 16 como sendo “baderneiros, black blocks” responsáveis pela tentativa de invasão da ALEP.

MENTIRAS NÃO PASSARÃO!

O movimento de luta se esforçou para impedir a votação do PL da Previdência a partir da ação direta, da pressão popular, assim como em fevereiro quando o Estado tentou passar o “pacotaço de maldades”. Inúmeras categorias, estudantes e outros movimentos sociais fizeram parte do processo de decisão das ações tanto em fevereiro como no 29 de abril.

O que houve foi um massacre, o braço armado do Estado – a polícia, apenas utilizou de todo seu aparato militar para reprimir o movimento de luta pelos direitos trabalhistas. E ainda ousam criminalizar os libertários.
Ainda por cima, nas reportagens que divulgaram a coletiva de imprensa da SESP, especialmente na CBN e RPC (filiada à Rede Globo), colocaram os grupos como “pregadores da anarquia”, de forma a tentar criminalizar a ideologia anarquista.

NÃO VAMOS ACEITAR ESTE TIPO DE INTIMIDAÇÃO!

Toda solidariedade aos criminalizados e criminalizadas! É inaceitável este tipo de intimidação, com destaque no que foi feito a estudantes da UEL que sofreram humilhações absurdas pela polícia, tendo quatro detidos no dia 29, além de fortíssimos abusos e ameaças. Como na maioria das universidades estaduais, a de Londrina está muito sucateada e o movimento estudantil e sindical cada vez mais mobilizado.  
TODO APOIO À LUTA DOS TRABALHADORES, TRABALHADORAS E ESTUDANTES DA UEL!

O agrupamento de tendência Coletivo Quebrando Muros tem destacada atuação estudantil e sindical, leia mais em Protestar não é Crime: Quebrando Muros e o Antifa 16 compõe a luta por transporte público a anos e está lado a lado na luta dos servidores e servidoras.  

FASCISTAS NÃO PASSARÃO!

PROTESTO NÃO É CRIME!

CRIMINOSO É O ESTADO!

RESPEITEM AS BANDEIRAS RUBRO NEGRAS!

RODEAR DE SOLIDARIEDADE OS QUE LUTAM!

TODA SOLIDARIEDADE AO COLETIVO QUEBRANDO MUROS, ESTUDANTES DA UEL, ANTIFA 16 E TODAS CRIMINALIZADAS!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

A DIREITA DAS RUAS E A DIREITA DO GOVERNO: mais um ataque aos trabalhadores e trabalhadoras

São muitas as formas que a burguesia vem criando para aumentar seus lucros e seu controle sobre os trabalhadores, trabalhadoras, suas lutas e suas organizações. Desde meados da década de 1970 os opressores veem atacando sindicatos, direitos trabalhistas e sociais através dos ajustes decorrentes da reestruturação produtiva na esfera econômica e das políticas neoliberais na esfera política da sociedade. Sabemos que os direitos que adquirimos com as lutas sindicais do início do século XX nunca foram estendidos a toda a população, mas agora nossas conquistas são retiradas na marra. Privatizações, precarizações, terceirização e informalidade a despeito da necessidade de regulamentar as relações de trabalho são facetas de uma mesma moeda: a ofensiva burguesa e do Estado contra a classe trabalhadora. Ganham dinheiro nos explorando na labuta diária, controlando fundos de pensão, sindicatos e o acesso aos serviços básicos como saúde, educação, saneamento, transporte, abastecimento de água e energia elétrica. Assim o que está em curso no Brasil com a possível aprovação da PL 4330 é um grande golpe ao direito dos trabalhadores e trabalhadoras. Por isso o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), e parte significativa da base aliada do governo do Partido dos Trabalhadores (PT) colocou em toque de caixa a votação da PL 4330, com a devida colaboração da Força Sindical e dos partidos de “oposição”, como DEM e o Solidariedade.
Essa alteração nas leis trabalhistas, por sinal, inconstitucional e que altera as leis de trabalho vigentes, vai abrir a porta para a terceirização das relações de trabalho no país. A terceirização é uma forma neoliberal que os capitalistas encontraram para domesticar e precarizar os direitos dos trabalhadores. Trabalhadores terceirizados dificilmente conseguem pressionar as empresas para cumprir os direitos instituídos e podem ser demitidos com mais facilidade pelos patrões. Os trabalhadores terceirizados trabalham em média mais 3 horas por semana que os não terceirizados. Além disso, de cada 5 trabalhadores que morrem no trabalho, 4 são terceirizados e os terceirizados recebem 27% menos que os de carteira assinada.
Com esta maldita PL 4330 (Projeto de Lei) as “atividades fins” de cada empresa poderão também ser terceirizadas. Se até este momento só “atividades meio”, como limpeza, alimentação e segurança, poderiam ser repassadas para outras empresas, agora as “atividades fins” podem ser contratadas. Um exemplo, se antes somente a limpeza e a segurança do Banco do Brasil poderiam ser terceirizados, agora também a atividade bancária, isto é, os próprios bancários podem ser contratados por uma empresa terceirizada, ganhando menos, sem nenhuma relação de trabalho que dê estabilidade e segurança, ainda mais expostos ao assédio, a exploração e com menos direitos constituídos.
Assim, essa nova PL abre as portas para formalizar liberalização das relações de trabalho no país. Na verdade as empresas sempre desrespeitam parte das leis trabalhistas. O que acontecerá agora é a institucionalização e ampliação da precarização do trabalho que vai atingir cada vez mais trabalhadores, incluindo todos os que hoje se encontram assegurados. Por isso se a PL 4330 for aprovada um retrocesso incomensurável será concretizado contra a classe trabalhadora.

A direita que marcha nas ruas… e a direita que está no poder
Um dos líderes das manifestações de direita e extrema-direita que ocorreram no dia 15, faz parte de uma organização que propõe entre outras coisas, a flexibilização total das leis trabalhistas no país. Quem diria, que apesar das massivas manifestações nas ruas, organizadas por setores conservadores, o movimento decisivo de retirada dos direitos dos trabalhadores viria da base aliada do governo do PT. Dizem seus defensores que é uma medida que visa dar segurança jurídica para empregadores e empregados, dentro de um universo de 12 milhões de pessoas. Dizem estes que dilapidam nossas conquistas e capacidade de mobilização que é para estender os direitos trabalhistas constituídos a este universo de terceirizados no Brasil. Quanta hipocrisia!
Como já afirmado em outros comunicados, os ajustes fiscais neoliberais de Joaquim Levy, a repressão às lutas sociais, a política de militarização implementada tocada pelo PT nas favelas (UPP’s e exército), o congresso totalmente conservador, a expansão do plano IIRSA no Brasil e o menor índice de famílias assentadas na história da reforma agrária no país indicam que o programa da direita já está no poder. Seu trabalho agora é apenas acabar de reorganizar um novo ciclo de sua hegemonia dentro do Estado. O ciclo do PT e as ilusões de mudanças estruturais por dentro do Estado chegou ao m. O PT, partido que nasce de movimentos sociais e mobilizações sindicais com uma proposta de fazer as mudanças pela via eleitoral é a prova definitiva de como a estratégia de mudança por dentro do Estado é completamente equivocada.
Oposição ao governo só existe fora do governo
Enquanto isso as centrais sindicais e entidades ligadas ao governo (CUT, CTB, UNE etc) zeram um ato nacional em defesa dos direitos, a favor da reforma política e em defesa da Petrobrás. A CUT é a maior central sindical do país. Apesar disso, sua capacidade de mobilização é cada vez menor. Isso porque a CUT, é uma central sindical completamente burocratizada, atrelada ao governo e com dificuldade de renovação de seus quadros. O atrelamento da CUT ao governo fez com que esta central (que é a maior do país) não causasse nenhum tipo de incômodo a classe dominante.

O poder popular como resposta: Reconstruir as alternativas radicais
O ciclo do PT causou um estrago nas leiras da organização da classe trabalhadora. De partido que supostamente realizaria a mudança, o PT tornou-se agente e cúmplice dos piores ataques que a classe trabalhadora sofreu nos últimos anos. O PT é a prova de que se desejamos construir uma alternativa classista e de luta devemos reorganizar-nos com independência do governo, de partidos e empresas.
Temos que fortalecer a organização dos trabalhadores e das trabalhadoras, temos que exercitar a solidariedade de classe e o apoio mútuo. Não podemos permitir que a burguesia e o Estado nos fracione e estabeleça a competição e o individualismo como norma nas relações sociais. A resposta para defender os direitos dos trabalhadores é realizar uma transformação social signicativa, desde baixo e a esquerda, organizando as trabalhadoras e os trabalhadores nos bairros, nos espaços de moradia, produção e estudo. Precisamos fortalecer os movimentos sociais autônomos no campo e na cidade, garantindo que a luta seja construída de maneira combativa e com independência de classe, sem seguir os rumos de cooptação e colaboração de classe vistos na trajetória petista.
Por tudo que foi exposto acima defendemos a abertura de concursos imediata nos serviços públicos contra a farra das contratações, a revogação imediata deste projeto de lei, o m das terceirizações, com a imediata recriação das carreiras que hoje se encontram terceirizadas e em situação de precariedade e a liberdade de organização sindical para todos que vivem do seu próprio trabalho.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

O ESTADO E O MASSACRE DO FUNCIONALISMO PÚBLICO NO DIA 29 DE ABRIL DE 2015

O Estado é uma ferramenta dos ricos e poderosos, para concretizar seus interesses, em detrimento da vontade do povo. Uma de suas principais ferramentas é o seu braço armado, a polícia.

Os governantes falam, cotidianamente, sobre “democracia”. Mas que democracia é essa? “Iremos avaliar suas propostas”, “vamos levar em conta o que vocês estão falando”. Mas, na prática, a voz do povo é ignorada. Não há vias efetivas para a participação popular. Há vias que tem uma aparência de democráticas, mas na prática não o são.
Quando o povo se dá conta disso, se revolta. Manifesta-se. Milhares de pessoas colocam-se nas ruas, para gritar em conjunto.E então, milhares de pessoas em uníssono gritando conseguem se fazer ouvir. Quando essas pessoas se dão conta que são elas que produzem tudo nessa sociedade: a comida, as roupas, as casas, a educação, a saúde, o transporte, notam que se elas param de trabalhar, então, os ricos e poderosos param de lucrar.

A classe dominante não precisa trabalhar, enquanto conseguir obrigar a classe trabalhadora a trabalhar por eles. Porém, há momentos que os interesses são tão antagônicos que o Estado não consegue manter sua aparência de democrático. Há vezes em que o Estado decide que precisa fazer algo, independente do que aconteça. Nesses momentos, ele aciona sua principal ferramenta.Não importa que pessoas morram. Não importa que pessoas sejam feridas. Não importa que pessoas tenham suas vidas destruídas. A ambição por poder e lucro dos de cima é maior do que a ética, do que a moral que eles próprios pregam.
O dia 29 de Abril é mais uma demonstração do que é o Estado. É um lembrete para nós, classe trabalhadora, que não há outro caminho para fazer valer nossa voz se não a luta. O Estado está aí para nos obrigar a servir aos ricos e poderosos. Quando recusamos, eles nos agridem, nos torturam, nos matam. Nossa única opção é resistir. É lutar. É criar poder popular.

A luta do funcionalismo público do Paraná continua. Resistiremos! A greve continua! Vamos à luta companheirada, pois contra tal sistema de exploração e opressão, não nos resta alternativa se não enfrentá-lo diretamente!

Lutar! Criar! Poder Popular!
É melhor morrer de pé do que viver de joelhos!
http://anarquismopr.org/2015/04/30/o-estado-e-29-de-abril-de-2015/

Massacre de professores em 1988 se repete

Há 27 anos, uma manifestação de professores do Paraná em greve terminou em tragédia. No dia 30 de agosto de 1988, policiais militares escalados para acompanhar o protesto jogaram cavalos, cães e bombas de efeito moral contra os manifestantes, que protestavam por melhores salários e condições de trabalho na Praça Nossa Senhora de Salette, em Curitiba.
O episódio marcou para sempre a carreira do então governador e hoje senador Alvaro Dias. Por ironia, ou não, do destino político, Dias pertence agora ao mesmo partido (PSDB) do governador Beto Richa, que trava embate semelhante com o professorado.
Algumas das causas do protesto de hoje têm diferenças com as daquele ano. Naquela época, a greve já durava duas semanas sem que as duas partes, governo do estado e Associação dos Professores do Paraná (APP), chegassem a um acordo. Os professores lutavam por um piso salarial em meio a uma inflação que corroía os salários rapidamente.
Há diferenças ainda no grau de violência. Os professores feridos em 1988 foram pouco mais de uma dezena. Agora, são mais de uma centena de manifestantes atingidos por disparos e outras agressões de PMs; muitos feridos gravemente.
Alguns avanços ocorreram após aquele dia de violência nos anos 80. Houve conquista do piso salarial nacional, o plano de carreira para docentes, o aumento na periodicidade dos concursos públicos e o direito à hora-atividade, tempo destinado ao preparo das aulas fora de sala.
A violência de 1988 e de agora, em 2015, mostra que, assim como o governo Alvaro Dias tinha dificuldade para lidar com a pressão dos servidores, há inabilidade política do governo de Beto Richa para negociar com os professores.
Assim como Alvaro Dias, a história política do governador Beto Richa ficará marcada pelos episódios de 2015.
Em tempo: naquele fatídico dia eu estava no Centro Cívico com uma equipe de TV. No jornal do meio dia, na TV Iguaçu, fui escalado para entrevistar Alvaro Dias ao vivo. Ele disse na entrevista que o ato teve motivação política.

http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/certas-palavras/confronto-repete-massacre-de-professores-de-1988/

sexta-feira, 10 de abril de 2015

18 razões para não reduzir a maioridade penal



1°. Porque já responsabilizamos adolescentes em ato infracional
A partir dos 12 anos, qualquer adolescente é responsabilizado pelo ato cometido contra a lei. Essa responsabilização, executada por meio de medidas socioeducativas previstas no ECA, têm o objetivo de ajudá-lo a  recomeçar e a prepará-lo para uma vida adulta de acordo com o socialmente estabelecido. É parte do seu processo de aprendizagem que ele não volte a repetir o ato infracional.
Por isso, não devemos confundir impunidade com imputabilidade. A imputabilidade, segundo o Código Penal, é a capacidade da pessoa entender que o fato é ilícito e agir de acordo com esse entendimento, fundamentando em sua maturidade psíquica.

2°. Porque a lei já existe. Resta ser cumprida!
O ECA prevê seis medidas educativas: advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade e internação. Recomenda que a medida seja aplicada de acordo com a capacidade de cumpri-la, as circunstâncias do fato e a gravidade da infração.
Muitos adolescentes, que são privados de sua liberdade, não ficam em instituições preparadas para sua reeducação, reproduzindo o ambiente de uma prisão comum. E mais: o adolescente pode ficar até 9 anos em medidas socioeducativas, sendo três anos interno, três em semiliberdade e três em liberdade assistida, com o Estado acompanhando e ajudando a se reinserir na sociedade.
Não adianta só endurecer as leis se o próprio Estado não as cumpre!

3°. Porque o índice de reincidência nas prisões é de 70%
Não há dados que comprovem que o rebaixamento da idade penal reduz os índices de criminalidade juvenil. Ao contrário, o ingresso antecipado no falido sistema penal brasileiro expõe as(os) adolescentes a mecanismos/comportamentos reprodutores da violência, como o aumento das chances de reincidência, uma vez que as taxas nas penitenciárias são de 70% enquanto no sistema socioeducativo estão abaixo de 20%.
A violência não será solucionada com a culpabilização e punição, mas pela ação da sociedade e governos nas instâncias psíquicas, sociais, políticas e econômicas que as reproduzem. Agir punindo e sem se preocupar em discutir quais os reais motivos que reproduzem e mantém a violência, só gera mais violência.

4°. Porque o sistema prisional brasileiro não suporta mais pessoas.
O Brasil tem a 4° maior população carcerária do mundo e um sistema prisional superlotado com 500 mil presos. Só fica atrás em número de presos para os Estados Unidos (2,2 milhões), China (1,6 milhões) e Rússia (740 mil).
O sistema penitenciário brasileiro NÃO tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência. Ao contrário, tem demonstrado ser uma “escola do crime”.
Portanto, nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir com o processo de reeducação e reintegração dos jovens na sociedade.

5°. Porque reduzir a maioridade penal não reduz a violência.
Muitos estudos no campo da criminologia e das ciências sociais têm demonstrado que NÃO HÁ RELAÇÃO direta de causalidade entre a adoção de soluções punitivas e repressivas e a diminuição dos índices de violência.
No sentido contrário, no entanto, se observa que são as políticas e ações de natureza social que desempenham um papel importante na redução das taxas de criminalidade.
Dados do Unicef revelam a experiência mal sucedida dos EUA. O país, que assinou a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aplicou em seus adolescentes, penas previstas para os adultos. Os jovens que cumpriram pena em penitenciárias voltaram a delinquir e de forma mais violenta. O resultado concreto para a sociedade foi o agravamento da violência.

6°. Porque fixar a maioridade penal em 18 anos é tendência mundial
Diferentemente do que alguns jornais, revistas ou veículos de comunicação em geral têm divulgado, a idade de responsabilidade penal no Brasil não se encontra em desequilíbrio se comparada à maioria dos países do mundo.
De uma lista de 54 países analisados, a maioria deles adota a idade de responsabilidade penal absoluta aos 18 anos de idade, como é o caso brasileiro.
Essa fixação majoritária decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos.

7°. Porque a fase de transição justifica o tratamento diferenciado.
A Doutrina da Proteção Integral é o que caracteriza o tratamento jurídico dispensado pelo Direito Brasileiro às crianças e adolescentes, cujos fundamentos encontram-se no próprio texto constitucional, em documentos e tratados internacionais e no Estatuto da Criança e do Adolescente.
Tal doutrina exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada, mediando e operacionalização de políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
A definição do adolescente como a pessoa entre 12 e 18 anos incompletos implica a incidência de um sistema de justiça especializado para responder a infrações penais quando o autor trata-se de um adolescente.
A imposição de medidas socioeducativas e não das penas criminais relaciona-se justamente com a finalidade pedagógica que o sistema deve alcançar, e decorre do reconhecimento da condição peculiar de desenvolvimento na qual se encontra o adolescente.

8°. Porque as leis não podem se pautar na exceção.
Até junho de 2011, o Cadastro Nacional de Adolescentes em Conflito com a Lei (CNACL), do Conselho Nacional de Justiça, registrou ocorrências de mais de 90 mil adolescentes. Desses, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora seja considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil, que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Sabemos que os jovens infratores são a minoria, no entanto, é pensando neles que surgem as propostas de redução da idade penal. Cabe lembrar que a exceção nunca pode pautar a definição da política criminal e muito menos a adoção de leis, que devem ser universais e valer para todos.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com a adoção de leis penais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.

9°. Porque reduzir a maioridade penal é tratar o efeito,  não a causa!
A constituição brasileira assegura nos artigos 5º e 6º direitos fundamentais como educação, saúde, moradia, etc. Com muitos desses direitos negados, a probabilidade  do envolvimento com o crime aumenta, sobretudo entre os jovens.
O adolescente marginalizado não surge ao acaso. Ele é fruto de um estado de injustiça social que gera e agrava a pobreza em que sobrevive grande parte da população.
A marginalidade torna-se uma prática moldada pelas condições sociais e históricas em que os homens vivem. O adolescente em conflito com a lei é considerado um ‘sintoma’ social, utilizado como uma forma de eximir a responsabilidade que a sociedade tem nessa construção.
Reduzir a maioridade é transferir o problema. Para o Estado é mais fácil prender do que educar.

10°. Porque educar é melhor e mais eficiente do que punir.
A educação é fundamental para qualquer indivíduo se tornar um cidadão, mas é realidade que no Brasil muitos jovens pobres são excluídos deste processo. Puni-los com o encarceramento é tirar a chance de se tornarem cidadãos conscientes de direitos e deveres, é assumir a própria incompetência do Estado em lhes assegurar esse direito básico que é a educação.
As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com adoção de leis penais mais severas. O processo exige que sejam tomadas medidas capazes de romper com a banalização da violência e seu ciclo. Ações no campo da educação, por exemplo, demonstram-se positivas na diminuição da vulnerabilidade de centenas de adolescentes ao crime e à violência.
Precisamos valorizar o jovem, considerá-los como parceiros na caminhada para a construção de uma sociedade melhor. E não como os vilões que estão colocando toda uma nação em risco.

11°. Porque reduzir a maioridade penal isenta o estado do compromisso com a juventude
O Brasil não aplicou as políticas necessárias para garantir às crianças, aos adolescentes e jovens o pleno exercício de seus direitos e isso ajudou em muito a aumentar os índices de criminalidade da juventude.
O que estamos vendo é uma mudança de um tipo de Estado que deveria garantir direitos para um tipo de Estado Penal que administra a panela de pressão de uma sociedade tão desigual. Deve-se mencionar ainda a ineficiência do Estado para emplacar programas de prevenção da criminalidade e de assistência social eficazes, junto às comunidades mais pobres, além da deficiência generalizada em nosso sistema educacional.

12°. Porque os adolescentes são as maiores vitimas, e não os principais autores da violência
Até junho de 2011, cerca de 90 mil adolescentes cometeram atos infracionais. Destes, cerca de 30 mil cumprem medidas socioeducativas. O número, embora considerável, corresponde a 0,5% da população jovem do Brasil que conta com 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos.
Os homicídios de crianças e adolescentes brasileiros cresceram vertiginosamente nas últimas décadas: 346% entre 1980 e 2010. De 1981 a 2010, mais de 176 mil foram mortos e só em 2010, o número foi de 8.686 crianças e adolescentes assassinadas, ou seja, 24 POR DIA!
A Organização Mundial de Saúde diz que o Brasil ocupa a 4° posição entre 92 países do mundo analisados em pesquisa. Aqui são 13 homicídios para cada 100 mil crianças e adolescentes; de 50 a 150 vezes maior que países como Inglaterra, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália, Egito cujas taxas mal chegam a 0,2 homicídios para a mesma quantidade de crianças e adolescentes.

13°. Porque, na prática, a pec 33/2012 é inviável!!
A Proposta de Emenda Constitucional quer alterar os artigos 129 e 228 da Constituição Federal, acrescentando um paragrafo que prevê a possibilidade de desconsiderar da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos.
E o que isso quer dizer? Que continuarão sendo julgados nas varas Especializadas Criminais da Infância e Juventude, mas se o Ministério Publico quiser poderá pedir para ‘desconsiderar inimputabilidade’, o juiz decidirá se o adolescente tem capacidade para responder por seus delitos. Seriam necessários laudos psicológicos e perícia psiquiátrica diante das infrações: crimes hediondos, tráfico de drogas, tortura e terrorismo ou reincidência na pratica de lesão corporal grave e roubo qualificado. Os laudos atrasariam os processos e congestionariam a rede pública de saúde.
A PEC apenas delega ao juiz a responsabilidade de dizer se o adolescente deve ou não ser punido como um adulto.
No Brasil, o gargalo da impunidade está na ineficiência da polícia investigativa e na lentidão dos julgamentos. Ao contrário do senso comum, muito divulgado pela mídia, aumentar as penas e para um número cada vez mais abrangente de pessoas não ajuda em nada a diminuir a criminalidade, pois, muitas vezes, elas não chegam a ser aplicadas.

14°. Porque reduzir a maioridade penal não afasta crianças e adolescentes do crime
Se reduzida a idade penal, estes serão recrutados cada vez mais cedo.
O problema da marginalidade é causado por uma série de fatores. Vivemos em um país onde há má gestão de programas sociais/educacionais, escassez das ações de planejamento familiar, pouca oferta de lazer nas periferias, lentidão de urbanização de favelas, pouco policiamento comunitário, e assim por diante.
A redução da maioridade penal não visa a resolver o problema da violência. Apenas fingir que há “justiça”. Um autoengano coletivo quando, na verdade, é apenas uma forma de massacrar quem já é massacrado.
Medidas como essa têm caráter de vingança, não de solução dos graves problemas do Brasil que são de fundo econômico, social, político. O debate sobre o aumento das punições a criminosos juvenis envolve um grave problema: a lei do menor esforço. Esta seduz políticos prontos para oferecer soluções fáceis e rápidas diante do clamor popular.
Nesse momento, diante de um crime odioso, é mais fácil mandar quebrar o termômetro do que falar em enfrentar com seriedade a infecção que gera a febre.

15°. Porque afronta leis brasileiras e acordos internacionais
Vai contra a Constituição Federal Brasileira que reconhece prioridade e proteção especial a crianças e adolescentes. A redução é inconstitucional.
Vai contra o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) de princípios administrativos, políticos e pedagógicos que orientam os programas de medidas socioeducativas.
Vai contra a Doutrina da Proteção Integral do Direito Brasileiro que exige que os direitos humanos de crianças e adolescentes sejam respeitados e garantidos de forma integral e integrada às políticas de natureza universal, protetiva e socioeducativa.
Vai contra parâmetros internacionais de leis especiais para os casos que envolvem pessoas abaixo dos dezoito anos autoras de infrações penais.
Vai contra a Convenção sobre os Direitos da Criança e do Adolescente da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Declaração Internacional dos Direitos da Criança compromissos assinados pelo Brasil.

16°. Porque poder votar não tem a ver com ser preso com adultos
O voto aos 16 anos é opcional e não obrigatório, direito adquirido pela juventude. O voto não é para a vida toda, e caso o adolescente se arrependa ou se decepcione com sua escolha, ele pode corrigir seu voto nas eleições seguintes. Ele pode votar aos 16, mas não pode ser votado.
Nesta idade ele tem maturidade sim para votar, compreender e responsabilizar-se por um ato infracional.
Em nosso país qualquer adolescente, a partir dos 12 anos, pode ser responsabilizado pelo cometimento de um ato contra a lei.
O tratamento é diferenciado não porque o adolescente não sabe o que está fazendo. Mas pela sua condição especial de pessoa em desenvolvimento e, neste sentido, o objetivo da medida socioeducativa não é fazê-lo sofrer pelos erros que cometeu, e sim prepará-lo para uma vida adulta e ajuda-lo a recomeçar.

17°. Porque o brasil está dentro dos padrões internacionais.
São minoria os países que definem o adulto como pessoa menor de 18 anos. Das 57 legislações analisadas pela ONU, 17% adotam idade menor do que 18 anos como critério para a definição legal de adulto.
Alemanha e Espanha elevaram recentemente para 18 a idade penal e a primeira criou ainda um sistema especial para julgar os jovens na faixa de 18 a 21 anos.
Tomando 55 países de pesquisa da ONU, na média os jovens representam 11,6% do total de infratores, enquanto no Brasil está em torno de 10%. Portanto, o país está dentro dos padrões internacionais e abaixo mesmo do que se deveria esperar. No Japão, eles representam 42,6% e ainda assim a idade penal no país é de 20 anos.
Se o Brasil chama a atenção por algum motivo é pela enorme proporção de jovens vítimas de crimes e não pela de infratores.

18°. Porque importantes órgãos têm apontado que não é uma boa solução.
O UNICEF expressa sua posição contrária à redução da idade penal, assim como à qualquer alteração desta natureza. Acredita que ela representa um enorme retrocesso no atual estágio de defesa, promoção e garantia dos direitos da criança e do adolescente no Brasil. A Organização dos Estados Americanos (OEA) comprovou que há mais jovens vítimas da criminalidade do que agentes dela.
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) defende o debate ampliado para que o Brasil não conduza mudanças em sua legislação sob o impacto dos acontecimentos e das emoções. O CRP (Conselho Regional de Psicologia) lança a campanha Dez Razões da Psicologia contra a Redução da idade penal CNBB, OAB, Fundação Abrinq lamentam publicamente a redução da maioridade penal no país.
Mais de 50 entidades brasileiras aderem ao Movimento 18 Razões para a Não redução da maioridade penal.

terça-feira, 17 de março de 2015

A Lua está se afastando da Terra

Adeus Lua. Todos os anos, a Lua se distancia alguns centímetros de nós, retardando o nosso dia. Porque a Lua está afastando de nós, e quanto tempo vai demorar antes que a Terra e a Lua estejam gravitacionalmente separadas?
Pode-se dizer que a Terra e Lua vieram da mesma parte da cidade. Há muito tempo, um objeto do tamanho de Marte, chamado Theia, se colidiu com a Terra e a Lua foi formada a partir dos restos dessa colisão.
Ambos corpos cresceram juntos. Contando desde o início, essa relação já dura por 4,5 bilhões de anos. Tiveram alguns bons momentos. Alguns maus momentos.
Mas agora, a nossa Lua, está se separando cada vez de nosso planeta. Eles estavam muito mais perto quando eram mais jovens e o tempo parecia voar muito mais rápido. De fato, 620 milhões de anos atrás, um dia tinha apenas 21 horas de duração. Agora, conforme a Lua já se distanciou um bocado, um dia dura aproximadamente 24 horas. Mas eles estão ficando mais longos. Hoje, a Lua já está a uma distância média de 384,400 km. É muito longe.
Se pensarmos de volta ao ponto em que o planeta era apenas uma criança, houve um momento em que um dia tinha apenas 2-3 horas de duração, e a Lua estava muito mais perto. Mas, assim como as pessoas, pedaços enormes de pedra e materiais que voam através do tempo e do espaço também podem mudar suas relações também.
Em 1969, durante as missões Apollo, os astronautas deixaram instrumentos refletores no solo lunar, e hoje a NASA os usa para medir o quando o satélite natural está se distanciando da Terra, entre outras coisas. A resposta é entre 2-4 cm por ano. Parece pouco, mas quando aplicado a milhões e milhões de anos, faz uma diferença brutal. Nossos dias têm 1/500 de segundo a mais a cada século.
A Terra e a Lua se “puxam” com a sua gravidade, causando distorções em suas formas e criando uma protuberância. A Terra tem um bojo virado para a Lua, e a Lua tem uma protuberância mais significativa em direção à Terra. Esses bojos de maré sobre a Terra criam uma força gravitacional sobre a Lua. Como nosso planeta gira mais rápido (1 vez a cada 24 horas) do que a Lua (1 vez a cada 27 dias), os bojos acabam acelerando o satélite, o fazendo se afastar.
Será que vai ter fim? Os corpos estão tão ligados que parece que vai demorar uma eternidade para haver um fim. 50 bilhões de anos a partir de agora, e 45 bilhões de anos após o Sol se tornar uma gigante vermelha e morrer em uma nebulosa. Nesse período, os dias teriam uma duração de 45 horas, e a Lua estaria completamente livre da Terra. Vale lembrar que após a morte do Sol o sistema solar deixará de existir.
 
http://misteriosdomundo.org/a-lua-esta-se-afastando-da-terra/

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

A era da informação - Questões de vestibular

VESTIBULAR 2014

(UNEB) O século XX passou para a História como um dos mais importantes no processo de desenvolvimento dos meios de comunicação e de informação. A “revolução” ocorrida foi extraordinária, sem precedentes, e mudou radicalmente o estilo de vida das pessoas.
Em relação aos efeitos desse fenômeno, marque V nas afirmativas verdadeiras e F, nas falsas.

(    ) O exercício da liberdade, as ações sociais e as atividades comerciais se modificaram de forma homogênea nos continentes.
(    ) O sistema de comunicação se tornou um valioso instrumento político.
(    ) O Estado, que, inicialmente, via a internet como um “templo para amadores”, passou a considerá-la um serviço de utilidade pública.
(    ) A importância e a diversificação dos meios de comunicação impuseram uma única legislação, dirigida aos crimes virtuais, para todos os países.
(    ) A banalização da violência, na sociedade atual, se constitui uma das consequências do “mundo de fantasia” criado pela televisão.

A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a

01) FVFVV
02) FVVFV
03) VFVFF
04) FFVFV
05) VFFVF

(UFAM) “Como dispositivo de múltiplos usos, o telefone celular tem servido cada vez mais de suporte para convergência de mídia, potencialidade que o tem tornado alvo de investimentos por parte da indústria. Há previsões de que, em 2020, os dispositivos móveis serão o maior meio de acesso à internet.”

(RODRIGUES, Carla. Revista Galáxia, São Paulo, n. 20, 2010).

O contexto da citação acima se refere a uma das principais características do:

a) Capitalismo industrial.
b) Capitalismo financeiro.
c) Capitalismo informacional.
d) Capitalismo comercial.
e) Capitalismo da exploração.

(IFG) Leia atentamente a charge e o texto a seguir.

Disponível em: . Acesso em: 25 out. 2013.

Na história contemporânea, Edward Snowden revelou à imprensa internacional informações secretas da Agência de Segurança Nacional (NSA) sobre o monitoramento de comunicações e informações do governo estadunidense em vários países do mundo, inclusive no Brasil.
Sabe-se, entretanto, que, ao longo da história, a prática de obter informações de caráter confidencial sobre governos, empresas ou pessoas é bastante frequente, sobretudo como estratégia para governos e organizações conseguirem      vantagens militares, políticas, socioeconômicas ou tecnológicas sobre concorrentes ou inimigos em potencial.
Contudo, tais práticas são compatíveis com regimes democráticos? Qual é o limite da espionagem? Estas são questões complexas e difíceis de responder.

Estabeleça a relação do tema abordado na charge e no texto com a história mundial e brasileira e assinale a alterativa correta.
a) Na Antiguidade, as atividades estatais de espionagem ou outras formas privadas de obtenção de informações privilegiadas eram severamente combatidas e punidas pelos setores religiosos e militares das sociedades egípcia, grega, persa e romana.
b) O governo brasileiro considera-se insatisfeito e prejudicado com as estratégias do serviço de inteligência estadunidense, mas também é fato que tais práticas revelam a vulnerabilidade dos mecanismos nacionais de proteção das informações sigilosas estatais e privadas, das atividades econômicas, políticas e tecnológicas do Brasil.
c) Nas sociedades europeias, durante o Período Medieval, as práticas de espionagem dos senhores feudais eram condenadas pelos setores cristãos dominantes, que defendiam a liberdade de pensamento de todas as pessoas e o seu livre acesso aos grandes centros de produção cultural.
d) Durante o século XX, os regimes políticos fascistas criaram mecanismos de controle dos meios de comunicação, com o objetivo de combater as práticas estatais de espionagem e as formas ilícitas das instituições obterem informações dos cidadãos.
e) As práticas imperialistas de espionagem do atual governo estadunidense são fortemente criticadas pelas          organizações comerciais, financeiras e tecnológicas, sediadas naquele país, pois alegam que são prejudicadas com os mecanismos estatais de controle dos meios técnico-informacionais.

(UNICENTRO) Observe a figura a seguir.

(Disponível em: . Acesso em: 10 maio 2013.)

A sociedade globalizada é resultante de um conjunto de atividades humanas que produziram inúmeras transformações em todas as esferas da vida social. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma alteração na sociedade em consequência da sua globalização.
a) A disseminação da tecnologia de automação propiciou a diminuição no índice de desemprego dos trabalhadores.
b) A elevada massificação de informações em tempo real amplia o tempo disponível para refletir, aprimorando o esclarecimento das notícias para os cidadãos.
c) A terceira revolução industrial, amparada no uso da eletricidade, impulsionou a expansão da produção siderúrgica.
d) O aparato planetário do sistema de telecomunicação em rede fortalece a preservação de valores comunitários locais.
e) O complexo hegemônico dos donos da comunicação de massa procura selecionar as notícias transmitidas para o público.

(ACAFE) Assinale a alternativa correta.
a) As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) aumentaram exponencialmente a quantidade de informação ao mesmo tempo em que não significou aumento do conhecimento.
b) As redes sociais, como o facebook, possibilitam a aproximação das pessoas, eliminando, assim, o isolamento que estas teriam sem a presença dessas redes.
c) O desenvolvimento tecnológico pouco alterou a relação das sociedades com seus espaços geográficos.
d) A produção de bens materiais pela atividade industrial sofreu alteração com as novas tecnologias, mas não alterou a relação de trabalho.

(UNICAMP) Sobre a Revolução Informacional e suas implicações para a reorganização do mundo contemporâneo, podemos afirmar que:
a) Alguns Estados e um conjunto diminuto de grandes empresas controlam o essencial da revolução tecnológica em curso, atualizando o desenvolvimento geograficamente desigual.   
b) Dado o alcance planetário do sistema técnico informacional, a população tem amplo acesso a uma informação verdadeira que unifica os lugares, tornando o mundo uma democrática aldeia global.   
c) Há um acentuado enfraquecimento das funções de gestão das metrópoles, processo determinado pela descentralização da produção, apoiada no uso intensivo das tecnologias da informação e comunicação.   
d) Os mais diversos fluxos de informações perpassam as fronteiras nacionais, anulando o papel do Estado-Nação como ente regulador e definidor de estratégias no jogo político mundial.   

(IFBA)

Grande parte dos avanços tecnológicos integra o processo evolutivo da comunicação, conduzindo-nos para uma maior democratização da informação e, consequentemente, do saber. A comunicação virtual introduz um conceito de descentralização da informação e do poder de comunicar. Todo computador, conectado à internet, possui a capacidade de transmitir palavras, imagens, sons. Não se limita apenas aos donos de jornais e emissoras; qualquer pessoa pode construir um site na internet, sobre qualquer assunto e propagá-lo de maneira simples. O espaço cibernético tem se tornado um lugar essencial, um futuro próximo de comunicação completamente distinta da mídia clássica. [...]. A internet proporciona a interação entre locutor e interlocutor, uma vez que, na rede, qualquer elemento adquire a possibilidade de interação, havendo interconexões entre pessoas dos mais diferentes lugares do planeta, facilitando, portanto, o contato entre elas, assim como a busca por opiniões e ideias convergentes. Uma prova da eficiência da internet em construir esse ideal de propagação de mensagens e opiniões está na multiplicidade de temas que podem ser encontrados nela. Além dos sites, as listas de discussão, que agregam pessoas interessadas em um dado assunto, também merecem consideração. É nesse ponto que a internet se sobressai, pois integra e condensa nela todos os recursos de todas as formas de comunicação, como jornal, por exemplo. Além de apresentar todas as funções do jornalismo, que, segundo Beltrão são econômica, social, educativa e de entretenimento, ela é um meio de comunicação interativo. Além disso, há a questão da dinamicidade e da interatividade: o espaço virtual, diferentemente de um texto de jornal ou revista em papel, está constantemente em movimento.

GALLI, Fernanda. Linguagem da internet: um meio de comunicação global. In: Hipertexto e gêneros digitais. MARCUSCHI, Luiz Antônio; XAVIER, Antonio Carlos (Org.). São Paulo: Cortez, 2010, p. 151-2. (adaptado)

A partir da leitura, marque a alternativa que informa a ideia central do texto:

a) A descentralização da informação advinda da internet pode ser usada a favor dos donos de jornais.
b) O jornal e a revista em papel devem desaparecer, pois perderam espaço para as mídias virtuais e sua interatividade.
c) Todo jornal deve englobar questões socioeconômicas e culturais, a fim de deixar seu leitor bem informado.
d) No espaço cibernético, não há uma fiscalização das informações publicadas, tendo em vista que qualquer um pode criar um site.
e) A internet, no processo de evolução da comunicação, possibilitou uma maior interação entre as pessoas, as quais recebem e publicam informações sobre os mais diversos temas.

(IFBA)

Sem Facebook
Das minhas relações mais próximas, só três comungam comigo não ter facebook. Não pensem que tenho críticas, sou um entusiasta, apenas não quero usar. Pouco dou conta dos meus amigos, onde vou arranjar tempo para mais? Minha etiqueta me faz responder a tudo, teria que largar o trabalho se entrasse na rede social. Só recentemente minhas filhas me convenceram que se não respondesse um spam ninguém ficaria ofendido. A cidade ganhou a parada. Acabou o pequeno mundo onde todos se conheciam, onde não se podia esconder segredos e pecados. Viver na urbe é cruzar com desconhecidos, sentir a frieza do anonimato. Essa é a realidade da maioria. Meu apreço com as redes sociais é por acreditar que elas são um antídoto para o isolamento urbano. São uma novidade que imita o passado, uma nova versão, por vezes mais rica, por vezes mais pobre, da antiga comunidade. Detalhe: não quero retroceder, a simpatia é pelo resgate da nossa essência social. Vivemos para o olhar dos outros, essa é a realidade simples, evidente. Quem pensa o contrário vai à conversa da literatura de autoajuda, que idolatra a autossuficiência e acredita que é possível ser feliz sozinho. É uma ilusão tola. Nascemos para vitrine. Quando checamos insistentemente para saber como reagiram às nossas postagens, somos desvelados no pedido amoroso. O viciado em rede social é obcecado pela sociabilidade. Está em busca de um olhar, de uma aprovação, precisa disso para existir. Ou vamos acreditar que a carência, o desespero amoroso e a busca pelo reconhecimento são novidades da internet? Sei que o facebook é o retrato da felicidade fingida, todos vestidos de ego de domingo, mas essa é a demanda do nosso tempo. Critique nossos costumes, não o espelho. Sei também que as redes são usadas basicamente para frivolidades, é certo, mas isso somos nós. Se a vida miúda de uma cidadezinha fosse transcrita, não seria diferente. Fofoca, sabedoria de almanaque, dicas de produtos culturais, troca de impressões e às vezes até um bom conselho, além de ser um amplificador veloz para mobilizações. Também apontam que amigos virtuais não substituem os presenciais. Todos se dão conta, e justamente usam a rede na esperança de escapar dela. O objetivo final é ser visto e conhecido também fora. Usamos esse grande palco para ensaiar e se aproximar dos outros, fazer o que sempre fizemos. O facebook é a nostalgia da aldeia e sua superação.

CORSO, Mário. Sem Facebook. Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/ blogs/. Acesso em: 31 de agosto de 2013. (adaptado)

a) A leitura do texto nos faz concluir que

a) no primeiro parágrafo, o autor faz uma dura crítica ao uso do facebook.
b) a afirmação “A cidade ganhou a parada” (l. 11), no segundo parágrafo, nos faz inferir que as pessoas estão redescobrindo o prazer de vivenciar a cidade.
c) o quarto parágrafo traz um paradoxo, pois, apesar de parecermos isolados, viciados em redes sociais, o que desejamos realmente é o contato social.
d) no quinto parágrafo, há uma clara comparação entre o facebook e a vida nas cidades pequenas, onde prevalece a fofoca e a mentira.
e) no último parágrafo, o autor conclui afirmando que, na realidade, as pessoas querem escapar das redes sociais, pois reconhecem que é muito melhor ter amigos presenciais que virtuais.

b) De acordo com o texto, é correto afirmar que

I. responder a todas as solicitações dos amigos na internet faz parte da etiqueta social, a fim de manter as relações sociais.
II. com a internet, as pessoas buscam demonstrar seus sentimentos e emoções nas redes sociais, o que, na realidade, não é algo novo no comportamento humano.
III. na frase “O facebook é a nostalgia da aldeia e sua superação” (l. 55-56), pode-se entender que o facebook é superior às cidades e sua dinâmica.
A alternativa que indica a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é

a) I.
b) II.
c) I e II.
d) II e III.
e) I, II e III.
VESTIBULAR 2013

(UEMA) A letra da música de Gilberto Gil trata da rede de comunicação existente no mundo e sugere a importância dessa rede para a inclusão digital, do ponto de vista socioeconômico.

Pela Internet
Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje

[...]
Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut

De Connecticut acessar
O chefe da milícia de Milão
Um hacker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão

Eu quero entrar na rede pra contactar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar

GILBERTO GIL. Disco Quanta. Warner Music, 1997 (adaptado).

A relação entre a exclusão socioeconômica e a digital está apresentada na seguinte assertiva:

a) A digital desencadeia a socioeconômica, pela relação direta entre a existência de ampla tecnologia da informação e comunicação e a realidade dos países subdesenvolvidos.
b) A socioeconômica desencadeia a digital, por existir maior investimento dos países subdesenvolvidos no acesso à tecnologia de informação e comunicação, portanto, maior inclusão.
c) A socioeconômica desencadeia a digital, pois há relação igualitária entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos quanto ao acesso à tecnologia de informação e comunicação, e à inclusão.
d) A digital desencadeia a socioeconômica, à medida que o acesso às tecnologias de informação e comunicação se dá de forma mais estruturada nos países subdesenvolvidos.
e) A socioeconômica desencadeia a digital, por haver uma relação desfavorável quanto ao menor acesso dos países subdesenvolvidos à tecnologia de informação e comunicação.

(UPE) Considere o texto a seguir:

O espaço geográfico, ao contrário do espaço natural, é um produto da ação do homem. O homem, sendo um animal social, naturalmente atua em conjunto, em grupo, daí ser o espaço geográfico eminentemente social. (...) A ação do homem não ocorre de forma uniforme no espaço e no tempo. Ela se faz de forma mais intensa em determinados momentos e nas áreas, onde se pode empregar uma tecnologia mais avançada ou em que se dispõe de capitais mais do que naquelas em que se dispõe de menores recursos e conhecimentos. Daí a necessidade de uma visão do processo histórico, levando-se em conta tanto o processo evolutivo linear como os desafios que se contrapõem a este processo e que barram ou desviam da linha por ele seguida. Para melhor compreender o processo de produção do espaço geográfico, é indispensável a utilização de conceitos hoje largamente aceitos nas ciências sociais, como os de modo de produção e de formação econômico-sociais. Ao analisarmos a evolução da humanidade e da conquista da natureza pelo homem, temos que admitir que esse começou a produzir o espaço geográfico na ocasião em que pôde abandonar as atividades de caça, pesca e coleta como principais e passou a realizar trabalhos agrícolas e de criação de animais. Claro que a passagem foi feita lentamente e que o homem, transformado em agricultor e criador de animais, continuou a caçar e a pescar, como o faz até os dias atuais, mas essas atividades, antes exclusivas, tornaram-se complementares.
ANDRADE, Manuel Correia de. Geografia Econômica. São Paulo, Editora Atlas, 1987. (Adaptado)

É CORRETO afirmar que o autor, no texto que você acabou de ler,

a) opõe-se à posição filosófica assumida pelos geógrafos que defendem a Geografia Crítica.
b) estabelece os mais importantes princípios que norteiam o Determinismo Geográfico, uma das
correntes fundamentais da Geografia Clássica que explica a produção do espaço geográfico.
c) defende que o espaço natural, por suas características particulares, assemelha-se ao espaço
social e que deve ser estudado pela História e pela Geografia.
d) advoga que a produção do espaço geográfico é uma função dos níveis técnico e econômico em
que se encontra a sociedade.
e) propõe que, para o equilíbrio do Sistema Terra, é necessário os seres humanos retornarem às
atividades extrativas, especialmente a caça e a pesca, e também à agricultura tradicional.

(UNESP) Observe as figuras.


Faça uma análise espaço-temporal da paisagem, identificando quatro transformações feitas pelo homem.


Resposta:

As principais transformações observadas nas figuras apresentadas são:

- a ocupação urbana nas áreas da planície litorânea e nas encostas de morros (favelização);
- construção de portos e terminais de carga;
- como consequência direta daqueles dois processos, observa-se ainda o desmatamento da floresta
tropical;
-  a alteração do uso do solo para fins econômicos (industriais e agricultura) aumentado as possibilidades de processos erosivos.

VESTIBULAR 2012
(UERJ)

Importantes invenções dos séculos XIX e XX
  

Invenções
Ano
Inventores
telefone
1876
Alexander Graham Bell (escocês, residente no Canadá e nos EUA)
carro
1886
Gottlieb Daimler (alemão)
rádio
1896
Guglielmo Marconi (italiano)
avião
1903
1906
Irmãos Wright (norte-americanos): “Flyer 1”
Alberto Santos Dumont (brasileiro): “14 Bis”
computador
1945
Marinha dos EUA e Universidade de Harvard: “Harvard Mark 1”
satélite
1957
Comunidade científica da URSS: “Sputnik”
internet
1969
Comunidade científica dos EUA: “Arpanet”
   
Adaptado de BOMENY, Helena e outros. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Editora do Brasil, 2010.

As invenções apresentadas no quadro afetaram o mundo contemporâneo, em especial, no que se refere à circulação de ideias, pessoas e mercadorias.

Em conjunto, essas invenções tiveram efeito principalmente sobre a ampliação da:

a) intervenção estatal
b) integração territorial
c) distribuição da riqueza
f) mobilidade ocupacional

(FATEC) Analise o gráfico a seguir.


(http://www.metrics2.com/blog/2006/05/05/694_million_people_currently_use_the_internet_worl.html Acesso em: 10.09.2011. Adaptado)
*UK (Reino Unido)
** netherlands (Países Baixos)

As informações do gráfico sobre usuários da Internet permitem afirmar que

a) os três países com maior número de usuários são os mais democráticos.
b) os seis países com maior número de usuários são, predominantemente, países centrais.
c) o continente africano tem representantes entre os quinze países com maior número de usuários.
d) os cinco países com maior número de usuários correspondem aos países mais populosos do mundo.
e) os três países com maior número de usuários são países de industrialização mais antiga.

(FATEC) A comunicação via internet, especialmente nos bate-papos, possibilitou um novo canal de comunicação entre as pessoas, e o Brasil tem se consolidado como um mercado de elevada utilização de sites sociais. em agosto de 2011, do total de 61,2 milhões de pessoas com acesso à internet no trabalho ou em domicílios, 45,4 milhões foram usuários ativos.

Evolução do número de usuários ativos*, Brasil – trabalho e domicílios agosto de 2010 e agosto de 2011


Fonte: netView -- iBOPe nielsen Online (http://www.ibope.com.br/calandraWeb/servlet/CalandraRedirect?temp=6&proj=PortaliBOPe&pub=t&nome=home_materia&db=caldb&docid=C2A2CAe41B62 e75e83257907000eC04F Acesso em: 13.09.2011. Adaptado)
*Usuário ativo é a pessoa com 2 anos ou mais de idade que acessou a internet pelo menos uma vez em agosto.

De acordo com as informações do texto e do gráfico, analise as afirmações:

I.Considerando somente os usuários ativos em domicílios, entre agosto de 2010 e agosto de 2011, houve um aumento de 15%, aproximadamente.
II.Considerando somente os usuários ativos no trabalho, entre agosto de 2010 e agosto de 2011, houve um aumento acima de 10%.
III. em agosto de 2011, do total de 61,2 milhões de pessoas com acesso no trabalho ou em domicílios, 15,8 milhões não foram usuários ativos.

É correto o que se afirma em

a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
d) I, II e III.

VESTIBULAR 2011

(UEPB) De acordo com a composição “Triste Partida” de Patativa do Assaré, nas estrofes que dizem

No topo da serra
Oiando pra terra
Seu berço, seu lar
[...]
Aquele nortista
Partido de pena
De longe acena
Adeus meu lugar...

a categoria geográfica “lugar” que aparece no fragmento do texto está empregada

a) com o sentido de paisagem, pois é do topo da serra que o retirante delimita visualmente o que ele denomina como o seu lugar.
b) erroneamente porque ninguém pode ter o sentimento de identidade e de pertencimento a uma terra inóspita que só lhe causa sofrimento. O lugar é para cada pessoa o espaço onde consegue se reproduzir economicamente.
c) com o sentido de território, pois trata-se de um espaço apropriado pelo fazendeiro, o qual exerce sobre o mesmo uma relação de poder.
d) corretamente porque está impregnada de emoções e de afetividade. Há uma identidade de pertencimento para com esta parcela d espaço.
e) com conotação de região natural, pois trata-se do Sertão nordestino de abrangência do clima semi-árido de chuvas escassas e irregulares e da presença da vegetação de caatinga.

VEST VESTIBULAR 2010AR 2010

(UFU) A Geografia se expressou e se expressa a partir de um conjunto de conceitos que, por vezes, são considerados erroneamente como equivalentes, a exemplo do uso do conceito de espaço geográfico como equivalente ao de paisagem, entre outros.

Considerando os conceitos de espaço geográfico, paisagem, território e lugar, assinale a alternativa INCORRETA.

a) A paisagem geográfica é a parte visível do espaço e pode ser descrita a partir dos elementos ou dos objetos que a compõem. A paisagem é formada apenas por elementos naturais; quando os elementos humanos e sociais passam a integrar a paisagem, ela se torna sinônimo de espaço geográfico.
b) O espaço geográfico é (re)construído pelas sociedades humanas ao longo do tempo, através do trabalho. Para tanto, as sociedades utilizam técnicas de que dispõem segundo o momento histórico que vivem, suas crenças e valores, normas e interesses econômicos. Assim, pode-se afirmar que o espaço geográfico é um produto social e histórico.
c) O lugar é concebido como uma forma de tratamento geográfico do mundo vivido, pois é a parte do espaço onde vivemos, ou seja, é o espaço onde moramos, trabalhamos e estudamos, onde estabelecemos vínculos afetivos.
d) Historicamente, a concepção de território associa-se à ideia de natureza e sociedade configuradas por um limite de extensão do poder. A categoria território possui uma relação estreita com a de paisagem e pode ser considerada como um conjunto de paisagens contido pelos limites políticos e administrativos de uma cidade, estado ou país.

(UNESP) Espaço, território e rede geográfica são palavras-chaves na Geografia. A rede geográfica tem o poder de ultrapassar as fronteiras nacionais através da internet.

Analise o mapa com os usuários da internet no mundo.

A partir dessa análise, pode-se afirmar que

a) os EUA, o Reino Unido e a Índia lideram os índices de usuários da internet.
b) o Brasil e o Canadá apresentam número semelhante de internautas.
c) a África Subsaariana tem o número total de internautas superior ao da América Latina.
d) a China, a Coreia do Sul e o Japão têm o mesmo número de internautas.
e) o número de usuários da internet da Austrália supera o do Mercosul.

(UERJ) Podemos partir da constatação de que a soberania do Estado, que é sobretudo de base territorial, foi abalada também (e talvez sobretudo) por uma série de problemas que ampliaram sua escala a ponto de hoje se transformarem em questões globais.
A desregulamentação dos mercados veio acompanhada pela proliferação das redes ilegais ou ilícitas da
economia. Essas correspondem na verdade a circuitos de poder profundamente integrados ao sistema
legalmente reconhecido, que avançaram com muita força durante as últimas décadas.

ROGÉRIO H. DA COSTA e CARLOS W. PORTO-GONÇALVES
Adaptado de A nova des-ordem mundial. São Paulo: Ed. Unesp, 2006.

Aponte duas redes ilegais potencializadas exclusivamente em escala local e dois problemas sociais surgidos em escala global, em função do esvaziamento do poder do Estado.

Resolução:

Duas das redes:

- prostituição de rua
- redes de distribuição varejista de drogas
- grupos paramilitares (“esquadrões da morte”, milícias)
- exploração de serviços coletivos em áreas carentes (transportes, gás, TV por assinatura)

Dois dos problemas:

- terrorismo internacional
- mobilidade de população
- diferentes tipos de poluição
- ineficiência na gestão de recursos naturais
- proliferação de armas de destruição em massa
- circuitos ilegais da economia (narcotráfico, contrabando, biopirataria)

(UFMT) Na década de 1960, a empresa Sony lançou o seu televisor portátil. Uma das primeiras propagandas deste produto, difundidas nos EUA, é reproduzida abaixo. Nela afirmava-se: Segure o futuro em suas mãos com Sony.



(www.wellmedicated.com/inspiration. Adaptado.)

No contexto da matéria publicitária, pode-se afirmar que

a) os valores e os comportamentos sociais foram, ao longo da história da humanidade, afetados pelos meios de comunicação de massa.
b) o controle social exercido sobre a técnica impede que esta altere a nossa percepção do mundo.
c) as sociedades industrializadas contemporâneas libertaramse da dependência da tecnologia e de seus produtos.
d) as inovações no campo da comunicação aceleraram-se a ponto de alterar a nossa relação com o tempo e o espaço.
e) graças aos programas sociais, foi possível assegurar um patamar tecnológico mínimo a todos os seres humanos.

(PUCRJ)



As reportagens ilustram uma importante característica do mundo atual apresentada na opção:

a) Ampliação da inclusão social, consequência do desinteresse das classes mais pobres pelas novas tecnologias da informação.
b) Redução das desigualdades sociais, possibilitada pelo acesso irrestrito às novas tecnologias de comunicação em todas as partes do mundo.
c) Expansão dos fluxos materiais, resultado da consolidação das redes mundiais de produção que garantem o acesso às redes globais de informação.
d) Consolidação de velhas redes sociais, acessíveis a todos e plenamente no mundo graças à rapidez na troca de informações em escala planetária.
e) Aumento das possibilidades de interatividade com o mundo, resultado da facilitação do acesso à informação e da intensificação dos fluxos imateriais.

VESTIBULAR 2009


(IBMECRJ) Uma malha digital que cresce em velocidade vertiginosa está cobrindo nosso planeta: é a internet, a rede mundial de computadores. Considerando essa importante inovação tecnológica contemporânea, analise a informação:
A integração econômica global é facilitada pelo uso das mesmas técnicas, contudo, integrar não significa incluir a todos.

Com base nas informações e em seus conhecimentos, escolha a alternativa que melhor explica a afirmativa apresentada.
a) A era da informação e da revolução científica prioriza a qualificação da mão de obra e a incorporação de novas habilidades, reconhecendo a diferença existente entre ricos e pobres.
b) A velocidade da informação é o benefício apresentado pela internet para a globalização, pois reduz o espaço mundial a um espaço virtual, sem a necessidade de integrar a todos os internautas.
c) A internacionalização da rede e a incorporação de centenas de milhões de usuários por todo o planeta excluem as diferenças culturais e econômicas devido à mundialização dos padrões de consumo.
d) A internet dinamizou e tornou imediatas transações e negociações em escala mundial, evitando a exclusão digital pelas parcerias com empresas e investimentos em inovações tecnológicas.
e) Ao mesmo tempo em que a internet facilita o processo de integração econômica global, é também responsável pela chamada exclusão digital, pois acentua a distância entre os usuários e aqueles que já viviam em situação de marginalidade econômica e social.

(UEPB)

Com base nos seus conhecimentos e com o auxílio do texto apresentado na questão anterior, assinale com V ou com F as proposições, conforme sejam respectivamente verdadeiras ou falsas em relação à atual globalização do capitalismo.

(     ) O progresso técnico e o acesso indiscriminado de todos os povos e classes sociais aos computadores e à Internet fazem com que o mundo se apresente sem fronteiras entre povos e nações, havendo hoje uma só realidade para todos.
(     ) A cultura é um elemento diferenciador entre os povos, o que não permite a completa homogeneização do espaço num mundo globalizado pela informação instantânea e planetária.
(     ) A relação tempo cronológico/ distância é redimensionada com o meio técnico-científico-informacional, já que pessoas, objetos e informações circulam com uma rapidez até então inimagináveis.
(     ) Os modernos sistemas de comunicações tornaram possível a instantaneidade da informação e com isso o conhecimento dos eventos longínquos, o que faz com que todos os lugares se tornem espaços da globalização.

A seqüência correta das assertivas é

a) V V V V
b) F F V F
c) F V V V
d) V F V V
e) V V V F

(UESPI) O esboço esquemático, apresentado a seguir, é característico das sociedades:


a) socialistas.
b) fordistas.
c) informacionais.
d) comunistas.
e) monárquicas.

(UEPB)

Pela Internet (Gilberto Gil)
In: CD Quanta. Gilberto Gil. Warner Music Brasil Ltda, 1997, faixa 11. CD 1.

Criar meu web sit
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Um barco que veleje
Que veleje nesse infomar
Que aproveite a vazante da infomaré
Que leve um oriki1 do meu velho orixá
Ao porto de um disquete de um micro em Taipe
[...] Que leve meu e-mail até Calcutá
Depois de um hot-link
Juntar via Internet
Num site de Helsinque [...]
Eu quero entrar na rede
Promover um debate [...]
[...] Um haker mafioso acaba de soltar
Um vírus pra atacar programas no Japão
Eu quero entrar na rede pra conectar
Os lares do Nepal, os bares do Gabão
Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular
Que lá na praça Onze tem um videopôquer para se jogar
(grifos nossos)

(1 Oriki palavra da língua Yorùbá, que tem vários significados, um deles pode-se traduzir como literatura ou textos para a língua portuguêsa.

A partir dos fragmentos da letra da música, é possível perceber as transformações que o meio técnico-científico-informacional introduz na sociedade contemporânea, tais como:

I - A necessidade do domínio de um vocabulário específico e universal para se ter acesso ao sistema informacional e dele poder participar.
II - A permanente necessidade de atualização a partir da rapidez das transformações e da constante obsolescência dos objetos que são lançados no mercado.
III - O surgimento dos crimes virtuais e de novas formas de arbitrariedades só possíveis com o advento dessas novas tecnologias.
IV - O conhecimento do mundo ocorrendo em tempo real e simultâneo, o que permite não só a globalização econômica mais também cultural.

Estão corretas as proposições
a) I, II, III e IV.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I, II e IV, apenas.

(UFSCAR) A Terceira Revolução Industrial gerou mudanças profundas na configuração espacial do mundo, a qual o geógrafo Milton Santos denominou de meio técnico-científico-informacional. Sobre
essas mudanças, são feitas quatro afirmações. Analise-as.

I. O avanço do sistema de comunicações e de informática permitiu uma organização do espaço geográfico através de redes, que ampliam os fluxos possíveis, mesmo sem a fixação concreta das atividades produtivas em muitos pontos do espaço.
II. Apesar da ciência, da técnica e da produção estarem irregularmente distribuídas no espaço geográfico, as inovações tecnológicas estão disponíveis para todos, visto que elas transitam em fluxos que circulam por todo o mundo.
III. Embora a ampliação das relações internacionais, entre países da economia capitalista, tenha se iniciado há alguns séculos, essas mudanças alteraram o ritmo das interações espaciais, aumentando as trocas de mercadorias e a difusão de hábitos de consumo.
IV. A organização do espaço, através de redes, permitiu uma distribuição multiterritorial das atividades produtivas, gerando maior equilíbrio entre nações ricas e pobres, na divisão internacional do trabalho.
Estão corretas as afirmações:

a) I, II, III e IV.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I e III, apenas.
e) II e IV, apenas.

(UFBA) Durante a guerra fria, os laboratórios do Pentágono chegaram a cogitar da produção de um engenho, a bomba de nêutrons, capaz de aniquilar a vida humana em uma dada área, mas preservando todas as construções. O Presidente Kennedy afinal renunciou a levar a cabo esse projeto. Senão, o que na véspera seria ainda o espaço, após a temida explosão seria apenas paisagem. Não temos melhor
imagem para mostrar a diferença entre esses dois conceitos. (SANTOS, 1996, p. 85).


Com base na leitura do texto e na observação das ilustrações, conceitue
a) paisagem;
b) espaço geográfico;
c) tempo histórico;
d) tempo geológico.

Resolução:

a)  “A paisagem é tudo aquilo que vemos, o que a nossa visão alcança. É, portanto, o domínio do visível e pode ser percebida de modo diferenciado. A paisagem é mutável, isto é, ela se transforma ao longo do tempo, em função das diversas formas de produção do espaço pelas atividades humanas.

b) O espaço geográfico é o espaço organizado pelo homem em um substrato físico. É o espaço da geografia. É a paisagem incluindo a vida nela existente. Ele pode ser definido como o conjunto indissociável de sistemas de objetos (redes técnicas, prédios, ruas) e de sistemas de ações (organização do trabalho, produção, circulação, consumo de mercadorias, relações familiares e cotidianas), que procuram revelar as práticas sociais dos diferentes grupos que nele produzem, lutam, sonham, vivem e fazem da vida caminhar.

c) Tempo histórico — representa o tempo a partir do qual o homem marcou a sua presença na historicidade da Terra. Marca as transformações culturais realizadas pelo homem no espaço geográfico. Convencionou-se dividi-lo em séculos, períodos e idades. Envolve, portanto, o tempo cronológico e marca os momentos históricos em seu processo de sucessão e simultaneidade.

d) Tempo geológico — é utilizado para referir-se à história da formação da Terra e, devido a sua duração muito longa (milhões e milhões de anos), é dividido em eras, períodos e idades geológicas.

VESTIBULAR 2008

(Ibmec)

internet

a) O mapa indica países, entre eles a China e a Arábia Saudita, que controlam e censuram o acesso de seus habitantes às fontes de informação, como as disponíveis na Internet.
b) O mapa apresenta regiões caracterizadas por uma histórica luta pelos direitos civis, entre eles a liberdade de expressão, como a conquistada pelos chineses após 1989.
c) As áreas hachuradas fazem parte daquele que é considerado pelo atual governo norte americano como sendo o “eixo do mal”.
d) As regiões destacadas no mapa não permitem nenhum acesso de correspondentes internacionais de qualquer meio de comunicação ocidental.
e) Os países destacados no mapa passaram, nas últimas décadas, por um intenso processo de nacionalização da imprensa, o que gerou protestos internacionais.

(UFPI) Para o geógrafo Milton Santos paisagem é “o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é formada apenas por volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons (...). A dimensão da paisagem é a dimensão da percepção, o que chega aos sentidos.” (Metamorfose do Espaço Habitado. São Paulo: Hucitec, 1996, p.61-62).

Considerando essa afirmação, analise as sentenças a seguir:

I. A simples observação da paisagem não nos traz explicações sobre as funções das edificações, da organização dos sistemas de produção e de tecnologias empregadas.
II. Apenas os elementos naturais são suficientes para entendermos o espaço geográfico, visível através das paisagens.
III. Ao considerarmos os elementos naturais, as funções dos espaços construídos, as relações e as estruturas econômicas, sociais e políticas, estamos tratando do espaço geográfico e não apenas das paisagens.
IV. As paisagens geográficas envolvem não somente os aspectos naturais, mas também os aspectos visíveis da cultura das sociedades.

Está correto apenas o que se afirma em:

a) I e II
b) II e III
c) II e IV
d) I, II e IV
e) I, III e IV

(Enade) Os países em desenvolvimento fazem grandes esforços para promover a inclusão digital, ou seja, o acesso, por parte de seus cidadãos, às tecnologias da era da informação. Um dos indicadores empregados é o número de hosts, isto é, o número de computadores que estão conectados à Internet. A tabela e o gráfico abaixo mostram a evolução do número de hosts nos três países que lideram o setor na América do Sul.

Dos três países, os que apresentaram, respectivamente, o maior e o menor crescimento percentual no número de hosts, no período 2003−2007, foram

a) Brasil e Colômbia.
b) Brasil e Argentina.
c) Argentina e Brasil.
d) Colômbia e Brasil.
e) Colômbia e Argentina.

(Unics) A que categoria geográfica se refere Milton Santos neste fragmento de texto?

“Formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e
sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá.”

(SANTOS, M., 2004:63).

Assinale a alternativa correta:

a) Paisagem
b) Espaço geográfico
c) Território
d) Lugar
e) Região

(ESPM) O patrimônio cultural brasileiro é dos mais variados e apresenta íntima relação com o espaço geográfico. Ao lado e abaixo temos dois momentos da arquitetura brasileira que remetem a esta reflexão.

Sobre isso, podemos afirmar:

 



















(www.vitruvius.com.br - 05/08)

a) A paisagem é um conceito geográfico caracterizado pela combinação do território com a cultura, como comprova a arte gótica exposta nas duas imagens.
b) A produção do espaço é uma ação exclusivamente antrópica em que o meio físico não apresenta relevância em sua construção.
c) O espaço é uma acumulação desigual de tempos, como pode ser observado nas arquiteturas barroca e moderna, expostas nas imagens.
d) O espaço é estático, a cultura, dinâmica e o papel da geografia é fazer a descrição do momento presente, como ocorrem nas imagens do século XX, expostas acima.
e) A globalização impôs tal padronização cultural aos lugares que extinguiu a preservação da arquitetura histórica, legando ao território, uma convivência exclusiva com a arte contemporânea.

(Unipam) “Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem. Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista abarca. Não é formada apenas de volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons, etc. [...]”.
(SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988).

Observe a paisagem abaixo.


Fonte: IVERNEL, Martin. Histoire-Geographie. Paris: Hatier, 2000. p. 274.

A partir da citação e da leitura da paisagem, todas as alternativas estão corretas, EXCETO:

a) A paisagem pode ser considerada como o resultado do processo de construção do espaço  geográfico. Ela evidencia, por exemplo, a história da população que ali vive e a maneira como utiliza alguns recursos naturais em seu dia-a-dia.
b) Esta paisagem também pode ser analisada para além do que é percebido apenas pelo olhar. Isso quer dizer que é possível buscarmos explicações para aquilo que se encontra por detrás da paisagem, a busca dos significados do que aparece.
c) Na aparência, as formas da paisagem estão apresentadas de modo estático. Mas, por outro lado, a paisagem é resultado de todo um processo de movimentos da população em busca de sua sobrevivência, como também pode ser resultante de movimentos da natureza.
d) A paisagem é formada, ou por elementos físicos, ou por elementos culturais. Nessa análise, para a compreensão de uma determinada realidade, é imprescindível analisarmos, de maneira  compartimentada, os aspectos naturais e os sociais.

(Fuvest)

A censura política na internet está, em geral, associada à atitude de países que pretendem
I. proteger suas culturas e valores nacionais, inibindo o contato com culturas de outras nações.
II. controlar o acesso a informações sobre a situação política interna e a questão dos direitos humanos.
III. isolar suas economias dos efeitos perversos de um mercado globalizado.

Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.

VESTIBULAR 2007

(Ucpel) Pela Internet

Eu quero entrar na rede
Promover um debate
Juntar via Internet
Um grupo de tietes de Connecticut....

Gilberto Gil, 1999.

O trecho da música de Gilberto Gil traz à tona uma das grandes transformações tecnológicas dos últimos anos do século XX: a Internet. Na virada do século XIX para o XX, também houve o esboço de novas metas, as quais deveriam guiar o novo século. Sobre este último ponto, é correto afirmar que

a) se vivencia o surgimento de novas transformações derivadas, sobretudo, da revolução no campo das comunicações em que a cultura, por meio da Internet, atravessa as fronteiras dos Estados
Nacionais.
b) a transformação das pessoas passava inevitavelmente pelo processo de resgate de antigos aspectos ligados aos valores tradicionais como, por exemplo, a família e a religião.
c) novas transformações entraram em curso, derivadas da revolução das comunicações. a chamada cultura transnacional , ou seja, existe a difusão de uma cultura cujos padrões atravessavam as fronteiras dos Estados Nacionais.
d) há o surgimento da globalização, com grande destaque para a tecnologia e a comunicação, instrumentos capazes de fazer circular mensagens instantaneamente por meio de satélites, o que causou uma verdadeira revolução tecnológica.
e) o grande desafio das sociedades ocidentais fazia referência à criação dos Estados Nacionais e, para isso, era necessário transformar as pessoas que regiam suas vidas pelos valores tradicionais, em cidadãos, que passariam a obedecer a regras e leis gerais.

(Ufop) Leia o texto a seguir:

[...] Fechado ao sul pelo morro, descendo escancelado de gargantas até o rio, fechavam-no, a oeste, uma muralha e um vale. De fato, infletindo naquele rumo, o Vaza-Barris, comprimido entre as últimas casas e as escarpas a pique dos morros sobranceiros, torcia para o norte feito um cañon fundo. A sua curva forte rodeava, circunvalando-a, depressão em que se erigia o povoado, que se trancava a leste pelas colinas, a oeste e norte pelas ladeiras das terras mais altas, que dali se intumescem até
aos contrafortes extremos do Cambaio e do Caipá; e ao sul pela montanha. [...]

CUNHA, Euclides da. Os Sertões. Disponível em: 
 . Acesso em: 4 abr. 2007.

O texto acima descreve um(a):

a) Paisagem.
b) Território.
c) Região.
d) Lugar.

(Uepb)

Toda paisagem que reflete uma porção do espaço ostenta marcas de um passado mais ou menos remoto, apagado ou modificado de maneira desigual, mas sempre presente”.

(Olivier Dolfus, 1991)

De acordo com o texto, podemos afirmar:

a) A paisagem é um conjunto de formas heterogêneas de idades diferentes.
b) A paisagem é estática, ao passo que o espaço é dinâmico.
c) As formas antigas da paisagem são sempre suprimidas, devido a seu envelhecimento técnico e social.
d) As paisagens refletem, sempre, as marcas das desigualdades sociais, por serem produzidas sob o modo de produção capitalista.
e) A paisagem é uma representação do espaço, mas não é espaço, portanto, exibe as formas, mas esconde a essência de sua produção.

(Ufrn) A produção do espaço geográfico é um processo histórico e social caracterizado pela apropriação dos recursos naturais pela sociedade e pelo progresso técnico vigente em cada momento histórico. Assim, com o desenvolvimento técnico-científico-informacional, traço marcante do mundo atual, o espaço geográfico

a) passou a ser produzido de forma generalizada, tendo em vista a distribuição homogênea do sistema técnico em escala global.
b) tornou-se mais denso em objetos artificiais, permitindo a aceleração dos fluxos da economia informacional.
c) foi unificado pelo surgimento das cidades globais, devido à distribuição uniforme do sistema mundial de redes de informações.
d) tornou-se globalizado, em virtude da universalização do acesso da população mundial aos objetos técnicos e informacionais.

(Fuvest)


O mapa acima representa as áreas de cobertura dos satélites utilizados pela CNN, uma das principais redes mundiais de comunicação. Com auxílio do mapa, é possível afirmar que as grandes redes de comunicação

a) têm como principal meta a divulgação das diferentes perspectivas de compreensão acerca de distintos problemas mundiais.
b) mantêm independência entre o conteúdo da informação e os interesses geopolíticos dos principais governos do mundo.
c) contribuem para a criação de uma cultura mundial, desenvolvendo padronização da percepção de conjunturas internacionais.
d) favorecem a criação de um mercado mundial, permitindo intercâmbio paritário entre culturas.
e) foram implantadas para se obter livre acesso à informação, resolvendo o problema do isolamento cultural.

VESTIBULAR 2006

(Ucpel) O conjunto de lugares, marcados por diferentes naturezas, que passaram por diferentes processos históricos, unidos por uma complexa rede de relações que se realizam nas mais variadas escalas, denominase de

a) ecossistema.
b) bioma.
c) espaço geográfico.
d) nicho geográfico.
e) cornubação urbana.

(Fdels) O geógrafo Milton Santos propôs uma periodização para o espaço geográfico brasileiro, segundo uma seqüência histórica de três meios geográficos: o “meio natural”, o “meio técnico” e o “meio técnico-científico-informacional”.

Em relação aos meios geográficos, considere as proposições abaixo:

I) O “meio natural” é caracterizado pela importância da natureza nos processos produtivos, pela reprodução da economia através da extensão horizontal da ocupação do território, pela fraca divisão social do trabalho. Foi dominante do Brasil até a segunda metade do século XIX.
II) O “meio técnico” expressa a introdução no país das inovações produzidas pela Revolução Industrial, não só estendendo o espaço construído como o fazendo crescer verticalmente, multiplicando e adensando áreas de concentração de atividades e de população. É acompanhado por uma maior divisão funcional e social do trabalho.
III) O “meio técnico-científico-informacional” inicia-se nos anos 1970/80. Expande-se o espaço virtual, transmitindo as imagens dos eventos em tempo real para todos os lugares. A informatização introduziu novas formas de produzir e criou o suporte técnico necessário para a globalização.

Podemos aceitar como corretas as proposições:

a) I, apenas
b) I e II, apenas
c) I e III, apenas
d) II e III, apenas
e) I, II e III

(Uel) “Na história primitiva, havia poucas formas criadas pelo homem, sendo bastante reduzido o número daquelas estabelecidas com um sentido de permanência ou de maior impacto. O espaço assemelhar-se-ia à tela proverbial esperando pela tinta da história humana. Neste aspecto, as
alternativas eram infinitas. Entretanto, cada objeto permanece na paisagem, cada campo cultivado, cada caminho aberto, poço de mina ou represa constitui uma objetificação concreta de uma sociedade e de seus termos de existência. As gerações vindouras não podem deixar de levar em conta essas formas. As cidades e as redes de transportes dos tempos modernos testemunham tal
herança, que se interpõe no curso do futuro.”

 (SANTOS, Milton. Espaço e método. São Paulo: Nobel, 1992. p. 54.)

Com base no texto, considere as afirmativas a seguir.
 I. Na paisagem produzida pelas sociedades, coexistem temporalidades distintas que se manifestam na diversidade de formas e de artefatos.
II. O aumento da densidade das paisagens faz com que as sociedades humanas percam a possibilidade de legar registros concretos de seus termos de existência.
III. Formas e objetos socialmente criados e dispostos no espaço têm papel ativo, pois facilitam ou nibem transformações sociais.
IV. Para as futuras gerações, a paisagem assemelhar-se-á a uma tela em branco esperando pela tinta da história humana.

Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) III e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.

(Pucrio) A Internet surgiu da aliança entre informática e telecomunicações. Sua expansão tem sido muito rápida: 25 milhões de internautas em 1990 e aproximadamente 500 milhões em 2002.
A Internet abre novas fronteiras devido às numerosas funções que ela exerce. Entre essas novas funções temos, EXCETO:

a) correio eletrônico;
b) banco de dados;
c) trabalho à distância;
d) telecomércio;
e) teletransporte.

(Ufpa) “Os espaços [...] requalificados atendem, sobretudo, aos interesses dos atores hegemônicos da economia, da cultura e da política e são incorporados plenamente às novas correntes mundiais. O meio técnicocientífico-informacional é a cara geográfica da globalização.”

(SANTOS, Milton. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Ed. Hucitec, 1997, 2. ed., p. 191.).

Considerando o texto é correto afirmar acerca do processo de globalização:

a) Os sistemas de informação hoje existentes, apesar de avançados, ainda não possibilitam trocas de imagens, sons, dados e voz em tempo real por todo o mundo, o que promove uma relativa distância entre os espaços regionais.
b) Após a onda de inovação tecnológica que perdurou da Segunda Guerra Mundial até os anos 70, um novo caminho, a revolução tecnocientífica, baseado na emergência dos microeletrônicos e da transmissão de informações, reordena o espaço global.
c) Uma das características que marcaram desde o início a “era da informação” foi a utilização de tecnologias de mais durabilidade e de difícil substituição.
d) De acordo com a nova ordem mundial, não é mais o poderio militar que impossibilita a circulação de informação em tempo real, mas, sim, o poderio econômico e tecnológico.
e) A força cultural no mundo ocidentalizado impede que cada vez mais pessoas bebam os mesmos refrigerantes, comam nas mesmas redes de lanchonetes, ouçam os mesmos tipos de músicas, assistam aos mesmos filmes e utilizem a mesma rede mundial de computadores para comunicação on line.

(Urca) Sobre Espaço Geográfico, assinale a opção verdadeira:

a) são as áreas que não sofreram intervenção humana, o que atualmente, com o nível de conhecimento do homem sobre o mundo, é inexistente;
b) é a base natural ou física sobre o qual se exerce soberania, sendo definido por suas fronteiras administrativas;
c) é um conceito bastante controvertido, hoje em dia, mas se refere a uma relação íntima ou emocional dos habitantes com seu território;
d) somente surge após o território ser trabalhado, usado e modificado ou transformado pelas sociedades humanas, ou quando estas imprimem na paisagem as marcas de sua atuação e organização social;
e) é o termo designativo de um conjunto de pessoas que possuem língua e tradições comuns, sendo esse o caso mais específico do Nordeste do Brasil, cuja população é mais tradicionalista.

(Uem) Sobre as comunicações e sobre o fluxo de informações no espaço geográfico mundial, assinale
a alternativa incorreta.
a) Na atualidade, os fluxos de comunicação e de informação se dão em rede e atingem, independentemente da infra-estrutura existente, todos os lugares do mundo.
b) Quando se assiste a um programa "via satélite", o sinal é emitido da estação geradora, por meio de uma antena parabólica, em direção ao satélite, de onde é retransmitido de volta à Terra, sendo recebido por outra antena.
c) Embora o lançamento de satélites artificiais utilizados nas comunicações seja uma conquista
da tecnologia moderna, as idéias básicas da física referentes a esse problema já tinham sido analisadas por Newton (1642-1727).
d) Os satélites geoestacionários, uma das muitas tecnologias da informação, são hoje amplamente utilizados na transmissão de sinais de TV e em telefonia a grandes distâncias.
e) As tecnologias da informação e da comunicação possibilitam a implantação de um capitalismo global, em que é possível produzir e distribuir informações e produtos para diferentes pontos do planeta em tempo real.

(Uel) “A penetração intensa da televisão no Brasil está inscrita na paisagem urbana e rural, nas páginas de revista, na profusão de aparelhos nos interiores das casas, nas mansões de alto luxo, nos barracos das favelas das cidades grandes, nas casas modestas e nas praças públicas de cidades pequenas. Os recordes nas vendas de televisores se explicam pela presença de diversos aparelhos por domicílio, cuidadosamente dispostos em vários cômodos das residências, às vezes em meio a altares domésticos.

(HAMBURGER, Esther. Diluindo fronteiras: a televisão e as novelas no cotidiano. In:  SCHAWRCZ, Lilia Moritz (Org.) História da vida privada no Brasil: contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p. 440.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a relação da televisão com a sociedade moderna,
considere as afirmativas a seguir.

I. A penetração intensa da televisão no Brasil rompeu as fronteiras das diferenças sociais
e gerou uma sociedade livre da exclusão social.
II. O ato alienado de assistir à televisão promove uma falsa idéia de inclusão social e de equidade entre as etnias.
III. A difusão do sistema de TV por assinatura é expressão do apartheid social, pois permite a poucos o acesso a informações sobre outras culturas.
IV. Nas sociedades capitalistas, a televisão incita ao consumismo devido a sua forma de atração e seu poder de penetração junto às diversas classes sociais.

Estão corretas apenas as afirmativas:

a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
e) II, III e IV.

(Uepb)

Antes longe era distante
perto, só quando dava
quando muito, ali defronte
e o horizonte acabava [...]

De jangada leva uma eternidade
de saveiro leva uma encarnação

Pela onda luminosa
leva o tempo de um raio
tempo que levava Rosa
pra aprumar o balaio [...]

Esse tempo nunca passa [...]
Mora no som da cabeça [...]
No instante em que tange o berimbau,
Meu camará
[...] De avião (leva) o tempo de uma saudade...

O fragmento da composição Parabolicamará, de Gilberto Gil, reflete:

I. A relativização da distância/tempo a partir da emergência do meio técnico-científico-informacional, no qual apenas alguns grupos sociais estão inseridos.
II. A importância que a velocidade alcançada pelos transportes e pelas comunicações passou a ter no atual processo de globalização, bem como no mito do espaço/tempo contraídos.
III. A coexistência de técnicas e culturas diversas que se fazem presentes no espaço, diferenciando lugares e povos, apesar de todo o processo de globalização que tende à uniformização.
IV. A massificação das culturas e lugares que passaram a viver, indistintamente, o “tempo rápido” da globalização, através de um meio técnico-científico-informacional que chegou para todos.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) proposição(ões):

a) I, III e IV
b) II, III e IV
c) I, II e III
d) I e IV
e) IV

(Ufpel) Uma malha digital que cresce em velocidade vertiginosa está cobrindo nosso planeta: é a internet, a rede mundial de computadores. Considerando essa importante inovação tecnológica contemporânea, analise a informação:

A integração econômica global é facilitada pelo uso das mesmas técnicas, contudo, integrar não significa incluir a todos.

Com base nas informações e em seus conhecimentos, escolha a alternativa que melhor explica a afirmativa apresentada.
a) A era da informação e da revolução científica prioriza a qualificação da mão-de-obra e a incorporação de novas habilidades, reconhecendo a diferença existente entre ricos e pobres.
b) A velocidade da informação é o benefício apresentado pela internet para a globalização, pois reduz o espaço mundial a um espaço virtual, sem a necessidade de integrar a todos os internautas.
c) A internacionalização da rede e a incorporação de centenas de milhões de usuários por todo o planeta exclui as diferenças culturais e econômicas devido à mundialização dos padrões de consumo.
d) A internet dinamizou e tornou imediatas transações e negociações em escala mundial, evitando a exclusão digital pelas parcerias com empresas e investimentos em inovações tecnológicas.
e) Ao mesmo tempo em que a internet facilita o processo de integração econômica global, é também responsável pela chamada exclusão digital, pois acentua a distância entre os usuários e aqueles que já viviam em situação de marginalidade econômica e social.

(ENADE) Leia e relacione os textos a seguir.

O Governo Federal deve promover a inclusão digital, pois a falta de acesso às tecnologias digitais acaba por excluir socialmente o cidadão, em especial a juventude.

(Projeto Casa Brasil de inclusão digital começa em 2004. In: MAZZA, Mariana. JB online.)

Comparando a proposta acima com a charge, pode-se concluir que


a) o conhecimento da tecnologia digital está democratizado no Brasil.
b) a preocupação social é preparar quadros para o domínio da informática.
c) o apelo à inclusão digital atrai os jovens para o universo da computação.
d) o acesso à tecnologia digital está perdido para as comunidades carentes.
e) a dificuldade de acesso ao mundo digital torna o cidadão um excluído social.

(Uel) Analise a imagem a seguir.


Fonte: HARVEY, DAVID. A condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1989. p. 220.

Com base na imagem e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:

a) A intensificação da circulação de mercadorias e de pessoas está representada na progressiva redução do planisfério na imagem.
b) Houve uma diminuição real da superfície do planeta paralelamente à conservação de sua forma.
c) A difusão do uso dos transportes modernos acarretou uma diminuição das distâncias métricas entre os continentes.
d) Entre 1950 e 1960, ocorreu um aumento na velocidade máxima dos meios de transporte, diretamente proporcional ao ocorrido nos períodos anteriores.
e) A diminuição do tamanho da representação do planeta entre 1850 e 1960, na imagem, resultou da ampliação do tráfego nos grandes centros urbanos.